Trivela
·04 de março de 2023
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·04 de março de 2023
Acontecer uma vez já havia chamado atenção. Duas, então? Duas semanas depois de arrancar uma virada cardíaca contra o Aston Villa, com gol nos acréscimos, o Arsenal conseguiu outra, dessa vez contra o Bournemouth, por 3 a 2, no estádio Emirates, mais uma daquelas vitórias que formam times campeões e que farão toda a diferença quando fizermos o balanço de pontos ao fim do Campeonato Inglês.
Porque o Arsenal entrou em campo pressionado pela vitória do Manchester City sobre o Newcastle que deixou o atual campeão a apenas dois pontos da liderança. E levou um gol aos nove segundos. E chegou a estar perdendo por 2 a 0. E estava desfalcado de muitos jogadores de ataque, tanto que foi um dos últimos na hierarquia, Reiss Nelson, quem selou a grande tarde de futebol no Emirates que faz os Gunners voltarem a abrir cinco pontos na liderança.
Arteta deu uma rodadinha em seu elenco. Takehiro Tomiyasu começou jogando na lateral direita, em vez de Ben White, e Fábio Vieira foi titular no meio-campo, com Granit Xhaka no banco de reservas. Além de Gabriel Jesus, perto de retornar, Nketiah também foi desfalque. Leandro Trossard comandou o ataque novamente, mas saiu aos 22 minutos por lesão. Deu lugar a Emile Smith Rowe, que depois seria substituído por Nelson, também por problemas físicos.
Quando você leva um gol com nove segundos, quase literalmente não dá para começar pior. A partida imediatamente ganhou uma urgência inesperada para o líder do campeonato, que dominou a posse de bola, com 86%, até teve volume para empatar, mas quase levou o segundo em um contra-ataque. Apesar de muitas finalizações, escanteios e presença no campo de ataque, o Arsenal não criou tantas chances boas, depois de uma batida rasteira de Odegaard, aos três minutos, bem defendida pelo brasileiro Neto.
E o Bournemouth ficou muito próximo de ampliar. Aos 20 minutos, Solanke arrancou em contra-ataque e abriu na esquerda para Philipp Billing, que cruzou rasteiro em busca de dois companheiros livres no meio da área. Enquanto Solanke perseguia a bola, Dango Ouattara chegou batendo de primeira. Ramsdale saiu do gol na hora certa para abafar e fez uma grande defesa. E Solanke ficou bastante irritado com o colega.
Se levou um gol no começo do primeiro tempo, levou outro no começo do segundo. Aos 11 minutos, Joe Rothwell cobrou escanteio e Marcos Senesi apareceu cabeceando para deixar o Arsenal em maus lençóis. A boa notícia, porém, foi conseguir descontar apenas cinco minutos depois. Também em um canto. Neto socou para a frente, Smith Rowe mandou de cabeça para a pequena área, e Thomas Partey chapou para devolver os Gunners à disputa.
O Bournemouth chegava poucas vezes. Quando o fazia, era perigoso, como aos 21 minutos, quando Rothwell deu bom passe para Solanke, que matou no peito e girou batendo cruzado. Ramsdale fez boa defesa. E aí, a estrela de Arteta brilhou. Um minuto depois de colocar Reiss Nelson no lugar de Smith Rowe, o garoto inglês cruzou da esquerda e, no outro lado da área, Ben White chegou batendo para empatar. Neto fez a defesa, quase em cima da linha, mas a bola entrou, segundo o relógio do árbitro Chris Kavanagh.
O Arsenal, então, foi para cima. Acertou a trave, em jogada de Saka pela direita, e teve uma arrancada de Martinelli pelo meio, após passe de Partey, que terminou com um chute por cima. Alguns pedidos de pênalti foram infrutíferos, e o placar entrou empatado nos minutos finais. A pressão seguiu intensa, mas não parecia que geraria um gol. Já no minuto adicional de acréscimo dado por Kavanagh para atendimento, Zinchenko bateu cruzado, com desvio, bem perto da trave.
A cobrança de escanteio seria o último ato da partida. A cobrança para o meio da área foi afastada pela defesa do Bournemouth e chegou a Nelson que, com muita liberdade, dominou e soltou a perna esquerda, com vontade, para virar o jogo ao Arsenal e arrancar uma vitória com gostinho de campeão.
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