O que aconteceu com os brasileiros eliminados na 'pré-Libertadores'? | OneFootball

O Grêmio aumentou a lista de times brasileiros eliminados nas fases preliminares da Copa Libertadores ao ser derrotado pelo Independiente del Valle na última quarta.

Renato Gaúcho, que nem estava no banco de reservas após ter contraído o novo coronavírus, acabou deixando o clube, encerrando um longo ciclo à frente do Tricolor.

E o planejamento tricolor para a sequência da temporada foi abalado – deixará de faturar R$ 11,9 milhões por ter ficado fora da fase de grupos.

Mas como foi a sequência das temporadas dos outros times que ficaram pelo caminho antes da fase nobre da Libertadores?

Reação rumo ao título do BR – 2011

Palmeiras (2005, 2006 e 2009); Goiás (2006); Santos (2007); Paraná (2007); Cruzeiro (2008 e 2010). Todos esses times tinham chegado à fase de grupos da Libertadores.

Quis o destino que o Corinthians fosse o primeiro a fracassar em tal missão.

O Timão tinha ficado no 0 x 0 em casa. E acabou levando 2 x 0 na Colômbia. Roberto Carlos, lesionado, foi ausência no jogo decisivo.

Ronaldo Fenômeno jogou, mas pouco fez. E a expulsão de “Cachito” Ramírez três minutos após entrar em campo não ajudou em nada.

A eliminação fez com que Ronaldo antecipasse a aposentadoria. Na coletiva ao lado de Andrés Sánchez, chorou e afirmou “quero pedir desculpas publicamente por ter fracassado no projeto Libertadores”.

Sofrendo ameaças, Roberto Carlos pediu rescisão e foi jogar no Anzhi Makhachkala, da Rússia. Mesmo destino de Jucilei.

Também aconteceram mudanças no departamento de futebol, com Edu Gaspar assumindo após a breve passagem do ex-zagueiro William.

Bruno César e Dentinho também foram negociados. Chegaram Alex e Emerson Sheik. Além do então desconhecido Edenilson.

O Timão tentou a reação já no Paulista, mas ficou com o vice para o Santos de Neymar – e já com Liedson de novo camisa 9.

O início no Brasileirão foi ótimo. Aconteceram momentos de instabilidade, mas o Timão levou o título com direito e Adriano Imperador sendo decisivo em uma vitória – o 2 x 1 contra o Atlético.

Tite, mantido após a dolorida queda, seria o comandante do Timão em um 2012 épico e histórico.

Permanência na Série A – Chape 2018

A Chapecoense que foi completamente reformulada após a tragédia em novembro de 2016 fez história ao se garantir na Libertadores de 2018 graças a um ótimo Brasileirão no ano anterior.

Só que para chegar à fase nobre, o Verdão do Oeste precisaria passar pelo Nacional, do Uruguai.

O que não aconteceu. Derrota por 1 x 0 em casa e, depois, pelo mesmo placar no Centenário.

A eliminação não resultou em mudanças significativas.

Gilson Kleina foi mantido, a Chape fez a melhor campanha da fase de classificação do Catarinense, mas ficou com o vice após ser superada pelo Figueirense.

Só que os resultados no Brasileirão não foram os melhores. E, com a ameaça de rebaixamento, Kleina foi demitido.

Gilson Kleina, que havia deixado o clube para comandar o Bahia em 2016 – garantindo a chegada de Caio Junior – voltou.

A Chape não conseguiu passar pelo Corinthians nas quartas da Copa do Brasil, mas se manteve na elite com dificuldades – no 14º lugar e com 44 pontos. O América-MG foi, com 40, o 17º.

Outras frustrações – São Paulo 2019

A missão era passar pelo Tallares. Mas o Tricolor, que levou 2 x 0 na Argentina, fracassou.

Jardine apostou em um time ofensivo, com Pablo e Diego Souza na área, Helinho e Éverton abertos e Hernanes na armação.

Foram muitos cruzamentos, poucas jogadas trabalhadas e muitos gols perdidos.

Um dia após o maior vexame da história do clube, o então técnico André Jardine deixou o cargo – mas seguiu no clube.

Veio Diego Aguirre.

O Tricolor, que foi para a Sul-Americana, passou pelo Rosário Central, mas foi eliminado pelo Colón. E parou na quarta fase da Copa do Brasil superado pelo Athletico Paranaense.

A campanha no Brasileirão começou muito bem, com o time fechando o turno na liderança. Mas a queda de rendimento no segundo turno custou a demissão do técnico uruguaio, com o time em quinto na tabela.

Jardine reassumiu o time para as cinco rodadas finais – o Tricolor terminaria em quinto e com vaga, novamente, para a fase preliminar da Libertadores.

Fim temporada ‘ok’ – Corinthians 2020

O Corinthians começou a temporada com forte expectativa sob o comando de Tiago Nunes, técnico sensação no comando do Athletico-PR que levou a Sul-Americana de 2018 e a Copa do Brasil de 2019.

Logo de cara foi a frustração na Libertadores. O Guaraní no Paraguai venceu na ida por 1 x 0.

O Timão abriu 2 x 0 em Itaquera, mas Pedrinho foi expulso e Fernando Fernández, de falta, garantiu a queda – pelo gol fora de casa.

Ele era o único remanescente do Guaraní que havia eliminado o Corinthians nas oitavas da edição de 2015.

Tiago Nunes foi mantido. O Corinthians foi à decisão do Paulista, mas viu o Palmeiras ficar com o título nos pênaltis.

E acabou demitido após resultados ruins no Brasileirão e uma derrota para o Palmeiras.

O ex-lateral Dyego Coelho assumiu interinamente, mas sem êxito. Com a ameaça de rebaixamento, a diretoria foi atrás de Vagner Mancini, que se destacava com o Atlético-GO.

Fábio Santos, Otero e Cazares vieram do Atlético-MG.

O Alvinegro conseguiu reagir, flertou com vaga na Libertadores, mas fechou o Brasileirão com classificação para a Sul-Americana.

Fotos: Imago