Nova Zelândia não dá margem à zebra, goleia Ilhas Salomão e se confirma na repescagem intercontinental | OneFootball

Desde que a Austrália deixou a Confederação de Futebol da Oceania (OFC), a Nova Zelândia domina as Eliminatórias no continente. É verdade que os All Whites só conquistaram a classificação para a Copa do Mundo uma vez desde então, em 2010, mas sempre batem cartão na repescagem intercontinental. E os neozelandeses estarão de novo na fase decisiva. Sem novidades, o torneio classificatório da Oceania concluiu o passeio da Nova Zelândia. A conquista do torneio foi confirmada nesta quarta-feira, com uma inapelável goleada por 5 a 0 sobre Ilhas Salomão na final.

O favoritismo da Nova Zelândia era expresso nas Eliminatórias. Os All Whites só haviam disputado quatro partidas em 2021 e vinham num período de transição, com vários jogadores jovens adicionados ao elenco. De qualquer maneira, essas questões não pareciam atrapalhar a supremacia que os neozelandeses exercem contra vizinhos de futebol incipiente. E o próprio formato do torneio auxiliou, com os jogos em campo neutro no Catar (por causa da pandemia) sequer oferecendo o desafio de atuar diante de torcidas adversárias.

A Nova Zelândia teve jogos mais duros na campanha, como no 1 a 0 da estreia contra Papua Nova Guiné e também no 1 a 0 da semifinal diante do Taiti. Em outras partidas, os All Whites sobraram, com direito a 4 a 0 sobre Fiji e 7 a 1 sobre a Nova Caledônia. Por fim, na decisão, a força dos neozelandeses se provou contra Ilhas Salomão – que até vinha de algumas boas atuações, mas longe de intimidar os favoritos.

A capacidade da Nova Zelândia no jogo aéreo abriu a partida. O primeiro gol, aos 23 minutos, saiu numa cobrança de escanteio. Joe Bell mandou a bola para o meio da área e Bill Tuiloma completou de cabeça. Já o segundo tento, aos 39 minutos, surgiu depois de um gol anulado. Agora em cruzamento de Tim Payne com bola rolando, o artilheiro Chris Wood conferiu com uma testada. Do outro lado, Ilhas Salomão não davam trabalho ao goleiro Stefan Marinovic.

O segundo tempo começou ainda mais tranquilo para a Nova Zelândia. Aos quatro minutos, Joe Bell cobrou escanteio fechado e o goleiro Philip Mango foi com a mão mole, facilitando que o gol olímpico fosse creditado. Os All Whites tiveram outro tento anulado por impedimento, até que Tuiloma fizesse o quarto depois de mais uma cobrança de escanteio. A facilidade dos neozelandeses era imensa e a impressão era de que, se o time forçasse um pouco mais, poderia ter emplacado uma goleada maior. Por fim, já nos acréscimos, Matthew Garbett recebeu o passe rasteiro na área e concluiu a contagem.

Chris Wood é a grande referência da Nova Zelândia e o jogador mais tarimbado no futebol de alto nível, atualmente no Newcastle. No entanto, outros destaques da campanha são jogadores na casa dos 20 e poucos anos – como Joe Bell, Liberato Cacace e Alex Greive. O desafio a este grupo fica para junho, quando a repescagem acontecerá em jogo único no Catar. O adversário do representante da Oceania será o quarto colocado da Concacaf – muito provavelmente a Costa Rica, desafio bem maior que os encarados pelos All Whites ao longo das duas últimas semanas na OFC.