Trivela
·29 de abril de 2023
O Getafe recorre novamente a Pepe Bordalás para tentar evitar o rebaixamento em La Liga

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·29 de abril de 2023
O Getafe vive dias tumultuados. A derrota em casa para o Almería, no confronto direto, foi bastante custosa. Os Azulones acumulam cinco rodadas sem ganhar por La Liga, demitiram o técnico Quique Sánchez Flores e voltaram à zona de rebaixamento. Já neste sábado, o novo treinador anunciado para liderar os madrilenos em busca da permanência na primeira divisão é um velho conhecido da torcida. Pepe Bordalás está de volta ao Coliseum Alfonso Pérez, com a missão de evitar o descenso nas sete rodadas finais do Campeonato Espanhol. Já vai estrear com um confronto direto crucial, com o Espanyol, neste domingo.
O Getafe ocupa a antepenúltima colocação, com 31 pontos, mas permanece numa situação reversível. Os três times logo à frente na tabela (Cádiz, Almería, Valencia) estão no máximo com dois pontos a mais. O Valladolid também é alcançável, com quatro pontos à frente e o confronto direto pelo segundo turno que ainda não aconteceu. Além disso, os Azulones estão com três pontos a mais que o Espanyol, time logo abaixo na tabela e adversário deste domingo. Com 18 pontos a menos, o Elche tende a cair já neste final de semana.
Quique Sánchez Flores teve um trabalho digno no Getafe desde 2021. O treinador assumiu o time em crise profunda em 2021/22, com apenas um ponto conquistado em oito rodadas de La Liga, e conseguiu melhorar bastante o rendimento para evitar o descenso. As limitações seguiam nessa temporada e os Azulones, apesar do início ruim de campanha, se mantiveram fora da zona de rebaixamento na maior parte do tempo. Contudo, a sequência recente no segundo turno aumentou a pressão. O Getafe perdeu confrontos diretos muito importantes contra Mallorca e Almería. O time caiu do 13° para o 18° lugar nesta seca atual. Sobrou para o treinador, demitido após o revés contra o Almería. Foram 66 partidas com Sánchez Flores no comando.
Pesou também a possibilidade de contratar Bordalás de volta. O treinador teve uma passagem histórica de cinco anos pelo Coliseum Alfonso Pérez, trazido do Alavés em 2016. Bordalás assumiu os Azulones na segunda divisão, conquistou o acesso imediato e, três temporadas depois, já estava disputando a Liga Europa. O comandante também auxiliou a formar uma identidade de jogo muito clara na equipe, com pressão sem a bola e movimentos diretos. Estava claro como a relação poderia ser retomada no futuro, mesmo que Bordalás tenha aceitado a proposta para dirigir o Valencia em 2021.
No fim das contas, a passagem de Bordalás pelo Valencia não foi boa, mas a culpa não pode ser depositada sobre o treinador, diante de toda a bagunça interna. Os Ches escaparam do rebaixamento sob suas ordens e ainda chegaram à final da Copa do Rei, mas nem assim ele ganhou créditos com a caótica diretoria de Peter Lim. Tomando por comparação a atual temporada, as coisas estão bem mais difíceis no Mestalla do que se via nos tempos de Bordalás. É erro atrás de erro na gestão.
É ver como o treinador poderá retomar sua história no Getafe, depois de passar a temporada quase inteira sem clube. Os meses sem a presença de Bordalás na casamata foram mais duros aos madrilenos, ao longo dos dois últimos anos, e a missão na tabela do Campeonato Espanhol não é simples, mas não se nega a competência do técnico para reverter o quadro. Sem muitas dúvidas, com o velho novo comandante, as chances de sobrevivência dos Azulones aumentam ao menos um pouco.