O Hertha se transforma fora de casa, garante a permanência na elite e amplia o drama do Hamburgo na segundona | OneFootball

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Trivela

·23 de maio de 2022

O Hertha se transforma fora de casa, garante a permanência na elite e amplia o drama do Hamburgo na segundona

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O Hertha Berlim parecia fadado a encarar o rebaixamento na Bundesliga. O primeiro jogo dos playoffs contra o Hamburgo foi desastroso ao time da capital. Os berlinenses foram dominados dentro do próprio Estádio Olímpico e engoliram, apáticos, a derrota por 1 a 0 – que poderia até ser maior. Quatro dias se passaram e, sabe-se lá o que fez o técnico Félix Magath, o Hertha se transformou. A Velha Senhora foi outro time no reencontro com o HSV e, dentro do Volksparkstadion, abocanhou a permanência na elite. Os berlinenses acuaram os hamburgueses e construíram a vitória por 2 a 0, com riscos apenas no final. A alegria do Hertha é a desgraça do Hamburgo, que vai disputar sua quinta temporada consecutiva na segunda divisão.

O Hertha iniciou a partida no Volksparkstadion com uma atitude que não se viu durante os 90 minutos no Estádio Olímpico. E a pressão imediata deu resultado, com o gol logo aos quatro minutos. Após a cobrança de escanteio de Marvin Plattenhardt, Dedryck Boyata apareceu na área para acertar a cabeçada nas redes. O tento não acomodou a Velha Senhora, que permaneceu em cima. Plattenhardt participava bastante pelo lado esquerdo e buscava Ishak Belfodil na área. Apesar do incômodo constante, os berlinenses não conseguiram criar chances tão claras para ampliar.


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Somente depois dos 20 minutos que o ritmo do Hertha baixou um pouco, o que deu um respiro ao Hamburgo e permitiu ao time da casa se adiantar em campo. Mas não que os Dinossauros criassem. A Velha Senhora permanecia mais contundente. Aos 31, o goleiro Daniel Heuer Fernandes precisou trabalhar diante de Belfodil e Suat Serdar não aproveitou o rebote. Já aos 40, Belfodil tentou acionar Lucas Tousart na área e por pouco não criou uma grande oportunidade. A superioridade dos berlinenses era clara.

O Hamburgo voltou melhor para o segundo tempo. Os primeiros sinais disso vieram em chutes de longe, e Mortiz Heyer forçaria a primeira defesa do goleiro Oliver Christensen na meta do Hertha. Porém, não seria um monólogo como na primeira etapa, mas uma partida aberta, com os berlinenses ainda ativos no ataque. A resposta viria com Plattenhardt, mais uma vez, parado por Heuer Fernandes. Com o passar dos minutos, aliás, a Velha Senhora retomou as rédeas do duelo.

O momento decisivo para o Hertha veio aos 18. Belfodil, infernizando, sofreu falta pelo lado direito da área. Plattenhardt resolveu bater direto e mandou um chute cheio de veneno, com curva. A bola encobriu o goleiro Heuer Fernandes e morreu no ângulo, dando a permanência neste momento aos berlinenses. O Hamburgo precisava de uma reação, mas estava errático e pouco ameaçava do outro lado. A Velha Senhora seguia melhor, especialmente com Belfodil. E os Dinossauros deram até sorte aos 29, quando Stevan Jovetic saiu de frente para o gol no contra-ataque e Heuer Fernandes fez uma defesa essencial no mano a mano.

A pressão do Hamburgo se tornou maior durante a reta final da partida. Magath fechava a casinha no Hertha e os Dinossauros partiam para o desespero. Os minutos derradeiros no Volksparkstadion tiveram uma sequência de bolas na área dos visitantes, com muitos cruzamentos do HSV. A defesa conseguia cortar todas, enquanto Santiago Ascacíbar fechava a cabeça de área. Ludovit Reis também tentou aprontar um salseiro pelo chão, sem resultado. No último minuto, por cera, Tousart seria expulso do lado berlinense. O apito final seria fatal aos hamburgueses. O calvário na segunda divisão se amplia, enquanto a Velha Senhora era premiada por sua reação nesta segunda-feira.

O amargor fica para o Hamburgo. O time cresceu na reta final da segunda divisão e conseguiu uma vaga nos playoffs quando já parecia descartado. Porém, o final do filme é parecido com o das três temporadas anteriores: a permanência na segundona de uma equipe que morreu na praia. O desempenho diante da torcida no Volksparkstadion deixou muito a desejar. O Hertha, de qualquer forma, tem méritos. O time fez aquela que provavelmente foi sua melhor atuação da temporada, e justo num momento tão decisivo. Resta saber se, depois de flertar com a queda nos últimos anos, a Velha Senhora terá o esperado salto de qualidade que seu endinheirado projeto prometia. Do ponto de vista esportivo, os berlinenses devem muito ainda, mesmo seguindo na primeira divisão.

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