Alemanha FC
·21 de agosto de 2024
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·21 de agosto de 2024
Por Guilherme Costa
A grande história do ano (e da temporada) passado foi a do Heidenheim. Não há outra opção. Nem mesmo o título inédito e invicto do Bayer Leverkusen.
Começando pelo acesso inédito à Bundesliga de maneira épica, com a vitória de virada ante o Jahn Regensburg, com os dois últimos gols sendo marcados nos minutos 93 e 99, que rendeu também o título da segunda divisão para a modesta equipe da Baden-Württemberg. O desafio da Bundesliga, iniciada também no ano passado, era o outro passo no sonho de Frank Schmidt e companhia. O Blau-Rot não fez feio terminando o campeonato na oitava colocação, que rendeu uma vaga inédita para uma competição europeia., e a vitória ante o poderoso Bayern de Munique no segundo turno do campeonato.
Mas essa questão de sonho geralmente não pode ser colocado durante ou às vésperas de uma competição, uma vez que o trabalho e determinação te puxam para a realidade. E é isso que acontece com a sensação Heidenheim. Primeiro foi com Copa da Alemanha, da qual a equipe tirou de letra o desafio inicial goleando o Villingen (atualmente na quarta divisão), por 4 a 0. Agora, o segundo desafio da temporada é o confronto de ida dos playoffs da Conference League contra o Häcken, da Suécia.
Essa dinâmica entre sonho e realidade, também foi dita por Frank Schmidt em entrevista coletiva:
“É claro que é especial podermos jogar nestes playoffs. Se você está aqui na Suécia e sabe que amanhã será o primeiro jogo da qualificação para uma competição europeia, então isso é obviamente especial. Por outro lado, do ponto de vista pragmático, há dois jogos em que queremos a qualificação e temos de nos preparar bem para as condições aqui amanhã. Sabemos do adversário e, como sempre, queremos, em primeiro lugar, fazer o melhor desempenho possível, mas também obter o resultado que nos dará a oportunidade de avançar para a segunda mão.”
A mini maratona de jogos decisivos, junto com a estreia da temporada 24/25 da Bundesliga contra o recém promovido St. Pauli, no próximo domingo, e o jogo de volta contra o Häcken na Voith Arena, são ótimas credenciais para mostrar que o sucesso tem o seu preço. O preço do sucesso também reflete na mudança de elenco que, no caso do Heidenheim, foi bastante sofrido. A saída do meia Jan-Niklas Beste (para mim, o melhor jogador da equipe na temporada passada), rumo ao Benfica, foi um baque tão grande quanto as saídas de Tim Kleindienst (para o Borussia Mönchengladbach), Kevin Sessa (Hertha Berlin) e Florian Pick (Nuremberg), causando uma ruptura numa base que está junta há várias temporadas. Houve ainda a saída Eren Dinkci, emprestado do Werder Bremen, que foi negociado junto ao Freiburg.
O mercado do Heidenheim foi modesto, com destaque para as contratações dos atacantes Mikkel Kaufmann (Union Berlin) e Sirlord Conteh (Paderborn), e do meia Julian Niehues (Kaiserslautern), mostram que o comando diretivo da equipe segue com os pés no chão, ciente de que o pensamento de se manter na Bundesliga deve ser o principal objetivo da temporada. Uma inesperada vaga para a Conference League colocou um tempero na realidade do Heidenheim que, com muita humildade, está disposto a seguir fazendo história na Alemanha!
Frank Schmidt: o técnico com o trabalho mais longevo da Europa está há mais de dezessete anos no comando do Heidenheim, sendo o grande líder da modesta equipe.
Base forte: mesmo com a saída de jogadores importantes, o entrosamento do Heidenheim seguirá sendo um dos grandes pontos fortes da equipe, com destaque para a sólida defesa capitaneada pelo goleiro Kevin Müller.
Quem será o homem gol? Com a saída de Kleindienst, artilheiro da equipe nas últimas três temporadas, a vaga deverá ser bastante disputada. Além de Marvin Pieringer, que já faz parte do plantel, Kaufmann, Conteh e Maximilian Breunig (vindo do Freiburg, mas que jogou a maior parte da temporada no time B), são os outros concorrentes ao posto; Breunig largou na frente, marcando três gols no jogo de sábado na Copa da Alemanha.
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