O Super Milan de Arrigo Sacchi | OneFootball

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·30 de junho de 2020

O Super Milan de Arrigo Sacchi

Imagem do artigo:O Super Milan de Arrigo Sacchi

A década de 1980 começou bem conturbada para o Milan. O time Rossonero se envolveu em um esquema de manipulação de resultados e foi rebaixado para a Série B na temporada 80/81.  Os anos se passaram e o Milan retornou à elite do campeonato. Todavia, a equipe não jogava um bom futebol, tinha um desempenho abaixo do esperado e vivia grave situação financeira. Com o clube à beira da falência, em 1986, o magnata Silvio Berlusconi comprou o Milan, e se tornou o 20º presidente da história do time italiano.

Berlusconi acreditava que para se reerguer, o Milan precisava ser ousado e ofensivo. Para isso, contratou Arrigo Sacchi, um ex-vendedor de sapatos, que havia feito uma boa campanha dirigindo o Parma na segunda divisão. Entretanto, a aposta de Berlusconi foi vista com desconfiança por parte da mídia e dos torcedores Rossoneros. Sacchi era adepto do Futebol Total, de Rinus Michels e tinha sua inspiração no Ajax e Holanda dos anos 70. O técnico era totalmente contrário ao famoso Catternaccio, praticado pelos times italianos. A escola italiana era marcada por sistemas defensivos sólidos e um alto rigor tático.


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Para implantar seu estilo no Milan, Sacchi precisava de jogadores ofensivos, que fossem capazes de jogar com uma alta intensidade dentro de campo. Assim, o elenco Rossonero passou por uma transformação. O trio de holandeses formado por Ruud Gullit, Frank Rijkaard e Marco van Basten para o ataque, além de Carlo Ancelotti, que jogava na Roma, para o meio-campo. Além disso, o elenco já contava com Franco Baresi e Roberto Donadoni, além da jovem promessa Paolo Maldini. A ideia de Sacchi era que o Milan jogasse em um 4-4-2, para assim usar a velocidade para atacar e pressionar alto os adversários.

TÍTULOS

Na temporada 87/88, o Milan de Sacchi foi premiado com um Scudetto após nove anos. A conquista do Campeonato Italiano foi impecável. Com um estilo ofensivo e bom entrosamento, a equipe superou o Napoli de Maradona e Careca. O título nacional garantiu o retorno do Milan à Liga dos Campeões 1988/89. No ano seguinte, o time não conseguiu vencer o italiano e terminou na terceira colocação. Todavia, foi premiado com o título da Copa dos Campeões de 1988/89.

Após uma bela campanha, o Milan goleou por 4 x 0 o Steaua Bucareste na final e garantiu a Copa dos Campeões daquele ano. Depois de vencer a Europa, o Milan ainda foi campeão da Supercopa da UEFA, após bater o Barcelona por 2 x 1.

No ano seguinte, os Rossoneros se sagraram bicampeões europeus. O Milan venceu por 1 x 0, o Benfica de Aldair e Ricardo Gomes. Além disso, foi campeão do Mundial Interclubes de 1989/90, após vencer por 1 x 0, o Atlético Nacional na prorrogação.

Time base: Galli, Tassoti, Costacurta, Baresi, Maldini, Rijkaard, Ancelotti, Donadoni, Van Basten e Gullit

Imagem do artigo:O Super Milan de Arrigo Sacchi

COMO JOGAVA O MILAN DE SACCHI

O Milan, de Arrigo Sacchi, jogava em um 4-4-2, com muita coletividade e coordenação. O quarteto defensivo à frente do goleiro Galli era formado por Tassoti, Costacurta, Baresi e Maldini. A defesa tinha conceitos de bola e bola coberta/descoberta e coragem para se adiantar, para assim fazer uma marcação alta, ficando próxima da linha de meio-campistas.

O quarteto também era responsável por participar da construção do jogo. Como o Milan fazia uma marcação por zona, Baresi tinha um papel fundamental no esquema de Sacchi. Ele era o famoso “líbero” da equipe e era responsável por tirar o espaço dos adversários. Como na época, a regra considerava em posição irregular todos os atacantes, até aqueles que não participavam da jogava, Baresi abusava da linha de impedimento.

O meio-campo Rossonero contava com a qualidade e inteligência do trio formado por Rijkaard, Donadoni e Ancelotti. Assim, o último jogador do trio variava entre Angelo Colombo pela direita ou Alberigo Evani e Roberto Donadoni pelo lado esquerdo. Por fim, o ataque era letal, formado pela dupla Gullit e Van Basten. Ambos uniam força, técnica, elegância e poder de decisão nas jogadas.

Foto Destaque: Divulgação/Masahide Tomikoshi

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