O Athletic Bilbao lutou incessantemente durante 120 minutos, para eliminar o Barcelona num jogaço em San Mamés | OneFootball

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Trivela

·20 de janeiro de 2022

O Athletic Bilbao lutou incessantemente durante 120 minutos, para eliminar o Barcelona num jogaço em San Mamés

Imagem do artigo:O Athletic Bilbao lutou incessantemente durante 120 minutos, para eliminar o Barcelona num jogaço em San Mamés

O apelido de “Leones” dado ao Athletic Bilbao representa também uma identidade em campo. Algumas das equipes mais célebres dos bascos se consagraram através do espírito aguerrido, combinado com a postura voraz em busca dos gols. E tal simbolismo se repetiu nesta quinta-feira, quando o Athletic se classificou para as quartas de final da Copa do Rei em cima do Barcelona. Seria uma partidaça em San Mamés, de golaços e grandes doses de emoção. Os Leones foram melhores durante os 90 minutos e contavam com uma atuação descomunal de Nico Williams, até cederem o empate nos acréscimos do segundo tempo. Na prorrogação, ainda assim, a luta do time de Marcelino García Toral prevaleceu e Iker Muniain, autor de um gol espetacular na primeira etapa, selou o triunfo por 3 a 2 cobrando pênalti. Noite de festa em Bilbao, que repete a classificação sobre o Barça de 2019/20 e dá o troco pela final de 2020/21.

Quem esperava um grande jogo teve motivos para esfregar as mãos com apenas dois minutos no relógio. O Athletic Bilbao abriu o placar com um golaço. Nico Williams acelerou pela direita e fez Jordi Alba comer poeira, antes de cruzar para o meio da área. Ronald Araújo não conseguiu afastar e a sobra ficou com Iker Muniain, quase na risca esquerda da grande área. O capitão dominou e tirou o coelho da cartola, com um chute maravilhoso em que encobriu Marc-André ter Stegen, mesmo com um ângulo bastante desfavorável. Com isso, a torcida dos Leones cresceu em San Mamés.


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O Barcelona não conseguia se recobrar na partida. Os blaugranas tinham dificuldades para tocar a bola, diante da marcação apertada que o Athletic exercia. Os minutos seguintes foram mais travados, até que o empate surgisse numa genialidade de Ferrán Torres. O atacante recebeu a bola no lado esquerdo da área, limpou a marcação e garantiu outro golaço no jogo, com um chute com curva de chapa que seguiu rumo ao ângulo. Bela maneira de anotar seu primeiro tento pelo novo clube.

O Athletic Bilbao conseguiu encaixar seus contragolpes na sequência do primeiro tempo e foi melhor até o intervalo. Nico Williams participava muito pela direita e dava enorme trabalho à marcação. Primeiro, num passe travado pela marcação na área, Óscar de Marcos isolou em ótimas condições. Depois cruzou para Muniain cabecear para fora, antes de exigir uma defesa de Ter Stegen aos 33. Com muito mais chegada, os bascos ainda lamentaram bastante aos 45, quando Raúl García cabeceou e Ter Stegen realizou uma senhora defesa em cima da linha para evitar o gol. O empate saía de bom tamanho ao Barcelona.

O início do segundo tempo seria mais travado em San Mamés, sem que nenhum dos times conseguisse prevalecer. Iñaki Williams veio do banco, após a lesão de Oihan Sancet, enquanto Xavi acionaria Frenkie de Jong e Ansu Fati aos 16 minutos. As combinações entre os irmãos Williams, aliás, garantiam algumas das melhores jogadas do Athletic Bilbao, embora o Barcelona controlasse melhor a bola e não estivesse tão exposto. O duelo seguia aberto, sem que alguma das equipes conseguisse ser tão contundente em suas ações ofensivas.

Foi na reta final do jogo que o Athletic Bilbao voltou a crescer. Os Leones vieram com vontade para buscar a classificação. A equipe quase sempre atacava pela direita, onde Jordi Alba sofria horrores. Aos 39 minutos, um cruzamento venenoso de Iñaki Williams beliscou o travessão. Logo na sequência, uma falta pela esquerda garantiu o segundo gol do Athletic. Muniain cobrou e Álex Berenguer cabeceou, mas a bola desviou no corpo de Ter Stegen. O lance ficou vivo na pequena área, Gerard Piqué não conseguiu afastar e Iñigo Martínez chegou com tudo para empurrar a bola para dentro, na raça.

Nesse momento, o jogo parecia resolvido. O Athletic chegou a marcar mais um gol aos 45, num contra-ataque concluído por Berenguer, mas o lance foi anulado por impedimento. Os Leones seguiam no ataque, até que o Barcelona achasse um improvável empate aos 48. Numa bola que ficou viva na área, Daniel Alves tentou virar a bicicleta e pegou mal na bola. Deu sorte que o chute espirrou para o meio e Pedri chutou de bate-pronto, com raiva. O goleiro Julen Agirrezabala tocou na bola, mas sem salvar. O jogo dramático ia para a prorrogação.

A prorrogação começaria ruim para o Barcelona, que perdeu Ansu Fati por lesão e precisou acionar Sergiño Dest. A partida ficava mais travada, com receio das equipes, embora o Athletic permanecesse mais perigoso. Aos sete minutos, Iñaki Williams tentou marcar um golaço e mandou para fora por pouco. Quando finalmente o Barça conseguiu bater para o gol, Agirrezabala pegou o tiro de Dest sem problemas. O desgaste físico da equipe, todavia, era evidente. Mais inteiro, o Athletic retomou a vantagem aos 16, graças a um pênalti. Nico Williams cruzou, a bola bateu no braço de Jordi Alba e a arbitragem deu pênalti depois da revisão. Muniain cobrou com frieza e Ter Stegen não saiu nem na foto.

O Barcelona voltou mais ofensivo para o segundo tempo extra. Pedri, que pediu para sair por cansaço, deu lugar a Martin Braithwaite. Ferran Torres voltou a balançar as redes logo no primeiro ataque, mas o lance seria anulado por impedimento. O Barça partia para o abafa e insistia do jeito que dava, com cruzamentos, mas a defesa do Athletic rechaçava. Os Leones também passaram a escapar em contra-ataques e a segurar a bola no campo ofensivo, perto da área, para gastar o tempo. Assim, os bascos preservar a vantagem e puderam fazer San Mamés rugir ao apito final. Os jogadores estavam extenuados, mas jubilosos pela grande noite.

O sorteio das quartas de final da Copa do Rei acontece nesta sexta-feira, 21 de janeiro. Todos os sobreviventes são da primeira divisão. Seguem em frente: Mallorca, Cádiz, Rayo Vallecano, Valencia, Betis, Real Sociedad, Real Madrid e Athletic Bilbao. Já o Barcelona se despede de mais uma chance de título, numa temporada tão dura ao clube em sua reconstrução.

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