Trivela
·16 de dezembro de 2022
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Os maiores embates entre Argentina e França no século passado aconteceram com outras cores, por outras camisas. Diego Armando Maradona e Michel Platini, inquestionavelmente, estavam no topo do mundo na década de 1980. Conquistaram títulos gigantes por seus países, em fantásticas contribuições individuais, com a Euro 1984 do francês e a Copa de 1986 do argentino. Entretanto, o duelo titânico pelas seleções nunca aconteceu. No Mundial de 1978, Platini até marcou o seu na derrota para a Albiceleste por 2 a 1, mas Cesar Luis Menotti havia deixado o garoto Diego em casa. Já em 1986, havia uma Alemanha Ocidental no meio do caminho, para impedir que os Bleus fossem adversários da Argentina na final da Copa. Ainda assim, a rivalidade entre Maradona e Platini foi vivíssima por clubes. Durante três temporadas, os craques mediram forças na estrelada Serie A. Cada um teve seu Scudetto no período, cada um fez seu gol no Napoli x Juventus. Em compensação, as vitórias de Diego foram mais frequentes e também mais simbólicas.
Curiosamente, os rumores para que Maradona e Platini jogassem no mesmo time foram relativamente comuns. O primeiro surgiu em 1984, quando o argentino ainda estava no Barcelona e o clube espanhol teria interesse no francês. Depois, com ambos na Itália, o dono juventino Gianni Agnelli precisou negar que pensassem em Dieguito como um novo elemento bianconeri – por mais que fosse um sonho antigo, a ponto do presidente Giampiero Boniperti viajar à Argentina para tentar tirar o prodígio do Argentinos Juniors no início de sua carreira. Da mesma maneira, o Napoli chegou a sondar Le Roi para formar uma dupla explosiva com o Diez, mas tal dobradinha ficaria mesmo nos sonhos.
E a rivalidade entre Maradona e Platini seria imediata, não apenas pelo talento enorme de ambos, mas também pelo contexto. Quando chegou ao Napoli no segundo semestre de 1984, Diego não demorou a entender o que o Scudetto poderia representar ao sul da Itália. O contraponto ficava exatamente para a Juventus, time dominante na época e tão representativa ao antagonismo com o norte. “Vestir a camisa do Napoli era jogar contra tudo e contra todos”, dizia o 10. Em tempos nos quais Platini emendava três vezes a Bola de Ouro, enquanto Maradona sequer podia competir pelo prêmio por não ser europeu, existia um grande simbolismo na contraposição entre os dois astros. Dois craques de imensa qualidade técnica, que passaram a se encarar constantemente. Platini, rodeado por uma Juventus bastante forte. Diego, tantas vezes carregando o Napoli em seus ombros.
A rixa, contudo, ficava apenas para dentro de campo. Em 2011, durante entrevista ao jornal napolitano Il Mattino, Platini fez questão de ressaltar como os dois craques se davam bem fora das quatro linhas: “Éramos adversários em campo, não fora dele. Tínhamos estilos de vida diferentes, mas havia um grande respeito. Os outros é que queriam nos colocar um contra o outro, não apenas como jogadores de Napoli e Juventus. Maradona foi na minha despedida, eu fui na dele. O Juventus x Napoli não era uma partida de candidatos ao Scudetto, mas se tornou depois da chegada de Maradona. O ambiente era fantástico. Eu me lembro que até os idosos nos xingavam quando o ônibus da Juventus passava no caminho ao San Paolo. Era inesquecível”.
A primeira partida entre a Juventus de Platini e o Napoli de Maradona aconteceu em dezembro de 1984, às vésperas do Natal. Os bianconeri ocupavam uma modesta sétima colocação, mas eram campeões italianos na temporada anterior e concentravam suas forças na Copa dos Campeões da Europa – que finalmente faturariam meses depois. Enquanto isso, os celestes apareciam num modestíssimo 12° lugar, que deixava a equipe em risco de rebaixamento – como já tinha sido no campeonato anterior. O favoritismo em Turim era óbvio para os juventinos.
