SPFC 24 Horas
·22 de julho de 2024
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·22 de julho de 2024
(Foto: Rubens Chiri | @saopaulofc)
Um belo final de domingo, não é? E se não fosse a mãozinha do VAR, seria muito pior. No péssimo gramado do Mané Garrincha, e com uma péssima atuação no 2º tempo, o São Paulo sai vaiado e fica no 0 x 0 diante do Juventude. Empate com sabor de título, apesar de custar a posição no G-4, agora nas mãos do Fortaleza.
Visitante para fins oficiais, o São Paulo desde o apito inicial era como hóspede, se sentindo em casa no Mané Garrincha. Contando com mais uma atuação fora da curva de Lucas Moura, o 1º tempo ficou sob nosso controle, com boas chances e ótimas jogadas nos pés do camisa 7. Porém, o melhor lance de todos foi na conta de Luciano aos 32 minutos: da entrada da área, encaixou um canhão de primeira e a bola foi caprichosamente na trave; o camisa 10 também se destacava. Apesar da falta sentida de Alisson, o gol estava por detalhe na hora do intervalo.
No 2º tempo, porém… esse detalhe foi se distanciando, e o São Paulo parecia não estar em campo. O Juventude teve alguns minutos de controle, e se apertasse o pé, poderia muito bem vencer; sorte nossa terem vendido o mando de campo, e também por se contentarem com o empate. Foi apenas uma jogada decente, aos 12 minutos, onde Lucas se consagrou como Noé: se livrou lindamente de marcadores pela direita, cruzou rasteira e encontrou Ferreirinha livre na entrada da área, mas o camisa 47 finalizou a nível Pablo, pra fora. Não bastasse isso, Rafael engoliu um frango inacreditável aos 27 minutos, em chute de Erick Farias. Em mais uma sorte, o VAR procurou pelo em ovo e anulou o gol, por braço duvidoso na origem. 0 x 0 no placar;
Rafael – Engoliu um frango do tamanho de uma granja, e nem a ajudinha do VAR é capaz de salvar. 1.0
Rafinha – Discreto em um bom sentido, foi pouco exigido. E quando foi, cortou uma bola de alto potencial. 6.5
Alan Franco – Pouco exigido também, sem comprometer. 6.0
Arboleda – Segue o mesmo para Alan Franco. Pode ter sido atrapalhado por uma pancada no tornozelo. 6.5
Patryck – Se eu falar o que penso… melhor ficar só com a nota. 0.0
Luiz Gustavo – Mais uma partida fraca, oscilante. Já que Negrucci e Iba Ly estão esquecidos, Marcos Antônio precisa dar certo. 3.0
Bobadilla – Outra atuação fraca e apagada, longe da promessa que chegou em janeiro. 4.5
Lucas – Se entrasse em campo com uma barba, era capaz de ser confundido com Noé. Um dos únicos a não merecer críticas. 8.0
Luciano – Também conseguiu seu destaque, quase marcando um lindo golaço. Levou um amarelo bobo, mas ainda se salvou. 7.0
Ferreirinha – Afobado e tenebroso, matando lances e perdendo um gol inacreditável. Pablo não perderia. 1.0
André Silva – Sumido e fraco em campo. Quando apareceu, não fez nada útil. 2.0
Juan – Entrou no lugar de André Silva. Hoje é preciso ser justo, não recebeu o suficiente para tentar alguma coisa. 5.0
Rodrigo Nestor – Substituiu Ferreirinha. Precisa voltar a melhores níveis, não vem jogando bem há tempos. 4.0
Wellington Rato – Entrou no lugar de Luciano. O tempo de se escorar na lesão passou, precisa retomar o futebol que já apresentou. 4.0
Ferraresi – Veio para o lugar de Rafinha, já nos acréscimos. Não teve muito o que fazer em tão pouco tempo. 4.0
Galoppo – Já vem em má fase, e entrando no final fica ainda pior. Não tem quem faça milagre. 4.0
Luis Zubeldia – Nem mesmo o perfil enérgico, que hoje saiu até exagerado e lhe rendeu uma nova suspensão, contagiou o time. Ainda demorou pra mexer e mexeu mal, onde estão os meninos da base? Qual a necessidade de insistir em jogadores de constante má fase? 3.0
Nota geral – O 1º tempo até que empolgava, com ligeiras esperanças. Mas o 2º tempo… era capaz do São Paulo de 2019 nos vencer. 3.0
Lucas Moura – No meio de um time apático e de péssima atuação, carregou sozinho as poucas jogadas razoáveis/decentes. Merecia um coletivo melhor ao seu lado hoje.
Apagão no 2º tempo – Contra o Athletico, alertei esse mesmo tópico nas notas. Hoje não é só alerta, e sim uma crítica firme. Não é um problema recente, time nenhum ergue taça ou se classifica pra Libertadores esquecendo de voltar a campo depois do intervalo.
Dificuldade contra retrancas – Assim como os apagões, aqui temos outro problema mais velho do que andar pra frente. Basta uma defesa mais bem postada e de marcação firme do outro lado, e o São Paulo sofre para produzir ofensivamente. O Juventude não quis jogar no 2º tempo, e as chances de gol do nosso time foram parar no além.
João Silvino
(YouTube: João Silvino / Twitter e Instagram: @JPSilvino_2004)