O início da história do Palmeiras contra os ingleses: os jogos contra Arsenal e Portsmouth às vésperas da Copa Rio de 1951 | OneFootball

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·12 de fevereiro de 2022

O início da história do Palmeiras contra os ingleses: os jogos contra Arsenal e Portsmouth às vésperas da Copa Rio de 1951

Imagem do artigo:O início da história do Palmeiras contra os ingleses: os jogos contra Arsenal e Portsmouth às vésperas da Copa Rio de 1951

O Chelsea surge como o primeiro adversário inglês do Palmeiras em 22 anos. E o encontro anterior com um clube da Premier League é amargo para os alviverdes, na decisão do Mundial de 1999 contra o Manchester United. Ao longo de sua história, os palmeirenses encararam equipes inglesas em cinco ocasiões. Derrotaram também o Coventry pela Copa Kirin em 1978. Já os três primeiros embates aconteceram na virada dos anos 1940 para os 1950, num momento em que os britânicos excursionavam pelo Brasil e o Palmeiras se apresentava como uma potência local. Às vésperas de conquistar a Copa Rio, o esquadrão palestrino pegou duas vezes o Arsenal e uma vez o Portsmouth, que na época também acumulavam taças na Inglaterra. Jogos que reconstroem um passado importante no Pacaembu e que também sinalizam o respeito angariado pelos palmeirenses no período.

Maio de 1949, Palmeiras 1×1 Arsenal

O Arsenal desembarcou sob enormes expectativas no Brasil em 1949, com uma multidão à espera dos ingleses no aeroporto do Rio de Janeiro. A excursão organizada pelo Botafogo prometia confrontos de peso diante de uma das melhores equipes da Europa, no Rio e em São Paulo. Tamanha expectativa era explicada pelo retrospecto recente dos Gunners, que tinham conquistado o Campeonato Inglês em 1947/48, embora viessem de uma quinta colocação em 1948/49. O técnico Tom Whittaker não contava com jogadores importantes, incluindo o capitão Joe Mercer e o ídolo Leslie Compton. Em compensação, a lista de referências do período presentes no Brasil elencava George Swindin, Jimmy Logie, Reg Lewis, Ronnie Rooke, Don Roper e Lionel Smith – todos com considerável projeção pelos londrinos naquela virada de década.


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O Arsenal vinha ainda mais badalado porque, no primeiro amistoso no país, goleou o Fluminense em São Januário por 5 a 1. Não à toa, o Pacaembu lotou com 51 mil pagantes – além de estimados 9 mil torcedores que pularam as catracas. Quebrou-se o recorde de renda do futebol sul-americano até então – pouco mais de 1,1 milhão de cruzeiros, o equivalente a 15 mil libras na época. E o Palmeiras também merecia respeito, como campeão paulista de 1947, embora viesse em período de reformulação antes do vice no estadual de 1949. Dirigido pelos uruguaios Ventura Cambon e Segundo Villadoniga, o Alviverde tinha como sua grande lenda em campo o médio Waldemar Fiúme. Outras figuras históricas como o atacante Lima, o ponta Canhotinho e o zagueiro Turcão também faziam parte daquele time. Oberdan Cattani era desfalque. Nas vésperas do duelo, o Arsenal chegou a assistir a um filme de jogo do Palmeiras, análise raríssima para a época.

“O conjunto do Arsenal surge, indiscutivelmente, como o franco favorito da refrega. O quadro inglês está bem coordenado com as várias linhas ajustadas, e isso porque só agora terminou o certame britânico, o que não acontece com o conjunto esmeraldino, no momento em franca fase de reorganização”, avaliava o Correio Paulistano, antes do jogo. Um dos treinadores da equipe paulista, Villadoniga assistiu à goleada do Arsenal sobre o Fluminense no Rio de Janeiro. Dizia que o Palmeiras “porá em prática um trabalho de marcação capaz de anular grande parte da eficiência do consagrado grêmio britânico”.

