O gênio Johan Cruyff em território norte-americano | OneFootball

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·08 de outubro de 2020

O gênio Johan Cruyff em território norte-americano

Imagem do artigo:O gênio Johan Cruyff em território norte-americano

A história contada pela coluna Desbravando o Tio Sam desta semana será a passagem de Johan Cruyff nos Estados Unidos. Famoso no futebol por conta da Laranja Mecânica de 1974 e das passagens por Ajax e Barcelona, o holandês desfilou toda sua técnica no território estadunidense em 1979, 1980 e parte de 81. Primeiramente, o craque atuou em dois amistosos pelo New York Cosmos. Mas depois fechou com o Los Angeles Aztecs, e por fim, terminou seu capítulo na América do Norte jogando pelo Washington Diplomats.

Por pouco o New York Cosmos não reuniu Cruyff, Beckenbauer e Carlos Alberto Torres

Após a marcante passagem pelo Barcelona em 1977/78, Cruyff decidiu se aposentar com 31 anos. Entretanto, o projeto do New York Cosmos chamou atenção do craque. O acordo inicial era apenas a disputa de duas partidas na pré-temporada, mas o holandês garantiu: se voltasse a jogar futebol oficialmente, seria com os nova-ioquinos. Johan atuou pela primeira vez com as cores do Cosmo contra uma “seleção do mundo” em 30 de agosto de 1978. Com mais de 50 mil pessoas no Giants Stadium, o jogador mostrou toda sua genialidade ao dar um chapéu na grande área e passar a bola de calcanhar para Seninho marcar um dos gols do empate em 2 x 2.


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Apesar da ótima estreia, Cruyff alegou problemas pessoais e retornou à Europa. Para substituí-lo na turnê pela América do Norte, o New York Cosmos contou com o craque brasileiro Rivelino. Quando o tour da equipe de Nova Iorque chegou ao velho Continente, Johan vestiu a camisa verde estadunidense pela última vez. A partida foi contra o Chelsea em um Stamford Brigde lotado (quase 40 mil presentes). Mesmo com boas chances, o holandês não conseguiu marcar nem dar assistências nesse jogo, que terminou em 1 x 1. As atuações de Johan o fez perceber que ainda havia lenha para queimar na carreira. Entretanto, não com o Cosmos. O craque fechou com o Los Angeles Aztecs em 1979, sendo considerado um “chapéu” nos nova-iorquinos.

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O melhor momento de Johan Cruyff nos Estados Unidos

A estreia de Cruyff em Los Angeles já mostrou que o craque chegou inspirado: dois gols em sete minutos contra o Rochester. Justificando à mudança aos Estados Unidos, o holandês afirmou em entrevista a revista People: “Eu queria tentar cultivar o futebol em um lugar onde não fosse popular. Além disso, o clima é melhor em Los Angeles”.

Disputando a NASL (North American Soccer League), na época o nível mais alto de soccer nos Estados Unidos, Johan manteve ótimo desempenho da estreia. Apesar da eliminação para o Vancouver Whitecaps (que se tornaria o campeão) nas semifinais de conferência, o “tri” da Bola de Ouro marcou 14 gols em 27 partidas pelo Los Angeles Aztecs. Com isso, garantiu uma vaga na Seleção dos melhores do campeonato, e de quebra foi eleito o MVP. Entretanto, a mudança na presidência do clube de LA, fez Cruyff mudar-se para capital dos Estados Unidos.

O final da passagem ainda em alto nível

Em 1980, Cruyff chega para seu último ano em território estadunidense atuando no Washigton Diplomats. O craque manteve o bom desempenho, marcando 13 gols em 23 jogos. Mas a equipe da capital não conseguiu chegar ao título, ironicamente perdendo para seu clube anterior. Apesar disso, o holandês marcou a vida dos jovens do time. Como por exemplo o ex-goleiro Jim Messemer, que disse ao Washington City Paper: “Eu absorvia tudo o que ele me dizia. Ele era como um deus falando do alto da montanha“. Na época houve um boato que Johan Cruyff não gostava de grama arficial, o que pode ter sido um dos motivos do craque ter retornado à Europa, mais precisamente no Levante da Espanha.

Foto destaque: Reprodução/Getty Images

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