Noppert demorou para ter sua grande chance, mas já brilhou em um jogo de Copa do Mundo | OneFootball

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·21 de novembro de 2022

Noppert demorou para ter sua grande chance, mas já brilhou em um jogo de Copa do Mundo

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Louis van Gaal e goleiros estão se tornando um episódio à parte na história das Copas do Mundo. Em 2014, o técnico holandês ficou famoso por substituir Jasper Cillessen por Tim Krul para a disputa de pênaltis das quartas de final contra a Costa Rica. Para o Catar, chamou três aparadores de chutes com pouca experiência pela seleção. Deixou os veteranos – os próprios Cillessen e Krul – em casa. Nem se sabia direito quem seria o titular, e no fim foi o menos provável: Andries Noppert, que fez sua estreia pela Laranja na vitória apertada por 2 a 0 sobre Senegal, à qual ele contribuiu com grandes defesas.

Noppert tem 28 anos e uma trajetória irregular – confira seu perfil completo no parceiro Espreme a Laranja. Desde que teve a ideia de ser jogador de futebol, o gol era um destino inevitável por causa da sua altura. Com 2,03 metros, é o jogador mais alto da Copa do Mundo do Catar. Natural de Heerenveen, foi no clube local que começou a sua carreira, mas teria que rodar bastante antes de realmente ganhar uma chance. Não entrou em campo em sua primeira passagem antes de sair para o NAC Breda, que ainda estava na primeira divisão. Ele estrearia, porém, apenas depois da queda. Continuou jogando pouco e tentou mudar de ares com uma transferência para o Foggia, da Serie B italiana.


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Também não rolou e, após oito partidas, ele retornou à Holanda pelo Dordrecht, outro clube da Segundona. Machucou o menisco, ficou um tempo afastado e a temporada foi interrompida pela pandemia de Covid-19 quando estava prestes a voltar. Sem contrato, precisou esperar meses para receber uma nova chance, pelo Go Ahead Eagles, ainda na segunda divisão, em janeiro de 2021. Foi apenas reserva. Seu clube, porém, ganhou a promoção, em segundo lugar, e o goleiro titular Jay Gorter foi vendido para o Ajax.

O Go Ahead Eagles ainda trouxe o mais experiente Warner Hahn para ter uma opção mais segura. Ele ficou apenas seis meses antes de sair para o Gotemburgo e abriu espaço para que Noppert finalmente tivesse uma sequência. Correspondeu com boas atuações que levaram a torcida das Águias a pendurar faixas pedindo que ele fosse convocado à seleção, mais naquele tom irônico do que realmente acreditando que haveria uma chance. O destaque valeu o interesse do Heerenveen, que o levou de volta e dessa vez o bancou como titular. Ele está em ótima fase e comanda a segunda melhor defesa da Holanda – empatada com o Feyenoord, com 13 gols sofridos.

Mereceu a convocação, mas ainda não era esperado que começasse jogando. Havia até a suspeita de que ele seria usado em disputas de pênaltis, como Van Gaal fez com Krul em 2014. O veterano Remko Pasveer, do Ajax, e Justin Bijlow, do Feyenoord, que pelo menos haviam defendido a Holanda anteriormente, pareciam à frente. Mas Van Gaal meio que faz o que lhe dá na telha – geralmente com bons resultados – e escolheu o estreante para enfrentar Senegal. Uma partida difícil e equilibrada, vencida com dois gols no fim e com a ajuda de quatro defesas de Noppert. E não foram defesas fáceis.

Principalmente no segundo tempo, caiu para espalmar o chute rasteiro de Boulaye Dia e depois pegou uma bomba de Idrissa Gueye de frente. Impediu que Senegal abrisse o placar, impediu que empatasse, e Davy Klaassen selou a vitória por 2 a 0 nos acréscimos. Aproveitou a chance que teve e fez por merecer se continuar sendo titular da Holanda. Mas vai saber. Não seria a coisa mais estranha que já aconteceu se Van Gaal simplesmente usasse um goleiro por jogo.

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