Até pela maneira como o Arsenal pendia como favorito ao jogo, o empate por 1 a 1 seria bastante comemorado pelo Palmeiras. O Arsenal foi melhor durante o primeiro tempo e marcou seu gol aos 33 minutos, a partir de um escanteio. Após a cabeçada de Roper, Turcão não afastou totalmente e Logie marcou na sobra, com um chute à meia altura. A reação alviverde aconteceu durante o segundo tempo, quando saiu a igualdade aos 15 minutos. Valdemar Fiúme cobrou falta e, depois do chute de Rosinha, a bola bateu na mão de Alex Forbes. Canhotinho assumiu a cobrança e mandou no canto direito do goleiro Swindin. Os palmeirenses ainda flertaram com a virada, incluindo uma bola de Harry na trave e outras duas chances desperdiçadas no final.

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O Jornal dos Sports chegava a destacar em sua manchete principal: “Grande proeza do Palmeiras! Não permitiu que o Arsenal fosse além do empate”. Já a Folha da Noite apontava: “Surpreendido o Arsenal pela fibra e o entusiasmo do Palmeiras. Atuando magnificamente, a equipe alviverde empatou com o conjunto londrino por um tento. Os ingleses descambaram para o jogo violento na fase derradeira. Agradou o espetáculo de ontem no Pacaembu”.

O Correio Paulistano classificou o empate como justo. Para o periódico, o Arsenal “embora atuando bem, não correspondeu totalmente”. Já o Palmeiras “supriu a diferença técnica com a velocidade, o entusiasmo, o ardor de todos os seus integrantes”. Salientavam ainda que os alviverdes tiveram totais chances da virada, não fossem alguns lances de sorte dos ingleses.

O semanário Mundo Esportivo descrevia assim a partida: “Justo o resultado da porfia. Se no primeiro tempo os ingleses atuaram um pouco melhor, os alviverdes cresceram de produção no segundo. O conjunto britânico não confirmou o grande cartaz de que estava precedido, mas revelou qualidades. O Palmeiras inflamou-se e conseguiu equilibrar as ações, dominando o adversário na etapa final. Os do Arsenal tudo fizeram para desfazer a igualdade do marcador, mas encontraram em Turcão uma grande barreira. A luta foi em parte acirrada e os ingleses contundiram vários elementos contrários pelo seu maior porte atlético. A tradição do Palmeiras foi mantida e o grande público que lotou o Pacaembu presenciou um bom prélio. Enquanto os britânicos deixaram a desejar, os palmeirenses surpreenderam”.

Já o Sport Illustrado trazia o texto assinado por Thomaz Mazzoni, grande nome da imprensa esportiva paulista no período: “O Arsenal, sem ter sido o mesmo onze que venceu o Fluminense, deixou patenteado o seguinte: é indiscutivelmente um grande quadro. Joga futebol que agrada, futebol que deixa a torcida em suspenso. Passes longos, com a bola correndo muito e os jogadores pouco. Lances quase que fabricados por encomenda. Mas o Palmeiras, impondo seu notável espírito de luta, jogando à base de velocidade, evitando o corpo a corpo, e soltando o balão de primeira, confundiu todas as qualidades que são possuídos os visitantes, e acabou transformando seu revés da primeira fase num empate, que lhe valeu por uma vitória. E não vai aqui nenhum exagero, nenhuma demonstração exagerada de brasilidade, se dissermos que o alviverde merecia vencer a peleja. Isso porque esteve sempre mais próximo do triunfo”.

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Dias depois, na Gazeta Esportiva, Mazzoni ainda sentenciaria: “Já é tempo de irmos perdendo esta mania de superestimação, que nos tem custado, na maior parte das vezes, o olho da cara… Eles não são invencíveis. O nosso futebol é mais sinuoso, cheio de curvas, algumas estéreis, embora a torcida se babe toda por uma filigrana de Canhotinho ou uma série de fintas de Cláudio. Os times brasileiros precisam impor sua escola. Os ingleses são práticos, breves, quase feios no estilo. Nós somos sacis. Jogamos aos saltos, com grandes improvisações. Somos mais imaginosos e menos calculistas que eles”.

