MundoBola Flamengo
·15 de agosto de 2025
O ajuste tático do Internacional que freou o Flamengo e não pode se repetir nos próximos jogos

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·15 de agosto de 2025
Flamengo e Internacional vivem verdadeira trilogia, e o Mengão largou na frente ao vencer por 1 a 0 na ida das oitavas de final da Libertadores. No entanto, após o domínio no primeiro tempo, a segunda etapa foi de queda brusca do time de Filipe Luís.
Mas isso se deve a um ajuste tático do técnico Roger Machado, do Internacional. E Filipe Luís precisa observar esse ajuste e entender como remediá-lo, já que ainda faltam dois jogos contra esse adversário.
As equipes se enfrentam no domingo (17), pelo Brasileirão, e na quarta (20), pela volta da Libertadores. Ambos os jogos acontecem fora de casa, e Roger Machado pode ter aprendido como segurar o Flamengo.
Os analistas táticos Bruno Pet e Eduardo Barthem apontam o que o Internacional fez para frear o Flamengo e que não pode se repetir nos próximos jogos, ou melhor, que o Mengo precisa descobrir como fazer com que o desempenho não caia novamente diante da situação.
A mudança foi singela, mas serviu para mudar o esquema de marcação na segunda etapa e dificultar o jogo do Flamengo pelo meio, onde a equipe vinha tendo espaço.
"Se no primeiro tempo o Inter marcou no 4-4-2 com Alan Patrick e Ricardo Mathias sobrando a frente de duas linhas de quatro, no segundo tempo isso mudou para 4-3-1-2, com um dos volantes saltando mais, se aproximando dos homens de frente e fazendo uma trinca de marcação na saída de bola do Flamengo. O bloco de marcação foi mais alto e muito mais pressionante. O ajuste no posicionamento de um único jogador fez toda a diferença", inicia Bruno Pet.
Essa mudança única foi a de Alan Rodrigues, que passou a cuidar dos volantes do Flamengo, travando o jogo rubro-negro.
"O papel do Alan Rodrigues foi fundamental. Ele deixou de apoiar o lado direito da defesa para vigiar os volantes do Flamengo. Jorginho ficou mais marcado, e Allan também. Os espaços que vimos no primeiro tempo, que os volantes tinham liberdade para jogar, não aconteciam mais. Os volantes recebiam menos a bola", explica Eduardo Barthem.
A alteração tática fez com que o Flamengo não encontrasse mais espaços para jogar, perdendo a bola mais vezes.
"Isso fez com que o Flamengo tivesse mais dificuldade para sustentar a posse de bola. As trocas de passes não eram mais fluidas. No segundo tempo, os atacantes recebiam quase sempre de costas, sem vantagem e pressionado. Essa melhora no sistema de marcação do Inter fez as posses de bola do Flamengo serem mais quebradas. O jogo ficou mais picotado", comenta Bruno Pet.
No entanto, explica que os colorados não dominaram o segundo tempo, e apenas conseguiram equilibrar o que era um domínio flamenguista.
"Essa melhora do Inter e queda do Flamengo não quer dizer que o Inter dominou completamente o segundo tempo. Longe disso. O Inter só equilibrou mais o jogo. A diferença entre os dois tempos foi de um domínio total e absoluto para um jogo equilibrado", diz.
Por fim, Eduardo afirma: "Mas isso só aconteceu devido ao ajuste de posicionamento do Alan Rodrigues que o Roger Machado fez no intervalo". Veja a análise completa abaixo.