O Egito volta a apostar num técnico português e assina com Rui Vitória pelos próximos quatro anos | OneFootball

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·12 de julho de 2022

O Egito volta a apostar num técnico português e assina com Rui Vitória pelos próximos quatro anos

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Carlos Queiroz deixou o comando da seleção do Egito no último mês de abril, pouco depois da derrota decisiva para Senegal nas Eliminatórias, que tirou os Faraós da Copa do Mundo. Ehab Galal dirigiu a equipe por apenas três jogos na Data Fifa de junho e os resultados foram tão ruins que ele sequer seria mantido no cargo. Já nesta segunda-feira, a federação egípcia confirmou o novo comandante para o próximo ciclo da equipe nacional – de novo, um português. Rui Vitória é o escolhido, em seu primeiro trabalho à frente de uma seleção. O detalhe fica para o contrato longo, de quatro anos, já pensando na Copa de 2026.

Rui Vitória possui uma carreira concentrada no próprio futebol português. Começou no pequeno Vilafranquense, antes de dirigir as categorias de base do Benfica. Rodaria depois por Fátima (conquistando o acesso à segundona) e Paços Ferreira (sétimo colocado no Campeonato Português), até ganhar mais projeção num trabalho de quatro anos à frente do Vitória de Guimarães. Faturou inclusive a Taça de Portugal, o que ajudou a abrir as portas para o seu retorno ao Benfica em 2015.


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O auge de Rui Vitória aconteceu no Estádio da Luz. O treinador chegou pressionado, após a saída de Jorge Jesus rumo ao Sporting, e trocou farpas na imprensa com o antecessor. No entanto, logo o desempenho do Benfica subiria e a equipe conquistaria o tricampeonato nacional, quebrando recordes. Rui Vitória levou o segundo título consecutivo da liga na temporada seguinte, além de garantir um troféu em cada uma das copas nacionais. A saída aconteceu em janeiro de 2019, em meio à fase ruim, substituído por Bruno Lage. Todavia, o comandante não ficaria muito tempo sem emprego.

Uma semana depois, em janeiro de 2019, Rui Vitória assinou com o Al Nassr. Conseguiu um salário gordo na Arábia Saudita e correspondeu com a conquista do Campeonato Saudita em 2018/19, numa rara quebra da hegemonia recente do Al Hilal no país. O lusitano permaneceu no cargo até dezembro de 2020. Então, dirigiria o Spartak Moscou no início da temporada passada. Conseguiu classificar os alvirrubros aos mata-matas da Liga Europa num grupo duríssimo, mas a inconsistência no Campeonato Russo culminou em uma controversa demissão em dezembro de 2021. Desde então, estava sem equipe.

Rui Vitória será o segundo português a dirigir a seleção do Egito. Reforça a boa impressão deixada por Carlos Queiroz. O veterano entregou o cargo após o vice na Copa Africana de Nações e a queda nas Eliminatórias, mas os resultados foram positivos no geral. Não à toa, foi bastante discutido no país se os dirigentes não deveriam ter se empenhado mais para segurar o técnico. A passagem-relâmpago de Ehab Galal, antigo comandante do Pyramids, endossa quem desejava manter Queiroz. Dos últimos dez técnicos do Egito, sete foram estrangeiros. Os maiores sucessos, contudo, vieram com o lendário Hassan Shehata entre 2004 e 2011, período de um tricampeonato na CAN.

A cobrança sobre Rui Vitória se concentrará, a princípio, sobre o desenvolvimento do elenco. O Egito possui nomes interessantes em todos os setores, mas dependeu bastante de Mohamed Salah nas últimas empreitadas. Aproveitar melhor talentos como Omar Marmoush e Mostafa Mohamed será um desafio. Os Faraós disputam as eliminatórias da CAN 2023 e precisam se recuperar da derrota recente para a Etiópia. Já as chances de voltar à Copa do Mundo ficam para 2026.

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