Fica o registro ainda da curiosa reclamação dos jogadores do Arsenal: diziam que o time foi prejudicado pelos refletores do Pacaembu, já que a equipe não estava acostumada com as luzes noturnas, só instaladas em Highbury dois anos depois. “As 16 lâmpadas em cada canto eram muitíssimo eficazes, mas nem sempre permitiam ao goleiro uma perfeita visão da bola. Mas a estranheza da iluminação artificial, a bola branca e o constante espoucar dos flashes dos fotógrafos durante o jogo não eram tudo o que tivemos que enfrentar… Pra completar, os jogadores do Palmeiras, a maioria descendentes de italianos, eram ao mesmo tempo mais animados e mais duros que os adversários anteriores”, afirmaria o zagueiro Walley Barnes, em depoimento registrado no livro ‘Um jogo inteiramente diferente! Futebol: A Maestria Brasileira de um Legado Britânico’, escrito por Aidan Hamilton.

Dias depois, o Arsenal venceu o Corinthians por 2 a 0 no Pacaembu. Porém, a sequência da excursão teria derrotas para Vasco, Flamengo e São Paulo. Os Gunners voltariam para a Inglaterra e conquistariam a FA Cup em 1949/50. Já o Palmeiras, em processo mais amplo de fortalecimento, faturaria o Paulistão de 1950 – um dos títulos mais importantes de sua história, já que rendeu o convite para a Copa Rio de 1951.

Junho de 1951, Palmeiras 3×1 Arsenal

O Arsenal faria nova excursão para o Brasil em maio e junho de 1951. A equipe tinha ficado na quinta colocação do Campeonato Inglês de 1950/51, mas seguia dirigida por Tom Whittaker e reunia vários dos campeões dos anos recentes. O capitão Joe Mercer de novo era ausência, mas Reg Lewis vinha com moral após decidir a final da FA Cup contra o Liverpool no ano anterior. Outra figura ilustre era o atacante Albert Gudmundsson, primeiro islandês a fazer sucesso nas grandes ligas europeias, que também defenderia clubes como Rangers e Milan.

O Palmeiras, de qualquer maneira, contava com um elenco bem mais pesado em 1951. Nomes como Waldemar Fiúme, Lima e Canhotinho continuavam presentes, enquanto Oberdan estaria disponível no gol desta vez. O craque Jair Rosa Pinto assumia a condução do ataque, enquanto a defesa ainda tinha ganhado o zagueiro Juvenal. Liminha, Brandãozinho e Dema eram outros destaques em ascensão. Ventura Cambon, que tinha deixado o clube no ano anterior, estava de volta à casamata.

O amistoso no Pacaembu aconteceu às vésperas do início da Copa Rio. Até por isso, a percepção ao redor do jogo era bastante diferente daquilo que aconteceu em 1949. O Correio Paulistano afirmava: “Dificilmente o Arsenal escapará de uma derrota frente ao Palmeiras. O conjunto inglês terá que empregar-se a fundo para evitar uma goleada”. No Brasil desde maio, os Gunners tinham perdido amistosos para Fluminense, Botafogo e America. A única vitória havia acontecido no primeiro compromisso no Pacaembu, com o triunfo por 1 a 0 sobre o São Paulo. Independentemente disso, a ascensão do Palmeiras naquele momento também justificava tamanho otimismo da imprensa paulista.

