O sucesso da variação entre bloco médio e baixo de Inzaghi: a análise tática de Porto 0-0 Inter | OneFootball

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Calciopédia

·15 de março de 2023

O sucesso da variação entre bloco médio e baixo de Inzaghi: a análise tática de Porto 0-0 Inter

Imagem do artigo:O sucesso da variação entre bloco médio e baixo de Inzaghi: a análise tática de Porto 0-0 Inter

Buscando a classificação para as quartas de final da Uefa Champions League, fase que não alcançava desde a temporada 2010-11, a Inter foi à Portugal e visitou o Porto, nesta terça-feira, 14 de março. Após a vitória por 1 a 0 em Milão, bastava um empate para a equipe italiana assegurar sua vaga na próxima fase – e foi o que ocorreu.

Formações iniciais

Sérgio Conceição foi forçado a realizar várias alterações no time titular do Porto. Desfalcados de Otávio, expulso na partida de ida, os mandantes contaram com o retorno de Evanilson ao onze inicial e começaram a partida com Eustáquio na meia direita. João Mário, lesionado, deu lugar ao ponta brasileiro Pepê na lateral direita e o zagueiro Pepe, cortado antes de o jogo começar, a Fábio Cardoso.


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Simone Inzaghi teve menos problemas. a única alteração em relação ao jogo de ida foi a ausência de Skriniar, que, se recuperando de lesão, ficou como opção no banco. Dumfries entrou na ala direita e Darmian foi recuado para a posição de zagueiro.

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A formação base de cada time

A postura da Inter

Em vantagem no resultado agregado, a Inter de Inzaghi foi a campo com uma postura mais conservadora e variou entre um bloco médio e baixo. A partir dessa ideia, a equipe italiana minimizava os espaços às costas de sua linha defensiva e concentrava vários jogadores pelo centro, defendendo a entrada da área.

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O bloco médio da Inter (BT Sport 2/editada)

Dzeko e Martínez, os dois jogadores mais avançados, não faziam grande pressão sobre os zagueiros adversários, preferindo guardar sua posição e bloquear o acesso aos meio-campistas do Porto. Essa estratégia forçava o time português a sair jogando pelo corredor lateral e, aí sim, ocorria uma pressão maior: de acordo com o setor da bola, Dumfries e Dimarco eram responsáveis por avançar e fazer uma marcação mais agressiva contra os jogadores que recebiam a bola por ali. Geralmente, estes eram Pepê e Zaidu, os laterais.

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O comportamento dos alas da Inter(BT Sport 2/editada)

Confortável ao ceder a bola (a etapa inicial terminou com 70% de posse para o Porto), a Inter controlou bem os ataques portistas durante o primeiro tempo e Onana não teve muito trabalho – exceção feita a uma jogada gerada após retomada no campo ofensivo e drible de Pepê pelo centro, já na reta final do primeiro tempo. Boa parte das finalizações contra a meta interista foram bloqueadas ou originadas de distâncias muito longas para oferecer real perigo. As melhores situações dos primeiros 45 minutos de jogo foram criadas pela própria Beneamata, ao explorar o espaço cedido pelos dragões.

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Não foi algo constante, mas a Inter teve suas chances no 1T (BT Sport 2/editada)

O panorama do segundo tempo

O segundo tempo seguiu de maneira semelhante, com a Inter assumindo uma postura ainda mais defensiva e se estabelecendo quase que exclusivamente em seu próprio campo. Nesse contexto, os ataques italianos ficaram mais escassos, uma vez que Lautaro e Dzeko, por característica, não eram capazes de conduzir a bola por longas distâncias, após receberem passes ainda no campo de defesa. Lukaku foi acionado aos 70 minutos de jogo, mas também não obteve muito sucesso nesse tipo de ação.

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Dzeko baixou mais do que o normal e pouco recebeu a bola no campo ofensivo (BT Sport 2/editada)

Diante da inabilidade em reter a bola no ataque e/ou ameaçar a meta de Diogo Costa, e com o Porto se lançando cada vez mais para a frente, a Inter se viu forçada a lidar com cruzamentos constantes e chegou a agrupar oito jogadores dentro da sua própria área durante os momentos de maior pressão.

A Inter seguia sem ceder chances claras, como fruto de boas atuações individuais da linha defensiva, mas flertava com o perigo ao ver tantas bolas rondando sua área. Durante os minutos finais da partida, Dumfries, autor de grande partida, cortou uma finalização de Marcano em cima da linha e Onana brilhou ao defender uma cabeçada de Taremi, já dentro da área.

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Dumfries foi determinante para a classificação nerazzurra

Classificação assegurada

Numa temporada turbulenta, marcada por altos e baixos, se colocar entre as oito melhores equipes da Europa é um feito e tanto para a Inter, ainda que as atuações não tenham sido tão convincentes. Além do ganho esportivo, avançar na principal competição europeia permite um respiro maior aos cofres do clube. Inzaghi ainda não atingiu a constância necessária que se espera da Beneamata na liga nacional, mas segue coletando bons resultados em competições de mata-mata.

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