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·20 de julho de 2025
O segredo por trás do 1º título europeu do Barcelona

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O primeiro título do Barcelona na Liga dos Campeões, na temporada 1991/92, permanece como um marco embalado por gols raros e momentos dramáticos. De acordo com o Mundo Deportivo, a equipe comandada por Johan Cruyff precisou de apenas 17 gols em 11 jogos para levantar a “Orelhuda” pela primeira vez – nenhum deles marcado em cobrança de pênalti. O número modesto, média de 1,5 gol por partida, reflete uma trajetória de emoção e paciência, não um domínio ofensivo absoluto. Fora de casa, a produção foi ainda mais contida: apenas três gols como visitante, sendo um em Kaiserslautern, na partida emblemática da volta da segunda fase, e dois em Kiev, já na fase de grupos.
Entre os nomes protagonistas daquela campanha histórica, Hristo Stoichkov liderou a artilharia blaugrana com quatro gols, seguido por Jose Mari Bakero e Michael Laudrup, ambos com três. Outros destaques foram Txiki Begiristain e Julio Salinas, que balançaram as redes duas vezes cada, além de Guillermo Amor e Ronald Koeman, autores de um gol cada. Curiosamente, o primeiro da série saiu em gol contra do alemão Gernot Alms, do Hansa Rostock, logo na primeira rodada.
Dois gols permanecem eternizados, carregando mais peso do que muitos títulos. O primeiro foi o cabeceio salvador de Bakero nos instantes finais do duelo contra o Kaiserslautern, quando o Barcelona estava encaminhado para uma eliminação. Como narrou Alberto Sanchís, do EMD, “um soberbo cabeceio do pequeno grande jogador basco mudou completamente a eliminatória quando restava apenas um minuto, com a equipe alemã praticamente classificada. Talvez um dos maiores ‘euromilagres’ da história do Barça.” O cruzamento partiu de uma falta batida por Koeman, e o gol aos 44 do segundo tempo levou o Barça à fase seguinte.
O segundo momento eterno ocorreu sob as luzes do Estádio de Wembley, na final continental contra a Sampdoria. Com o placar zerado já na prorrogação, Ronald Koeman acertou um chute de falta poderoso, indefensável, superando o goleiro italiano Pagliuca. O gol, construído por uma jogada ensaiada em que Bakero recebeu o passe curto de Stoichkov e ajeitou para o holandês, deu início a uma explosão catalã: ali, nascia o Barcelona campeão da Europa. Koeman havia selado o décimo sétimo e último gol do Barça naquela campanha, o mais importante deles.
Assim, a conquista de 1992 não foi marcada por grandiosas goleadas, mas por decisões cirúrgicas e inesquecíveis – confirmando que a lenda do “Dream Team” de Cruyff foi construída na superação e em detalhes preciosos.
Fonte: Mundo Deportivo
Photo by Denis Doyle/Getty Images
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