Antes da partida, os dois craques chegaram a se encontrar num programa de TV. Já tinham se enfrentado uma vez em campo, em 1979, num jogo festivo entre a Argentina e a seleção do Resto do Mundo. Nada com o peso de um Juventus x Napoli. Platini brincou com a situação: “Pelo tanto que estão falando da gente, espero que não sejamos os piores em campo”. Os dois inclusive trocaram gentilezas. Diego falou que “não tinha inveja, apenas admiração” por Le Roi. E se o francês afirmava que “adoraria usar a canhota como ele”, o argentino retribuía a gentileza sobre o pé direito do colega.
No fim das contas, o pé direito de Platini funcionou bem melhor no Estádio Comunale, com a vitória da Juventus por 2 a 0. A Velha Senhora dominou as oportunidades e abriu o placar com um golaço, aos 43 minutos. Paolo Rossi levantou na área, Massimo Bonini ajeitou de primeira e Massimo Briaschi acertou um chutaço sem deixar a bola cair. Já no segundo tempo, a pressão se seguia e o goleiro Luciano Castellini evitava o pior. O segundo veio aos 17 da etapa final, com cortesia de um erro da defesa napolitana. Antonio Cabrini partiu com o campo livre e só serviu Platini, sozinho na área. O francês teve todo o tempo para dominar e definir rasteiro. O jornal La Stampa destacava em sua manchete como “Platini tem um time, Maradona está sozinho”, ressaltando como Diego se desdobrou até para recompor a defesa naquela tarde.
O reencontro aconteceu em maio, pelo segundo turno da Serie A 1984/85. Garantida na final da Champions dias antes, a Juventus levava o Campeonato Italiano em banho-maria, sem mais chances de alcançar o líder (e futuro campeão) Verona. Enquanto isso, o Napoli já estava no meio de tabela, em campanha de recuperação garantida pela fase demolidora de Maradona. Os celestes inclusive tinham chances de se classificar à Copa da Uefa. Isso gerou uma queda de braço entre os dirigentes napolitanos e o próprio Diego, em tempos nos quais a Argentina tinha amistosos por disputar. O camisa 10 fez cinco travessias do Atlântico para intercalar quatro partidas, duas pelo clube e duas pela seleção, antes do início das Eliminatórias.
Depois de uma sequência de dez rodadas na Serie A com gol ou assistência, porém, Maradona passou em branco no 0 a 0 do San Paolo – que, abarrotado, recebeu 90 mil torcedores. Platini saiu apagado, mas Diego recebeu amplos elogios por sua atuação. Incomodou bastante a defesa juventina, embora o líbero Gaetano Scirea tenha vencido o duelo. O proprietário bianconero Gianni Agnelli, que havia dito no jogo anterior que “não trocaria Platini por Maradona”, precisou reconhecer que uma comparação entre os dois seria “injusta” neste reencontro, por causa da “grandíssima forma” do argentino. Ao menos, Platini terminou a temporada com a Champions na mão e depois faturaria sua terceira Bola de Ouro consecutiva.
A sensação de que os craques se aproximavam aconteceu no primeiro duelo de 1985/86. A Juventus liderava a Serie A, mas o Napoli também ocupava a quarta colocação naquela nona rodada e visava reduzir a desvantagem que era de seis pontos – dois por vitória. Antes da partida no San Paolo, quem ganhava as manchetes ao lado de Maradona era um jovem Michael Laudrup. Diego encheu o dinamarquês de elogios e afirmou que ele tinha um papel vital para o sucesso juventino. O novato retribuiu, ao enfatizar como os napolitanos poderiam lutar pelo Scudetto na base da inspiração do argentino. Já na chegada ao estádio, Platini e Maradona trocaram exaltações entre si. O francês não estava errado, como se provou numa inesquecível tarde chuvosa.
