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·03 de maio de 2025

O que esperar do reencontro entre Renato Paiva e Bahia?

Imagem do artigo:O que esperar do reencontro entre Renato Paiva e Bahia?

A Arena Fonte Nova será palco do reencontro entre Renato Paiva, atual treinador do Botafogo, e o Bahia. Neste sábado (3), às 21h, pela sétima rodada desta edição do Campeonato Brasileiro, o português se chocará, enfim, com o ex-clube, onde algumas feridas estão abertas e gatilhos podem ser acionados. Afinal, o técnico deixou o Tricolor ao pedir demissão sem completar uma temporada no Esquadrão. A passagem do comandante lusitano por Salvador é controversa, cheia de altos e baixos. Ele é um nome que provocava calorosas discussões entre defensores e detratores.

No Bahia, Paiva comandou a equipe 49 vezes. Somou 19 vitórias, 15 empates e 15 derrotas. Estes números correspondem a um aproveitamento de 49%, um pouco acima do que sustenta, no momento, pelo Botafogo (46,6%). Por um lado, conquistou o Campeonato Baiano e chegou às quartas de final na Copa do Brasil. No entanto, caiu na primeira fase da Copa do Nordeste e lutou contra o rebaixamento no Brasileirão. Aliás, perdeu as duas para o Mais Tradicional. Chegou em dezembro de 2022 e meteu o pé em setembro de 2023.


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‘O Bahia é parte da minha história’, enfatiza Paiva

Antes de tudo, perguntado pela equipe de reportagem do Jogada10 sobre como seria esta data, Paiva não quis alimentar mais discórdias. Pelo contrário. Destacou a importância do Bahia e vestiu os trajes de um diplomata.

“Respondo com todo carinho. O Bahia é parte da minha história. O clube abriu-me as portas para trabalhar no Brasil. Muito orgulho em ter representado aquele escudo, aquele grupo de jogadores, aquela torcida. Adorei Salvador. É uma cidade fantástica. A história poderia ser diferente? Poderia! Mas tenho muito respeito. O Bahia é parte da minha história. Se eu pudesse, nunca jogaria contra a minha história”, salientou Paiva.

Em seguida, o técnico alvinegro filosofou.

“Hoje represento o Botafogo com o mesmo orgulho. Vou entrar na Fonte Nova com imensa vontade de que o Botafogo jogue bem e ganhe o jogo. Não é contra ninguém, é pelo Botafogo. Não consigo estar, na vida, contra ninguém. Eu estou na vida por alguém, por ideia, por sentir, por convicções”, emendou.

Setorista identifica os principais problemas

Neste fim de semana, no entanto, o Jogada10 procurou quem acompanhou de perto o trabalho de Renato Paiva no Bahia. O primeiro comandante da era SAF do Esquadrão de Aço. Nilson Luiz, setorista da “Rádio Itapoan FM” de Salvador, explicou os momentos de turbulência que Renato Paiva teve no Tricolor da Boa Terra.

“Sofreu muito com a ausência de bons reservas para dar efeito de continuidade. Era um jogo a cada três dias. Sequência altíssima. O desgaste físico do elenco o atrapalhou muito. Além disso, o torcedor entendia que, com a chegada do Grupo City, o time já seria imbatível de cara. Por isso, o cobrava de forma muito incisiva. É um trabalho de etapas, com investimentos maiores a cada ano. Seu maior problema foi mesmo com algumas pessoas da imprensa. Paiva, por ser europeu, não estava acostumado com as cobranças viscerais de parte da crônica esportiva”, afirmou.

Para o repórter, apesar destes ruídos, a passagem de Paiva pelo Bahia teve saldo positivo.

“Ele começou o trabalho que o Rogério Ceni segue desenvolvendo. Teve bons momentos, sim. Levou, por exemplo, o primeiro título do Grupo City. Quando anunciou a saída, Cadu Santoro e os atletas, chefiados pelo ex-botafoguense Kanu, pediram que ele permanecesse. Mas o português estava irredutível. Gosto da forma como ele monta as equipes. É um cara boa praça. Sempre tratou todos muito bem. Acho que não vão vaiá-lo”, frisou.

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