O balanço da gestão Maurício Galiotte à frente do Palmeiras | OneFootball

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·30 de novembro de 2021

O balanço da gestão Maurício Galiotte à frente do Palmeiras

Imagem do artigo:O balanço da gestão Maurício Galiotte à frente do Palmeiras

O presidente Maurício Galiotte ao fim desta temporada entregará seu cargo à nova presidente Leila Pereira. Galiotte estava na função de presidente desde 2017, quando deixou de ser o vice de Paulo Nobre e assumiu o comando do clube.

O PALMEIRAS DE GALIOTTE

Maurício assumiu o Palmeiras ao final de 2016, quando ainda era vice-presidente e, após a reestruturação e a ascensão feitas por Paulo Nobre, tinha a missão de suprir a ambição palestrina: vencer a Libertadores. O primeiro ano de sua gestão foi uma temporada ruim para a equipe por ter tido frustrações em todos os torneios que disputou, começando o ano com Eduardo Baptista, que saiu em maio para o retorno de Cuca, além de Alberto Valentim, que terminou a temporada.


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No ano seguinte, Roger Carvalho iniciou a temporada, mas foi substituído por Felipão, que tornou o Palmeiras Decacampeão Brasileiro e chegou às semifinais da Libertadores, melhor desempenho do Verdão desde 2000. A cada ano o Palmeiras estava mais sólido e parecia estar mais perto de chegar ao Bi da Libertadores, com excelentes campanhas em fases de grupo.

Assim, em 2019, Scolari começou o ano embalado, mas o time decaiu após a metade do ano e Mano Menezes substituiu o técnico campeão do mundo. Em seguida, assim como em 2018, Galiotte apostou em um técnico veterano para comandar o time em 2020: Luxemburgo, que foi campeão Paulista e fez toda a campanha na primeira fase da Libertadores à frente do clube.

Então, Abel Ferreira foi a cartada final da gestão Galiotte e os resultados vieram, o técnico português contribuiu para duas Libertadores e uma Copa do Brasil no saldo de seu presidente, sanando enfim a ansiedade, que a cada ano aumentava, de vencer continental.

Para sintetizar sua gestão, até o bicampeonato da Libertadores, restando ainda três jogos pelo Brasileirão, foram 354 jogos, 196 vitórias, 84 empates e 74 derrotas.

Neste período o Verdão venceu um Brasileirão, uma Copa do Brasil, um Campeonato Paulista e duas Libertadores. Além disso, em sua presidência o Palmeiras se igualou a 1999/2000 quando também chegou a duas finais seguidas de Libertadores, porém, evidentemente superou o fato, pois venceu as duas.

POSTURA

Mesmo tendo tantos feitos como gestor do clube, Galiotte não tem uma unanimidade de boas opiniões da torcida sobre ele. A maior crítica é sobre sua postura. Os palmeirenses sentiram falta nos últimos anos de um presidente mais transparente, com um posicionamento claro em alguns momentos, que tivesse uma comunicação melhor com o torcedor.

Além disso, em diversas oportunidades faltou a aparição do cartola frente às câmeras, a fim de esclarecer ou acalmar o torcedor em momentos de tensão, ou então para defender os interesses do clube e bater de frente abertamente com outras instituições que comandam o futebol brasileiro.

Sempre se esperou um presidente que transparecesse seu amor pela camisa, que comemorasse como por exemplo o próprio Galiotte fez em Montevidéu.

TÉCNICOS

O treinador português foi peça chave esse último ano da gestão Galiotte. Abel Ferreira é o técnico mais vencedor desde 2017 e recentemente passou a ser também o que mais durou no cargo com o atual presidente.

Abel possui 104 jogos e 55 vitórias, ultrapassando outro ídolo da história palmeirense, Felipão, que entre 2018 e 2019 treinou o time 77 vezes, tendo 45 vitórias, sendo o segundo técnico mais vencedor da gestão Galiotte.

CONTRATAÇÕES

Em 2017, chegaram alguns nomes que foram importantes nessas cinco temporadas, a exemplo de Felipe Melo, Gustavo Scarpa, Weverton, Marcos Rocha e até mesmo Deyverson.

Esses nomes vieram em oportunidade de mercado, já que desde o começo a proposta de Maurício era amenizar os gastos do Palmeiras com contratações, portanto, ir em um caminho diferente do que ocorria na era Crefisa até 2016, quando o Palmeiras tinha numerosas aquisições nas janelas de transferência. Fechando a lista de contratações de 2017, Emerson Santos, Lucas Lima e Diogo Barbosa também chegaram nesta temporada.

De 2018 a 2019, a diretoria fez mais contratações nos setores que achava necessário, como é o caso de Zé Rafael, mesmo ele tendo variado de posição desde sua chegada. Além dele, Ricardo Goulart, Carlos Eduardo, Mayke, Gustavo Gómez, Luiz Adriano e Ramires, além das segundas passagens de Henrique Dourado e Vitor Hugo.

Por fim, em 2020, um dos anos de maior sucesso do Palmeiras neste período, foram apenas contratações pontuais, Matias Viña, Rony, Kuscevic, Empereur e Breno Lopes. Além deles Danilo Barbosa, Jorge e Piquerez chegaram nesta temporada, em 21. Analisando os nomes aqui citados, a proposta realmente se cumpriu, pois ao contrário da gestão Paulo Nobre, houve menos contratações, enxugando assim o elenco.

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Comemorações da SE Palmeiras pela conquista da Copa Libertadores 2021. (Foto: Cesar Greco)

Situação financeira

Uma circunstância atenuante do pouco investimento feito por Galiotte foi a pandemia. Por conta do fechamento dos estádios e pela queda de sócios no Avanti, refletindo a crise econômica nacional, o Palmeiras deixou de contratar em alguns momentos mesmo quando o próprio presidente confirmava essa necessidade. Tudo isso na intenção de não causar um estrago financeiro para o Palmeiras nos próximos anos, postura que diverge da enorme maioria dos dirigentes no futebol brasileiro.

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