O Athletic Bilbao não perdoou os erros, eliminou o Real Madrid na semifinal e decidirá a Supercopa contra o Barcelona | OneFootball

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Trivela

·14 de janeiro de 2021

O Athletic Bilbao não perdoou os erros, eliminou o Real Madrid na semifinal e decidirá a Supercopa contra o Barcelona

Imagem do artigo:O Athletic Bilbao não perdoou os erros, eliminou o Real Madrid na semifinal e decidirá a Supercopa contra o Barcelona

Não faz nem um mês que Raúl García viveu um pesadelo contra o Real Madrid por La Liga. O veterano recebeu dois cartões amarelos em 13 minutos e deixou o Athletic Bilbao vulnerável à derrota por 3 a 1 no Estádio Alfredo Di Stéfano. Nesta quinta, porém, Raúl García se redimiu de uma maneira que ficará gravada na memória do torcedor basco. O atacante anotou os dois gols do time na vitória por 2 a 1 sobre os merengues em La Rosaleda, pela semifinal da Supercopa da Espanha. Desta vez, Lucas Vázquez viveu uma atuação horrível e ajudou os Leones, que também mereceram o resultado por sua firmeza defensiva e pela precisão na frente. O triunfo coloca o Athletic na decisão da Supercopa, marcada para o próximo domingo, encarando o Barcelona pela taça.

A maior preocupação ao Real Madrid antes do jogo foi em relação a Sergio Ramos. O zagueiro sentiu durante o aquecimento, mas foi ao sacrifício. Zinédine Zidane poderia contar com a maioria de seus titulares, exceção feita a Dani Carvajal, com Lucas Vázquez na lateral direita. O meio-campo tinha a trinca formada por Casemiro, Toni Kroos e Luka Modric. Já no ataque, apareciam Marco Asensio, Karim Benzema e Eden Hazard. Pelo Athletic Bilbao, Marcelino García Toral também apostava em sua principal formação, exceção feita a Yuri Berchiche e Unai López. A espinha dorsal era formada por Unai Simón, Iñigo Martínez, Raúl García, Iker Muniaín e Iñaki Williams.


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Durante os primeiros minutos, o desastre do Real Madrid ainda não ficou aparente. O Athletic Bilbao começou bem, marcando forte e adiantando suas linhas, mas os merengues tiveram as primeiras ocasiões. Aos dez, Hazard chutou e a bola quente foi rebatida por Unai Simón para fora. Logo depois, o belga ainda reclamou de pênalti, não anotado pela arbitragem. O time de Zidane atacava com velocidade quando conseguia superar o bloqueio inicial e levava perigo. Porém, o Real desabou aos 18 minutos, com o primeiro gol dos Leones.

Lucas Vázquez havia cometido um erro pouco antes, até entregar o primeiro tento ao Athletic em outro vacilo. O lateral passou mal a bola e Dani García dominou na intermediária. O passe buscava Iñaki Williams, mas o atacante foi muito inteligente ao notar a infiltração de Raúl García e deixar passar. O centroavante recebeu com liberdade e bateu rasteiro, tirando do alcance de Thibaut Courtois. A partir de então, o Real Madrid se perderia em campo, demorando a dar uma resposta. Somente quando os bascos recuaram é que os merengues tentaram um pouco mais os chutes de fora, sem assustar tanto.

O Athletic Bilbao fazia um bom papel na marcação, por vezes mordendo mais à frente. E, mais importante, os Leones não perdoaram os erros do Real Madrid. O segundo gol nasceu aos 37, num pênalti bobo cometido por Lucas Vázquez. O lateral errou o tempo de bola e deixou Iñigo Martínez dominar o cruzamento às suas costas. Resolveu, então, parar o ponta com falta – mesmo que Casemiro fechasse o chute. Pênalti, que Raúl García converteu mandando no alto, sem chances a Courtois. O Athletic ganhava confiança, enquanto o Real não conseguia fazer muito, espaçado em campo e sem conexão entre seus principais jogadores.

Na volta ao segundo tempo, o Real Madrid ainda perdeu Raphaël Varane por lesão, com a entrada de Nacho Fernández. Os merengues mostravam mais atitude, mas abusavam das bolas longas e os lances pelas pontas não tinham muita continuidade. O Athletic Bilbao marcava de maneira compacta, protegendo bem sua área. Aos nove minutos, Muniain quase anotou o terceiro. Achou um espaço imenso na área e, mesmo pequenino, quase marcou de cabeça. Não era a noite dos madridistas, o que ficou ainda mais claro logo depois.

Primeiro, aos 14, Asensio errou o alvo por pouco. Logo depois, em uma excelente troca de passes, Hazard serviu o próprio Asensio e o jovem carimbou o poste com uma bomba. Já aos 24, Asensio carimbou o travessão, numa tentativa de fora da área. Zidane até havia acionado seu banco pouco antes, com as saídas de Hazard e Modric. Tentou dar uma cara nova ao time com Vinícius Júnior e Federico Valverde. Ao menos, deu para descontar e reavivar as esperanças com 30 minutos. Casemiro escorou um cruzamento de Valverde e achou Benzema livre, para arrematar. Havia dúvidas sobre um possível impedimento, mas o VAR validou o lance.

Restavam 15 minutos no relógio, mais acréscimos, e parecia possível ao Real Madrid uma reação. O Athletic mostrou que não seria tão fácil quando o substituto Asier Villalibre saiu de frente para o gol, mas parou em grande defesa de Courtois. Benzema chegou a balançar as redes de novo aos 37, mas agora o impedimento foi bem marcado e o tento de empate acabou anulado. Depois, Sergio Ramos levou muito perigo numa cabeçada que lambeu a trave. Zidane mandou Mariano Díaz a campo e o time insistia no chuveirinho. Deu pouco resultado. O Athletic ainda teve algumas chegadas perigosas e o Real se perdia no desespero. No máximo, reclamaria de um pênalti sobre Sergio Ramos, negado pelo VAR. A eliminação estava consumada.

O Real Madrid, que vinha de uma fraca atuação contra o Osasuna no final de semana, de novo não convenceu. Fez pouco ao longo dos 90 minutos, com raros jogadores merecendo elogios, como Casemiro e Asensio. Enquanto isso, o Athletic imprimiu uma intensidade bem maior e foi com sangue nos olhos pela vitória decisiva. Raúl García sai como herói. Já Marcelino García Toral chegou agora e encara uma sequência bastante difícil com os bascos, mas já cai nas graças da torcida com essa vitória.

Adversário na decisão, o Barcelona foi responsável pela derrota de Marcelino em sua estreia pelo Athletic na última semana. Em compensação, diante dos catalães é que os Leones conquistaram seu único título neste século: a própria Supercopa da Espanha, em 2015, com atuação mágica de Aritz Aduriz e uma erupção das ruas de Bilbao. Que não seja a competição mais importante, serve para exaltar a grandeza do clube, que ainda mira a conquista da Copa do Rei – com a final diante da Real Sociedad marcada atualmente para abril.

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