O Napoli jogou com fome naquela partida. Marcou forte Platini e bombardeou a Juventus desde o primeiro tempo. Maradona aparecia em todos os cantos do campo, inclusive para pressionar os adversários sem a bola. No entanto, o gramado enlameado não auxiliava os celestes. O duelo quente ainda teria duas expulsões, de Sergio Brio e Salvatore Bagni, uma para cada lado, após trocarem agressões. Já o segundo tempo, ainda dominado pelos napolitanos, seguiu amarrado. Maradona teria uma chance de ouro, em que bateu mal, de direita, e parou no goleiro Stefano Tacconi. Isso até que, aos 31 minutos, um pé alto dentro da área concedesse uma falta em dois lances para o Napoli. Diego seria magistral.
Não havia espaço. Mas, para Maradona, uma mínima fresta vira uma avenida para sua habilidade sobrar. A falta rolada dentro da área tinha uma barreira logo em cima de Diego. Pois o camisa 10 conseguiu bater com perfeição para encobrir os adversários, botar a bola na gaveta e fazer Tacconi saltar em vão. Um gol antológico, que decretou a vitória por 1 a 0. Quase ainda saiu um típico tento maradoniano depois disso, em lance no qual o argentino enfileirou os marcadores e só foi parado por violenta falta. O triunfo, de qualquer forma, já bastava. Caía por terra um jejum de 12 anos sem que o Napoli derrotasse a Juve pela Serie A.
Depois da partida, Maradona dedicou seu gol à cidade de Nápoles. Dizia que muitos torcedores pediram aquele tento e ele desejava retribuir o carinho dos napolitanos. “É um gol azul, por toda a gente de Nápoles, porque quem não mora em Nápoles nem pode imaginar tudo o que diziam as pessoas durante a semana. Por isso, elas merecem o gol e a vitória”, apontou. Já Platini acabava se rendendo: “Aquela cobrança de falta fez o estádio enlouquecer e, de repente, se transformar numa gigantesca borboleta celeste. Foi uma prova de valentia. Diego estava ótimo, como de costume. Ele não podia bater melhor naquela bola. Quando enfrentamos um batedor como ele, é melhor evitar as faltas”.
O reencontro pelo segundo turno via o Napoli ainda bem na tabela, em terceiro. Porém, a Juventus sustentava uma vantagem de nove pontos sobre os celestes, com a primeira colocação. O empate por 1 a 1 serviu para consolidar a caminhada da Velha Senhora rumo a mais um Scudetto. Seria uma partida muito dura para os dois craques, com marcações cerradas e tantas vezes violentas.
Platini pouco apareceria diante da marcação firme de Moreno Ferrario, enquanto Maradona tentaria suas jogadas, mas estava isolado demais. Uma cabeçada de Diego gerou o gol contra de Luciano Favero para o Napoli aos 34 do primeiro tempo, mas Sergio Brio empatou para a Juve logo na volta do intervalo. Os bianconeri poderiam ter virado, mas Michael Laudrup perdeu um gol feito e o goleiro Claudio Garella também operou seus milagres. Ainda rolou um breve desentendimento entre os dois astros, depois que Platini segurou a camisa de Maradona dentro da área. Por reclamar, o argentino recebeu o amarelo.
Platini terminou a temporada 1985/86 como campeão da Serie A. Maradona o via como um adversário para a Copa do Mundo. Por isso mesmo, o argentino se preparou demais ao Mundial no México. “Eu estava forte. Se você vê as fotos dessa época, pareço um boxeador, os braços marcados, o peitoral… Eu voava! Cheguei muito embalado, estava nas nuvens. Era minha Copa ou de Platini. E eu sentia que, fisicamente, no México ia poder tirar vantagem se estivesse bem. Mais que em outro canto. Poderiam me perseguir a nível do mar, mas não no México, se eu estivesse bem, isso de me seguirem por todos os lados complicaria os adversários. Ao final, a altitude me favoreceu”, escreveria Diego, em sua autobiografia sobre aquela Copa.
