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·04 de maio de 2023

O Galo perdia gols de todos os tipos, até Igor Gomes ser preciso e providenciar a necessária vitória sobre o Alianza

Imagem do artigo:O Galo perdia gols de todos os tipos, até Igor Gomes ser preciso e providenciar a necessária vitória sobre o Alianza

A bola insistia em não entrar. O Atlético Mineiro precisava da sua primeira vitória na Libertadores de qualquer maneira e desperdiçou gol atrás de gol no primeiro tempo contra o Alianza Lima. Foi um festival para ver quem perdia o lance mais claro, incluindo até pênalti de Hulk que o goleiro Ángelo Campos pegou. Os céus no Estádio Independência só se abriram no segundo tempo. E muito por conta de Igor Gomes. Numa atuação tão imprecisa do Galo na hora de finalizar, ninguém se aproximou da meticulosidade do meia. Foram dois chutes no cantinho, que valeram os 2 a 0 no início da etapa final. Mas, apesar da falta de pontaria, os atleticanos tiveram uma atuação sufocante. Nomes como Rubens e Pavón também entregaram bastante. Era a resposta que o time precisava, após as duas derrotas nas duas primeiras rodadas.

O bombardeio do Atlético Mineiro começou logo aos dois minutos. E de cara com uma baita chance perdida. Eduardo Vargas escapou em velocidade e saiu de frente para o gol, mas mandou para fora. Pois o chileno faria pior, três minutos depois. Depois de um ótimo lance de Pavón pela direita, o passe chegou para Vargas, com o gol aberto à sua frente. O veterano foi um tanto quanto desleixado e carimbou a marcação, mesmo na linha da pequena área. As jogadas de Pavón, aliás, eram o melhor escape do Galo. O argentino era muito participativo e também tentaria neste início, mas parou no goleiro Ángelo Campos, com uma boa defesa com o pé. Era um ataque contra a defesa, com o Alianza retrancado para conter o abafa.


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Com o passar dos minutos, o Atlético não conseguiu ser tão sufocante. Mas continuava muito superior e perigoso em determinadas ocasiões. Aos 23, Zaracho mandou um giro dentro da área e Campos salvou, abafando o adversário que estava livre. O Galo rodava a bola em busca de espaços e não conseguia batidas limpas. Um caminho era arriscar de longe, o que Hulk fez em cobranças de falta sem direção. A pressão seguia imensa, com recuperações rápidas e volume ofensivo dos atleticanos. O Alianza Lima ficava no lucro, pela forma como conseguia evitar o que poderia ser até uma goleada naquele momento.

O inacreditável continuava ao lado do Atlético Mineiro. Outro lance muito lamentado ocorreu aos 42, quando, depois de uma cobrança de escanteio, Jemerson desviou a bola no susto e perdeu quase embaixo do travessão. Menos mal que o lance rendeu um pênalti sobre Rubens. Na verdade, pior: Hulk telegrafou a cobrança e o goleiro Campos espalmou, antes que a zaga cortasse de carrinho quase em cima da linha, num lance em que por centímetros não rendeu um gol contra. O primeiro tempo terminou com 17 finalizações a zero para o Galo, com 74% de bola. O mais importante, sem gols.

O Atlético Mineiro não mudou para o segundo o tempo. Da maneira como atuava, estava claro que o gol era questão de paciência. O time apertou mais em cruzamentos e também soltava o pé nas finalizações. Havia certo nervosismo, com muitas batidas tortas, sem qualquer direção. Diferentes jogadores erraram o alvo por muito. Isso até que Igor Gomes fosse cirúrgico, para inaugurar a contagem aos 14 minutos. O meia recebeu pelo lado esquerdo, abriu a marcação e chutou rasteiro, bem no canto. O goleiro Campos não alcançou. O Galo tirava um peso das costas nesse momento.

Com a derrota parcial, o Alianza Lima finalmente saiu para o jogo. Passou a rondar o ataque, mas sem qualidade. Melhor para o Atlético Mineiro, que tinha mais espaço para atacar. O segundo quase veio com Jemerson, em cabeçada que passou perto. A noite era de Igor Gomes, que cravou mais uma vez a bola no fundo das redes aos 23. Hulk acionou Zaracho, travado. A sobra ficou com Igor Gomes, que mandou um tirambaço de primeira, no mesmo cantinho inferior, indefensável para Campos. A partir de então, o interesse era fazer saldo de gols, mas os atleticanos tiraram um pouco o pé.

A partida ficou até mais picada na reta final, com atendimentos médicos. Mas, se fosse para sair mais um gol, era o terceiro do Atlético Mineiro. Hyoran deu um chute forte que o goleiro Campos espalmou. Depois, ele seria também importante para salvar uma tentativa de Zaracho. Outra chance imensa desperdiçada foi com Cadu, que havia acabado de sair do banco e finalizou pressionado na área, mas facilitou a Campos – com o pedido de um pênalti não anotado. Nem Hulk deixaria o seu, com uma cavadinha sobre o goleiro que passou ao lado da trave – e na qual o atacante também estava impedido. A bola só queria entrar se fosse chutada por Igor Gomes.

O Atlético Mineiro fica com três pontos no grupo da Libertadores. Deixa a lanterna com o Libertad, por causa do número de gols marcados, mas ainda segue atrás de Athletico Paranaense e Alianza Lima, ambos com quatro pontos. Era um resultado urgente aos atleticanos, que precisava vir. Mas não que a reação possa parar por aí.

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