A profecia se cumpriu com a vitória do Palmeiras por 3 a 1, mas os alviverdes precisaram buscar a virada no Pacaembu. Logo aos 12 minutos, Jimmy Logie aproveitou uma indecisão da defesa adversária para abrir o placar ao Arsenal. Os Gunners ainda mandariam duas bolas na trave, superiores na primeira etapa. Os palmeirenses melhoraram principalmente com a entrada de Canhotinho no lugar de Brandãozinho durante a volta do intervalo. A reação começou com um gol de Liminha, aos 20. Jair acertou um sem-pulo para virar aos 25. Por fim, coube a Liminha fechar a conta aos 43. Parecia um prenúncio do heroísmo do atacante, que logo viria com o gol do título na Copa Rio. As chances perdidas pelos palestrinos ainda impediram a aplicação de uma lavada.

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“Coletivamente, o Palmeiras agradou pelo segundo tempo que disputou. Na etapa inicial suas linhas estiveram confusas, prejudicando em parte o espetáculo, que ficou reduzido aos esforços dos craques ingleses em manterem a vantagem conquistada logo nos primeiros minutos da peleja. Dos vencedores, podemos apontar Jair como seu maior elemento. Em plena forma, Jajá brindou o público com jogadas impressionantes, culminando aquela em que marcou o segundo ponto para os seus, quando acertou tremendo sem-pulo à meta adversária”, analisou o Correio Paulistano, que ainda criticaria a postura defensiva do Arsenal.

Como correspondente do Jornal dos Sports, Thomas Mazzoni também salientou certas dificuldades até a reação do Palmeiras: “É verdade que o adversário dessa vez era o campeão paulista, o Palmeiras, que possui um dos conjuntos melhor armados e preparados do momento, com suas linhas bem articuladas e seus valores individuais dispondo de excelente preparo físico e técnico. […] Foi assim que o Palmeiras venceu justa e merecidamente por 3 a 1, um match em que o quadro brasileiro soube reagir valentemente na etapa final, revidando com amplo sucesso a melhor ação do adversário no primeiro período”.

Já o Mundo Esportivo apontaria: “A enorme resistência oposta pelo Arsenal valorizou muitíssimo a vitória do Palmeiras, que confirmou suas credenciais de mais perfeito esquadrão do Brasil no momento. Com exceção de algumas falhas de Juvenal e Dema, foi espetacular a atuação individual dos alviverdes na peleja contra o esquadrão londrino. Aliás, isso era esperado. Os ingleses, nas disputas pessoais, são facilmente vencidos. Valem-se dos seus sistemas, de suas chaves defensivas, para evitar goleadas e arrancar para a vitória, se a ocasião se apresentar. Nesse ponto, não nos deixou satisfeitos a vitória palmeirense. Desejaríamos que, no trabalho coletivo, seus movimentos tivessem sido mais desembaraçados, encontrando um jeito de varar sem grandes dificuldades o velhíssimo sistema defensivo contrário. Mas, nesse particular, havia o entrave da não menos velha mania de fintar, que constituiu o principal defeito do nosso futebol”.

O Arsenal fechou a excursão no Brasil goleado pelo Vasco por 4 a 0 no Rio de Janeiro. Parte daquela base conquistaria o Campeonato Inglês de 1952/53, o último antes de um jejum que durou 18 anos, até a dobradinha faturada em 1970/71.

Junho de 1951, Palmeiras 0x0 Portsmouth

O Arsenal não veio sozinho para o Brasil em 1951. O Portsmouth também estava em turnê pelo país no mesmo momento. O Pompey atravessava um dos períodos mais brilhantes de sua história, com o bicampeonato inglês registrado em 1948/49 e 1949/50. Grande lenda do clube e presente em duas Copas do Mundo, Jimmy Dickinson era a principal estrela da delegação. Outros nomes importantes como Peter Harris, Jack Froggatt, Duggie Reid e Len Philips compunham o grupo de lendas presentes na excursão.

