O Monterrey dominou o América na final e comemorou seu quinto título na Concachampions | OneFootball

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Trivela

·29 de outubro de 2021

O Monterrey dominou o América na final e comemorou seu quinto título na Concachampions

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O Monterrey volta a reinar na Concachampions e conquista seu quinto título continental, todos erguidos desde 2011. Os Rayados venceram uma final de peso, contra o América, maior campeão do torneio e que sofreu sua primeira derrota numa decisão após sete títulos. A equipe dirigida pelo tarimbado Javier Aguirre ganhou por 1 a 0, mas sobrou em campo, com o domínio claro ao longo da noite e uma série de chances desperdiçadas para construir um placar maior. Do outro lado, as Águilas não foram sombra de sua tradição, numa atuação cheia de erros defensivos e de raros ataques perigosos, só ameaçando o empate com uma bola no travessão no último suspiro. Apesar do drama derradeiro, a merecida vitória do Monterrey rendeu uma calorosa festa nas arquibancadas do Estádio BBVA, sua casa, com os alviazuis sediando a final em jogo único por terem a melhor campanha nas fases anteriores.

O Monterrey fez um início de partida avassalador. Os Rayados atacavam com muita velocidade e muitas vezes pegavam a defesa do América aberta. As chances foram se empilhando. Carlos Rodríguez completou um peixinho muito perigoso logo aos três minutos, por cima do travessão, e Rogelio Funes Mori forçou grande defesa de Guillermo Ochoa logo na sequência, com o goleiro espalmando o chute no ângulo. E a pressão resultou no gol aos oito minutos, a partir de um lançamento longo da defesa. Depois da tabela pela esquerda, Jesús Gallardo cruzou e o zagueiro Sebastián Cáceres furou miseravelmente na hora de cortar. Então, Funes Mori estava à espreita no segundo pau, livre para completar. O centroavante até aparecia em posição de impedimento, mas o erro do defensor o habilitou.


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Com o gol, o Monterrey diminuiu o ritmo e o América passou a equilibrar mais o jogo. As Águilas administravam a posse de bola e a rondavam a área adversária, mas tinham dificuldades na criação. As ameaças do time da capital só se tornaram concretas nos dez minutos finais do primeiro tempo. Richard Sánchez cobrou uma falta que tinha endereço, mas o goleiro Esteban Andrada saltou para desviar a bola no ângulo. O arqueiro rayado também desviaria uma bola rasteira perigosa de Henry Martín dentro da área, segurando a vantagem rumo ao intervalo.

O segundo tempo recomeçou morno, mas logo o Monterrey voltou a incomodar, com suas ações diretas e sua postura agressiva. Funes Mori quase marcou mais um aos 11, ao matar no peito e fuzilar por cima do travessão, mas estava impedido. As investidas dos Rayados se tornaram mais constantes nesse momento e a defesa do América voltou a indicar sua fragilidade. E os azulcremas deram sorte de não ficarem com um a menos aos 24, numa entrada duríssima de Roger Martínez que rendeu só o amarelo. Na sequência, Arturo González perdeu uma oportunidade clamorosa para o segundo alviazul, ao cabecear sozinho na marca do pênalti e mandar ao lado da trave.

O mais impressionante era que o América parecia não se ligar na importância da partida. As Águilas faziam uma atuação muito fraca, sem qualquer tipo de construção no campo de ataque e pouca pressa. O Monterrey era mais seguro e também assustava com mais constância. O segundo gol não saiu por um triz aos 35, depois de mais um erro da defesa azulcrema. Victor Janssen, que tinha vindo do banco, driblou Ochoa e chutou com pouco ângulo, mas Cáceres salvou em cima da linha. Na sequência, Gallardo e Maximiliano Meza deram perigosos chutes para fora. Os Rayados perdiam seguidas brechas para liquidar a fatura.

Por conta dos atendimentos médicos, o fim do duelo contou com nove minutos de acréscimos. O América se resumia basicamente a bolas alçadas na área, a partir de cobranças de falta. E foi assim, no último lance, que aconteceu o grande drama da noite. Num momento em que até Ochoa estava na área para tentar cabecear, o cruzamento caiu nos pés de Nicolás Benedetti, que fuzilou no travessão. Com Andrada perdido na área, as Águilas insistiram e houve uma confusão tremenda, até que zaga bloqueasse e a bola saísse. O time da capital chegou a pedir pênalti por um toque de braço do Monterrey, mas a revisão no VAR não marcou a infração e logo o apito final permitiu a explosão dos Rayados como novos campeões.

A vitória sobre o América encerrou uma campanha invicta do Monterrey. Os Rayados somaram seis vitórias e um empate ao longo desta Concachampions, com a expressiva marca de 17 gols marcados e só quatro sofridos. Os alviazuis começaram batendo os dominicanos do Atlético Pantoja nas oitavas, antes de despacharem o Columbus Crew nas quartas – com os americanos arrancando o único empate. Já na semifinal, o Monterrey goleou o Cruz Azul, então campeão mexicano. O título dos Rayados ainda serve como resposta ao rival Tigres, campeão em 2020, mas que não se classificou a esta edição da competição continental e não pôde defender seu trono.

O Monterrey se consolida como maior força da Concachampions desde a última década. Os Rayados ganharam cinco dos últimos 11 troféus da competição. O clube regiomontano foi tricampeão de 2011 a 2013, antes de recuperar a glória em 2019. Suas cinco taças igualam a marca do Pachuca na galeria de maiores vencedores, só atrás das seis do Cruz Azul e das sete do América. Com a nova conquista, o time de Javier Aguirre também se confirma na próxima edição do Mundial de Clubes, que será realizada nos Emirados Árabes Unidos no início de 2022. Nas quatro aparições anteriores no certame da Fifa, o Monterrey teve suas melhores participações com dois terceiros lugares. Em 2019, inclusive, os mexicanos deram trabalho ao Liverpool na semifinal.

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