O Stuttgart demitiu Matarazzo após quase três anos no cargo, mas não é só isso que resolve os problemas | OneFootball

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·11 de outubro de 2022

O Stuttgart demitiu Matarazzo após quase três anos no cargo, mas não é só isso que resolve os problemas

Imagem do artigo:O Stuttgart demitiu Matarazzo após quase três anos no cargo, mas não é só isso que resolve os problemas

A Bundesliga terminou sua nona rodada com o quarto treinador demitido, numa rotatividade alta. A saída de Pellegrino Matarazzo, no entanto, nem surpreende tanto no Stuttgart. Os suábios já vinham de uma campanha fraca, em que correram sérios riscos de rebaixamento e acabaram salvos de maneira milagrosa na reta final. As coisas não melhoraram e, com cinco pontos, ainda sem vitórias, a equipe ocupa a penúltima colocação na tabela. A aposta num treinador novo tentará agitar o ambiente, depois de quase três anos sob as ordens do americano, desde os tempos de segundona. Todavia, é preciso ponderar que o Stuttgart possui um dos elencos mais fracos da competição e ainda perdeu nomes importantes para a atual temporada. A culpa não é só de Matarazzo.

A escolha de Pellegrino Matarazzo foi ousada, em dezembro de 2019. Tim Walter tinha sido o eleito para comandar o Stuttgart na segunda divisão da Bundesliga em 2020/21 e não fazia um trabalho muito empolgante. Durou 20 partidas, ainda que tenha encerrado o primeiro turno na luta pelo acesso. Matarazzo nunca tinha dirigido uma equipe principal, mais conhecido por seus trabalhos na base de Nuremberg e Hoffenheim, antes de se tornar assistente de Julian Nagelsmann nos alviazuis. Tido como alguém com métodos inovadores, ainda carregava na bagagem um diploma de matemática na Universidade de Columbia, em formação que abandonou para jogar nas ligas regionais da Alemanha. O americano tentaria chacoalhar a equipe na Mercedes-Benz Arena.


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A missão principal foi cumprida por Matarazzo. O Stuttgart ainda teve suas oscilações, mas aplicou algumas goleadas acachapantes e terminou na zona de acesso da segunda divisão. Entretanto, quase deixou a promoção escapar na rodada final, com a derrota sofrida no último compromisso só ajudada por um tropeço paralelo da concorrência. Terminou por conquistar a vaga direta na elite, uma temporada após a queda. E o time se saiu bem no retorno à Bundesliga. Os suábios passaram longe do risco de rebaixamento, com um elenco essencialmente jovem. A nona colocação era bastante honrosa e dava a impressão de que os alvirrubros poderiam passar as temporadas seguintes sem sofrer tanto, diante da juventude disponível. Ledo engano.

Desde o início da última temporada, o Stuttgart perdeu jogadores importantes. Nomes como Nico González, Gregor Kobel, Sasa Kalajdzic e Orel Mangala fizeram as malas. As reposições não foram à altura, mesmo que outros como Borna Sosa, Konstantinos Mavropanos e Wataru Endo tenham ficado. A campanha dos suábios na Bundesliga 2021/22 já foi bastante instável, com os destaques individuais segurando um coletivo pouco produtivo. Depois de seis partidas sem vitória na reta final, a salvação veio na última rodada, com o épico triunfo sobre o Colônia nos acréscimos dentro da Mercedes-Benz Arena. Mas não que o susto tenha ajudado.

O Stuttgart é um time de muitos empates nesse início de temporada. Empatou cinco nas seis primeiras rodadas e até segurou o Bayern de Munique, num duelo em que ofensivamente a equipe rendeu bem. Todavia, depois disso, os suábios só perderam, com três derrotas consecutivas. Mostraram-se uma equipe vulnerável contra Eintracht Frankfurt e Wolfsburg, antes que a pá de cal acontecesse em casa contra o Union Berlim. Não era um revés exatamente fora da curva e os anfitriões também tiveram chances de vencer, mas o desgaste acumulado derrubou Pellegrino Matarazzo. Tentarão alguém com novas ideias.

Mas não que a chegada de um novo técnico pareça ser suficiente. O Stuttgart prefere manter um elenco muito jovem nas últimas temporadas. Garante boas revelações, mas nem sempre qualidade suficiente. Serhou Guirassy até se tornou um reforço interessante após a saída de Sasa Kalajdzic, mas outros jogadores importantes caíram de rendimento, sobretudo do meio para frente. E isso porque nem é uma equipe equilibrada, com a defesa sofrendo mais nos últimos tropeços. Independentemente do nome escolhido para o comando, fica evidente como o elenco não está tão qualificado para pleitear mesmo o meio da tabela. Será outro ano de luta contra a queda.

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