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·13 de julho de 2023

O que tirou Peter Grieve da SAF do Atlético? CEO explica

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Por Hugo Fralodeo

Apesar do acordo de confidencialidade, nunca foi segredo que o Atlético negociou por muito tempo com o Footbal Co., grupo de investimentos dos EUA que chegou mais perto da batida do martelo para comprar a maior parte das ações da futura SAF do Clube. No entanto, como antecipou o FalaGalo, o grupo liderado por Peter Grieve foi perdendo força, surgindo um novo caminho no horizonte, o que foi confirmado com a apresentação do projeto, no início deste mês de julho.


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Em entrevista coletiva concedida, na manhã desta quinta-feira, onde esclareceu dúvidas acerca do processo, o CEO do Atlético, Bruno Muzzi, revelou mais detalhes do que deu errado na negociação com Grieve e o novo direcionamento.

Primeiro, o CEO detalha o processo de captação no mercado e o empecilho que acabou afastando potenciais investidores:

“A gente começou um processo bastante robusto no final do ano, para estruturar o Atlético e não ter nenhuma surpresa em relação aos números, quando fôssemos ao mercado. Gastamos um tempo fazendo esse levantamento de dívidas, contingências tributárias e de ações. Quando fomos ao mercado, abordamos 150 investidores do mundo inteiro e tivemos várias assinaturas de acordos de confidencialidade. Muitos viram uma oportunidade no Atlético, pelo nome, pelo tamanho e o engajamento da torcida, mas a oportunidade era o tamanho da dívida. As SAFs que precederam o Atlético foram para um caminho de isolar o endividamento na Associação, que vai para um regime centralizado de execuções ou uma recuperação judicial. No nosso caso, era impossível, porque as dívidas eram avalizadas e a dívida é muito complexa. (…) Na hora que a gente explicou detalhadamente o tamanho da dívida, isso afugentou alguns investidores, mas ainda haviam interessados”.

Então, Muzzi conta como o caminho se convergiu para a solução de deixar tudo “em casa”, deixando para trás os potenciais investidores, incluindo o Footbal Co.:

“A gente começou a avaliar com aqueles que de fato entenderam e topariam colocar o aporte para que a dívida fosse paga ao longo de dois, três anos. Estávamos buscando um aporte maior, justamente para aliviar ainda mais o endividamento, mas chegou em um momento que os investidores precisavam ter uma transação de compra e venda já assinada para que eles pudessem captar o recurso, e isso eu não poderia fazer. Isso aconteceu muito recente, já estava tudo com muita coisa já avançada, Não tinha mais solução, então a solução caseira veio à tona”.

Muzzi ainda revela que a estrutura atual da SAF é exatamente a mesma da ideia original, que Grieve ainda pode fazer parte, mas que o controle estará nas mãos da Galo Holding:

“Desde o início do ano a gente já vinha pensando em um plano B, a gente tinha até um plano C, pelas dificuldades que a gente vinha encontrando. A estrutura de hoje é exatamente a mesma que a gente manteve para todos. O que mudou foi qual investidor iria vir e o tamanho do cheque. O Peter Grieve foi um desses investidores que avançou bastante. Ele ainda pode apresentar um fundo, se quiser entrar, mas o fato é que se vinha falando em um potencial controle junto com os R’s, o que não é mais possível. Nesse primeiro momento, é uma SAF caseira com controle da Galo Holding”.

A reunião extraordinária para a votação do Conselho Delineativo do Atlético para a transformação do Clube em SAF está marcada para a próxima quinta-feira (20), sendo necessários os votos de 2/3 dos 420 conselheiros para a aprovação do pleito.

Antes disso, porém, o próprio Bruno Muzzi terá reuniões com representantes de torcidas organizadas (nesta sexta-feira) e conselheiros (na próxima semana), onde dará mais detalhes do processo, Clicando aqui você encontra mais detalhes do que o CEO trouxe na coletiva.

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