O final da história beneficiou Maradona, com a Copa de sua vida, enquanto Platini sucumbia na semifinal. E a gana de Diego por mais taças logo geraria ecos na Itália. A temporada 1986/87 marcou a redenção do Napoli. A equipe discriminada do sul pôde levar o Scudetto pela primeira vez. O momento que reforçou a crença do time, de que dava para ficar com o caneco, aconteceu exatamente diante da Juventus, no primeiro turno, em Turim – onde os celestes não venciam desde 1957. Um jejum de 29 anos que caiu naquele inesquecível 9 de novembro de 1986.
Do lado de uma Juventus fragilizada, com a saída do técnico Giovanni Trapattoni para a rival Internazionale, existia um respeito imenso pela fase do Napoli e por Maradona. Nas matérias prévias da partida, os jogadores bianconeri admitiam que seria muito difícil parar Diego em sua sequência inspiradíssima. Em compensação, também diziam conhecer a classe de Platini e prometiam auxiliar seu craque no embate particular. O francês ainda destacava: “Enquanto houver jogadores como Diego e eu, o futebol sempre será emocionante. É um prazer ver o argentino jogar. Que joguemos bem e que vença a equipe mais forte”. O que preocupava um pouco mais era o desgaste físico dos juventinos, que conciliavam os compromissos na Serie A com os duelos diante do Real Madrid logo nas oitavas da Champions.
Naquele momento, Juventus e Napoli dividiam a liderança da Serie A depois de oito rodadas, ambos com 12 pontos. A torcida celeste carregava muitas expectativas para o jogo. Maradona ganhou uma cantoria de centenas de torcedores na frente do hotel no qual seu time estava hospedado. Além dos muitos operários napolitanos que viviam em Turim, milhares de torcedores do sul pegavam a estrada rumo ao norte do país. O Estádio Comunale recebeu cerca de 20 mil visitantes para aquele duelo. E eles comemoraram, com um triunfo por 3 a 1 de virada, que valeu a liderança isolada aos partenopei e a certeza de que o Scudetto seria possível.
A Juventus carimbou a trave no primeiro tempo, com Lionello Manfredonia, mas o Napoli já era superior. Platini exibia limitações físicas, enquanto Maradona comandava as ações ofensivas de sua equipe. Entretanto, os napolitanos teriam que lidar com uma provação. Logo aos cinco minutos do segundo tempo, Michael Laudrup abriu o placar num rebote do goleiro Garella. Os celestes precisariam reagir se não quisessem ver os oponentes se distanciarem na tabela.
O Napoli fazia o empate amadurecer. Salvatore Bagni e Alessandro Renica realizaram grandes jogadas, enquanto Maradona parava nos milagres do goleiro Tacconi. A pressão era tremenda, até que o empate merecido finalmente saísse aos 28. Depois de uma cobrança de escanteio, Moreno Ferrario deixou tudo igual. Dois minutos depois, a virada. Em mais um escanteio, agora batido por Maradona, Renica desviou e Bruno Giordano guardou. Por fim, a confirmação da vitória imensa se deu aos 45. Num contra-ataque brilhantemente puxado por Luigi Caffarelli, Giuseppe Volpecina chutou cruzado e fechou o placar em 3 a 1. Diego nem tinha influenciado diretamente o placar dessa vez, mas era fonte de inspiração e energia. Por isso, o capitão terminava como um dos mais festejados pelos companheiros. Individualmente, teria uma atuação boa, mas a grande notícia era mesmo a força dos napolitanos em busca do Scudetto.
