NOVO FERRARESI: COM POUCA GRANA, SÃO PAULO QUER REPOSIÇÃO PARA OSCAR E MIRA POLIVALENTE PARA COBRIR ALA E ZAGA | OneFootball

Oscar no clássico de domingo, antes de se contundir (Ricardo Moreira/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

A diretoria do São Paulo se reuniu nesta segunda-feira (21) com o técnico Hernán Crespo para decidir o futuro do clube no mercado de transferências pensando no restante da temporada.

O motivo do encontro emergencial foi a grave contusão sofrida pelo meia-atacante Oscar, que agora só deve voltar aos gramados, em uma projeção das mais otimistas, em outubro.

Já sem contar com Lucas, cuja contusão também se provou mais complicada do que aparentava, cartolas e comissão técnica querem chegar a um consenso sobre como contratar. Quais as posições? Dúvidas cabíveis em uma agremiação que atravessa o pior momento financeiro de sua história. E ainda se vê com os gastos limitados por conta da austeridade imposta pelo fundo de investimentos.

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, Crespo foi categórico: precisa de um meia-atacante. Por mais que Alisson tenha entrado em campo e dado conta do recado no clássico contra o Corinthians no final de semana, o entendimento é que o setor se tornou vulnerável sem Oscar. Lucas poderia ser o substituto, mas está sem prazo otimista de retorno do Reffis. E, com a venda de Matheus Alves, há somente Rodriguinho como jogador nato da posição no elenco profissional.

O comandante argentino foi categórico: diferente de alguns de seus antecessores, como Rogério Ceni e Luis Zubeldía, não tem a menor intenção de utilizar Luciano no setor. Dado o desempenho do camisa 10 no Majestoso, a diretoria não teve como discordar que o melhor é deixá-lo de segundo atacante mesmo.

É o terceiro pedido expresso de Crespo à diretoria. Antes já pedira um zagueiro e um lateral-direito. E o maior dos desafios no momento é fazer a equação exata para atender o treinador. Ou quase isso...

E, na reunião desta tarde, um entendimento. O departamento de scout foi convocado. E o Tricolor vai passar a monitorar peças que possam atuar tanto na lateral (ou ala) quanto na zaga. É o perfil pelo qual vai se gastar dinheiro.

Trocando em miúdos, o clube do Morumbi quer uma espécie de 'novo Ferraresi'. A alusão é clara, afinal o venezuelano, ante os problemas de Zubeldía na lateral, foi escalado no setor em TODAS as oportunidades que entrou em campo com o ex-técnico tricolor.

Há uma diferença, contudo. Se Ferraresi é um zagueiro que pode atuar de lateral, Crespo pediu o inverso, um lateral que possa atuar de zagueiro quando necessário. Algo utilizado lá atrás no Morumbi com Rafinha, na gestão Ceni.

A característica serve para o meia-atacante, com peças que possam armar, mas também atuar pelos lados e até de segundo atacante. Sim, um novo Luciano.

Já dizia o ditado: nesse mundo nada se cria, tudo se copia.