O jogo a jogo e o desespero tricolor – Por Washington de Assis | OneFootball

Se tivesse que eleger algumas coisas para concordar em absoluto, seguramente “a unanimidade é burra” seria uma delas. Mas hoje, ao me deparar com toda e qualquer opinião relativa ao Fluminense, encontro todos dizendo que o tricolor surpreende ao estar vivendo o que está vivendo. Não me venham os “idiotas da objetividade”, que andam de mãos dadas com os “engenheiros de obra pronta” afirmar que “eu avisei” porque ninguém avisou, previu, imaginou e muito menos cravou que viveríamos esse inferno que estamos vivendo. Repito: ninguém. Nem mesmo aqueles que destilam ódio ao Fluminense, ou ao presidente, ou a qualquer quem seja. E o pior : tem gente querendo assinar e se tornar o precursor da boa morte. Mas essa coluna não está para falar sobre isso. Ao menos não agora.

Nosso Fluminense, que tanto nos encheu de orgulho em fevereiro deste ano, e no final do ano passado, parecer ter desaprendido a jogar bola. Não é possível. Nada funciona. O time, que outrora encantava com Diniz, hoje ogeriza sob a batuta de Marcão . Culpa dele? Não sei, acho que não. Penso que a culpa pode ser do esgotamento físico e mental ao qual nossos atletas foram submetidos durante dois anos e tanto. Trouxe resultado, é bem verdade. Mas trouxe consequências também.

Percebo jogadores experientes agindo tal qual moleques recém-promovidos, vejo recém-promovidos agindo como se dente de leite fossem. E quem está de fora? Parece não querer entrar na “fria”, que é entrar em campo e jogar. O que está acontecendo?

Alias, cadê o André? Duzentos meses de transição e nada de um jogador capaz de melhorar e muito esse nosso meio esfacelado. O que está havendo? Tá se escondendo atrás de alguma proposta? Não sei, me parece estranho esse tempo de transição e aí meu “Tico” joga no ar a teoria da conspiração e meu “Teco”, que está completamente desorientado, acaba por absorve -la como verdade.

Alias, amigos, cuidado. Com as luzes baixas nas Laranjeiras, as baratas e os ratos saem dos esgotos fétidos que circundam e tecem as mais diversas teses de culpabilidade. Impressionante, mas assim é que as coisas são.

Se eu acredito na recuperação. Totalmente! Se estou preocupado? Para caramba (evitemos palavrões). Mas vejo capacidade nos mesmos caras que nos trouxeram a Glória Eterna de evitar e vexame histórico.

A ver.

ST

Washington de Assis