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·23 de julho de 2024
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O rugido do Leão é a principal forma que o animal tem de marcar território. Sua expressão, muitas vezes, pode assustar ou impor respeito. A última vez, no entanto, que o Vitória pôde soltar a voz aconteceu em novembro de 2023, quando foi campeão da Série B. A consagração, inclusive, aconteceu contra o Sport, dentro da maior potência que poderia ter naquele momento: o Barradão. Vencer um outro time, que também recebe a alcunha de Leão, foi o suficiente para determinar quem era o rei.
Atualmente na Série A, o Rubro-Negro não consegue se consolidar na elite do futebol brasileiro e amarga idas e vindas à zona de rebaixamento. O retrospecto é de quatro vitórias, dois empates e sete derrotas em 13 jogos. Entre tantos fatores, há a falta de constância de um elenco principal.
O técnico Thigo Carpini, como muitas vezes disse em entrevistas, desembarcou na Toca do Leão para, junto ao Vitória, iniciar um campeonato de permanência na primeira divisão.
“O Vitória vai fazer uma competição de sobrevivência. Aproveitando as oportunidades de janela, valorizando o ponto conquistado. [..] A competição do Vitória é de permanência. Nós precisamos tirar uma diferença que é grande e não vai ser fácil”, pontuou o treinador em duas coletivas de imprensa.
A ideologia do treinador e seu estilo de jogo pareciam ser a aposta principal para a virada de chave que a instituição precisava. A expectativa logo foi tomada por uma brusca realidade, afinal, Carpini esbarrou em um elenco limitado, com preocupações extracampo e sem a realidade financeira de seu principal rival baiano, por exemplo.
A preparação física dos atletas, que era um dos principais destaques da "Era Condé", cedeu espaço para uma chuva de lesões no Vitória. Esses problemas de elenco, de qualidade e das convicções e escolhas do treinador em campo, como a presença de um lateral esquerdo no ataque, culminaram em uma alta rotatividade no time titular. Em 13 jogos, Carpini só repetiu a escalação uma vez, nas partidas contra o Cuiabá e Juventude.
Nessas duas oportunidades, o Leão foi a campo com Lucas Arcanjo, Willean Lepo, Camutanga, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; William Oliveira, Luan Santos e Caio Vinicius; Matheusinho, Osvaldo e Alerrandro.
Depois disso, o Vitória contou com saídas de jogadores, como Luiz Adriano, Matheus Gonçalves, Léo Gamalho, Dudu e Rodrigo Andrade, além da falta de condicionamento físico de Janderson e Daniel Jr, e lesões de Bruno Uvini, Camutanga e Osvaldo. Há um mês, o Leão somava 19 jogadores na lista de departamento médico desde o início da Série A.
Estar na Selva para o Vitória era figurar na elite do futebol brasileiro - após chegar ao fundo do poço, vivendo um risco de rebaixamento para Série D, que começou em 2018, é hora de se reerguer e se distanciar de vez da zona da degola. Em 18 rodadas de campeonato, o Leão segue calado e os torcedores, a espera do seu rugido.