O Portsmouth não correspondia no Brasil às pompas que seu sucesso recente sugeria. O Pompey perdeu para Fluminense e America em seus dois primeiros jogos no Rio, antes de empatar com o Botafogo e com o São Paulo. Quando desceram para a Baixada Santista, os ingleses tomaram um 4 a 0 do Santos. Isso até que o embate diante do Palmeiras fechasse a viagem. Ventura Cambon repetiu vários jogadores usados na vitória sobre o Arsenal: Jair, Oberdan e Juvenal eram os mais renomados. Canhotinho ganhava uma chance como titular, assim como o ponta Rodrigues era uma novidade importante.

O Correio Paulistano de novo colocava o Palmeiras como força do encontro: “Franco favorito o Palmeiras no embate de hoje à noite. O Portsmouth encerrará sua campanha em gramados do Brasil. O campeão paulista jogará com sua melhor organização. Os ingleses, entretanto, poderão oferecer grande resistência”. A corneta também soava: “Naturalmente teremos hoje à noite a repetição daqueles espetáculos já bastante conhecidos de nosso público quando um quadro inglês está em ação. Veremos dez jogadores postados diante da meta, procurando de qualquer forma evitar que os contrários marquem tentos. Na ofensiva, os visitantes são por demais medíocres, armando a maioria de suas jogadas com a violência que os caracteriza ou aproveitando falhas dos antagonistas. O Palmeiras está credenciado para vencer. Indiscutivelmente possui mais atributos técnicos que os craques do Portsmouth”.

De fato, a postura defensiva do Portsmouth prevaleceu. Mas não foi a qualidade técnica do Palmeiras que conseguiu rompê-la, com o empate por 0 a 0. Seria uma partida pouco vistosa, com os erros palmeirenses atrapalhando a organização da equipe. A ausência de Waldemar Fiúme era apontada como uma das razões para as debilidades. Os alviverdes até insistiram, mas acabaram travados pelo empenho do Pompey na marcação. Na melhor chance da equipe, já na reta final, Sarno mandou uma cabeçada no travessão do goleiro Ernest Butler.

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Assim descrevia a Folha da Noite: “Na etapa inicial, o Palmeiras teve pela frente um adversário que lutou com valentia e entusiasmo, naturalmente procurando reabilitar-se do insucesso de domingo último, em Vila Belmiro. Mas mesmo assim o alviverde, contando com os melhores valores individuais, pôde ter ligeira vantagem territorial. Nos 45 minutos finais, o campeão paulista voltou a atacar com mais insistência, mas a defesa do Portsmouth esteve vigilante e, exercendo severa marcação, não permitiu que a sua meta fosse vazada. A rigor, tivemos apenas três lances que poderiam redundar em tentos”.

O Correio Paulistano, por sua vez, voltava a cutucar o Portsmouth: “De futebol, os ingleses somente possuem um inquebrantável espírito de luta, uma vez que não sabem lidar isoladamente com a bola, a não ser rechaçá-la para frente, quando são envolvidos em ataques pelos adversários. Nada mais conseguem apresentar como equipe. Cremos, mesmo, que os britânicos aproveitaram bastante sua temporada em nossos gramados, pois aprenderam o suficiente para manter intercâmbio com os demais países europeus, com grandes probabilidades de êxito”.

Já o Mundo Esportivo aliviava a barra do Palmeiras, diante das críticas mais duras sobre a decepção causada pelo empate: “Concluímos que o Palmeiras não saiu arranhado na sua condição de campeão paulista. Aconteceu com ele o mesmo que com o Portsmouth em relação ao Santos. Não levou a sério o antagonista e depois, no correr do jogo, não encontrou clima para reencontrar-se. Não há motivos para alarme, muito menos para decepções. O alviverde aí está, intacto no seu prestígio, mesmo porque continua invicto no Pacaembu, na atual temporada contra clubes estrangeiros”.

A razão parecia mesmo estar com o periódico. Dentro de semanas, o Palmeiras acumulou grandes resultados contra adversários estrangeiros e conquistou a Copa Rio, um dos títulos mais importantes de sua história. Desta forma, a vitória sobre o Arsenal serve como mais um exemplo da força alviverde naquele momento.

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