Trivela
·01 de abril de 2023
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A briga pelo título da Ligue 1 pode até estar se encaminhando para uma óbvia resolução com o Paris Saint-Germain na dianteira, mas daí para baixo, não faltam emoções. Novo vice-líder, o Lens passou pelo Rennes fora de casa, neste sábado (1º), pelo placar de 1 a 0.
O time de Franck Heise confirma o status de surpresa e, restando menos de 10 jogos para o encerramento da campanha, comemora a dianteira para buscar uma vaga na Liga dos Campeões. Com a melhor defesa do campeonato, sofrendo apenas 21 gols, além de ter perdido menos partidas do que o próprio PSG, a equipe sonha alto. Talvez não com o título, mas com uma posição entre os protagonistas locais, uma vez que o Marseille ainda não se decidiu se quer competir ou não, e o Lyon, que supostamente seria essa terceira força, parece muito perdido para lutar.
Campeão francês em 1998, ano da primeira conquista mundial dos Bleus na Copa do Mundo, o Lens passeou pela segunda divisão nos últimos anos e teve muitas dificuldades financeiras no início dos anos 2000. Os momentos de turbulência ficaram para trás, mas foi preciso muito esforço. Na última temporada, já com Haise no comando (ele chegou em 2020), o clube terminou a Ligue 1 em sétimo pela segunda vez consecutiva, provando que o momento agora é outro. A rápida ascensão, no embalo após um acesso direto da Ligue 2 em 2020, é prova disso.
Bons resultados se colhem com jogadores compromissados. Um deles é o meia marfinense Seko Fofana, ícone aurirrubro, contratado em 2020 junto à Udinese. No ataque, as presenças de Florian Sotoca e Adrien Thomasson ao lado do belga Loïs Openda dão consistência na criação ofensiva. Como cereja do bolo, houve o reforço de Angelo Fulgini, na janela de transferências em janeiro. O meia estava no Mainz após prestar muitos anos de serviço ao Angers.
O entrosamento do Lens ajuda a explicar a boa fase. O gol de Openda, neste sábado contra o Rennes, saiu ainda na primeira etapa, mas o placar poderia ter sido ampliado no fim, com amplo domínio dos visitantes na casa do adversário. Openda, aliás, é o artilheiro do time na competição, com 15 gols, quatro a menos do que Kylian Mbappé e Jonathan David (Lille).
Sustentar a vice-liderança por mais tempo, com o orçamento atual e depois de tanto tempo de irrelevância seria uma façanha gigantesca do Lens. Fora a árdua luta contra o Marseille, que durante a temporada se mostrou como alternativa aos parisienses para levar o caneco. Acompanhemos a reta final dessa Ligue 1 com os olhos de quem já está vendo uma grande história sendo escrita. Que a saga de Heise e seus comandados ganhe mais um capítulo especial em breve.