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·17 de maio de 2024

O dia do adeus

Imagem do artigo:O dia do adeus

Ukra despediu-se dos relvados. Rafa Silva e Ángel Di María estiveram fora da ficha de jogo. Rotação clara em cada um dos onzes iniciais escolhidos por Luís Freire e Roger Schmidt. Foi o fechar da temporada para Benfica e Rio Ave num duelo marcado pelas emoções e pelo empate entre as formações - o 19º da equipa da casa na época 2023/24, um novo máximo de sempre.

Cezary Miszta estreou-se na baliza vilacondense e foi a grande novidade da formação caseira. Gustavo Varela, João Rêgo, Diogo Spencer, Kokubo e Gianluca Prestianni foram escolhidos para compor o banco de suplentes dos encarnados, para além de Morato, Benjamín Rollheiser e Samuel Soares que assumiram a titularidade.


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Minuto 17, minuto de mudança

Expectante. Esta é a palavra que melhor define os primeiros 17 minutos deste duelo nos Arcos. Foram 17 minutos de concentração, mas de ansiedade pelo que se seguiria.

Era uma noite de despedidas - já o referimos e acaba por ser algo de senso comum. Mas, quando o momento chegou, certamente foi melhor do que aquilo que Ukra poderia ter imaginado.

Os minutos passaram e o que se passou com bola pouco importou - afinal, o jogo acabou por demonstrar um ligeiro ascendente do Benfica, mas, até então, as ocasiões de golo não apareciam para nenhuma das equipas. Num ritmo morno (contrastado com o frio de Vila do Conde), o momento mais quente da noite apareceu.

O jogo foi interrompido. O corredor com todos os elementos de Rio Ave e Benfica foi montado e Ukra, ao minuto 17 da 17ª época como jogador profissional, teve o seu momento de despedida.

A partir daí, tudo mudou. Não só para Ukra que, a partir de agora, não volta aos relvados como jogador, mas também no jogo.

O ritmo aumentou ligeiramente, com um duelo intenso entre Álvaro Carreras e Costinha na ala. O ascendente das águias permaneceu e não foi preciso muito mais tempo para o marcador ser inaugurado com um portentoso remate de Orkun Kokçu, a passe de Casper Tengstedt.

Na linha e de ferro

Não saíram da linha na segunda parte. A bola continuava do lado do Benfica que ia assustando Cezary Miszta levemente - porque, se há coisa que o guardião estreante do Rio Ave não mostrava (aparentemente) era medo. O polaco mostrou-se seguro entre os postes e continuou, por um longo período, a negar as tentativas de golo dos encarnados.

Os comandados de Roger Schmidt continuaram a carregar. A propensão ofensiva das águias mostrou-se de grande nível, mas a defesa do Rio Ave, aliada a Miszta, mostrou-se de ferro.

Foram defesas atrás de defesas, algumas de nível elevadíssimo, as apresentadas por Cezary Miszta. Jhonatan tem um claro sucessor e a baliza rioavista mostra-se bem guardada, caso seja necessário que o guarda-redes de apenas 22 anos a assuma.

Gustavo Varela - filho de Fernando Varela, jogador do Casa Pia - teve tempo de ir a jogo nos Arcos, para tentar ajudar os encarnados a alavancar a vantagem - tal como Juan Bernat, que somou mais cinco minutos aos 246 da temporada -, mas a toada do duelo acabou por esmorecer com o passar dos minutos.

No entanto, e quando nada fazia prever, foi assinalada uma grande penalidade a favor do Rio Ave. Florentino Luís, no entender no árbitro, tocou com a mão na bola dentro de área e, da marca, Costinha não desperdiçou. No final, ficou a imagem de Ukra a ser levantado pelos colegas nos festejos do 19º empate na temporada para os rioavistas.

Esta época está fechada para Rio Ave e Benfica. Venha a próxima.

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