O clima de festa no vestiário do Napoli era evidente. A ponto de alguns jogadores, segundo o jornal La Stampa, cantarem “Maradona é melhor que Pelé”. Garrafas de champanhe estouravam. O presidente Corrado Ferlaino, que nunca tinha vivido uma vitória em Turim em quase duas décadas como dirigente, também não continha a euforia: “Tive um pressentimento de que íamos ganhar e não saí no intervalo, como é meu costume. Após 29 anos, o 3 a 1 foi repetido. O trabalho compensa. Agora temos que ganhar também no San Paolo”. A partir de então, os celestes não deixariam mais a liderança da Serie A.
O reencontro no San Paolo no meio do segundo turno tinha o Napoli com 34 pontos na liderança. A Roma aparecia logo atrás com 31, enquanto a Juventus vinha igualada com a Internazionale, ambas com 30. A vitória da Velha Senhora teria um peso considerável em Nápoles. Não aconteceu. O que se viu foi mesmo o novo triunfo celeste, agora por 2 a 1, numa rodada favorável que permitiu à equipe abrir cinco pontos de vantagem – depois que os romanistas também perderam em seu compromisso.
A vitória do Napoli começou a se desenhar aos 14 minutos do primeiro tempo. Numa cobrança de falta na intermediária, Maradona rolou para Renica, que bateu de longe e contou com a falha de Tacconi. Os celestes eram melhores, inclusive parando num milagre do redimido Tacconi. Em contrapartida, a Juventus também acordava. Algumas das melhores oportunidades vinham em lançamentos longos de Platini. Aldo Serena representava um perigo dentro da área e quase empatou numa bola na trave. Já aos cinco minutos do segundo tempo, o atacante juventino conseguiu balançar as redes, ao aproveitar um cruzamento na medida de Platini.
Maradona comandava as ações ofensivas do outro lado. E teria sua participação no gol da vitória, em resposta rápida logo aos 13. Diego pegou uma sobra na direita e cruzou. A bola pipocou na área, Andrea Carnevali desviou e Francesco Romano completou de carrinho quase em cima da linha. Na sequência da partida, Platini tentou o empate. Insistiu nos chutes de fora da área, mas esbarrou em Garella. Já Maradona também seria frustrado. Quando emendou um peixinho, livre na área, Tacconi realizou uma defesaça. No fim das contas, Platini seria bem mais elogiado por sua atuação “como um verdadeiro Michel”, do que um Maradona que sentia o desgaste físico depois de um ótimo início de temporada. Mas quem riu por último foi o argentino. Com o triunfo no bolso, o caminho para o Scudetto estava aberto.
A temporada do tão esperado Scudetto do Napoli também foi a da despedida de Platini do futebol. Com apenas 32 anos, o craque enfrentava seguidos problemas físicos e não queria desempenhar um papel mais contido dentro de campo. Preferiu sair no auge, depois de três Bolas de Ouro em 1983, 1984 e 1985. Melhor a Maradona, que ficaria com o caminho aberto para emendar novas conquistas na Itália. A façanha com os napolitanos em 1986/87 não seria exceção, graças ao troféu repetido na Serie A 1989/90.
Maradona chegou a atuar ao lado de Platini em agosto de 1987, num amistoso em Wembley. Defendiam a seleção do Resto do Mundo contra uma equipe formada pelos melhores da Football League, durante a comemoração dos 100 anos de criação do Campeonato Inglês. Já em 1988, Diego esteve presente no jogo de despedida de Le Roi, realizado em Nancy. Gentileza retribuída em 2001, quando Platini viajou à Argentina para a partida derradeira do Diez. O respeito em campo prevaleceria a dois gigantes que se reconheciam, embora tenham seguido por caminhos bem distintos – um aliado ao jogo de poder da Fifa, outro sempre às turras com os dirigentes da entidade.
Na ocasião da morte de Maradona, Platini faria um doce tributo: “É o nosso passado que vai embora. Estou triste. Estou com saudades de um momento que foi lindo. Cruyff, Di Stefano, Puskás nos deixaram: grandes jogadores que marcaram a minha juventude. Diego marcou a minha vida”.