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·15 de agosto de 2025

Não se pode perder de vista a vantagem do Botafogo na Libertadores

Imagem do artigo:Não se pode perder de vista a vantagem do Botafogo na Libertadores

Antes de cair em depressão e anunciar o clima de velório antecipado, peço aos alvinegros, sobretudo aos mais pessimistas, que revejam o placar de ida das oitavas de final desta edição da Copa Libertadores: o Botafogo venceu a LDU por 1 a 0, nesta quinta-feira (14), no Estádio Nilton Santos. Estamos no mesmo barco, ou seja, no grupo de pessoas que ligam o sinal vermelho em momentos de incertezas e não vislumbram grandes perspectivas a curto prazo. E não me refiro somente ao futebol. Isto posto, não posso ajudar a criar um cenário de terra arrasada após um triunfo do Mais Tradicional no torneio mais importante – por mais que as circunstâncias joguem contra. Não percam de vista esta vantagem. O Alvinegro está na frente desta batalha renhida pela vaga entre os oito melhores da América do Sul.

A vitória mais ‘amarga’ dos últimos 30 anos

Na final do Campeonato Brasileiro de 1995, o Botafogo derrotou o Santos por 2 a 1, no jogo de ida, no Maracanã. Qualquer desavisado que ligasse a televisão após o clássico cravaria a vitória dos paulistas por 3 a 0. Afinal, a torcida do Peixe deixou o estádio mais animada que o público anfitrião, gritando, inclusive, “é campeão”. No Pacaembu, porém, Túlio Maravilha e Wagner provaram que o esporte bretão nunca foi uma ciência exata e demoliram as teses dos videntes. Houve, naquela época, aliás, uma voz sensata antes do encontro de volta. Eu tinha dez anos. Nunca mais esqueci aquele comentário.


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“O favoritismo é do Botafogo. Joga por dois resultados e entra em campo campeão. O time carioca ficou mais próximo do título. É uma questão de lógica”, pontuou um comentarista de uma mesa-redonda de São Paulo (sim, a mídia esportiva do país já viveu momentos de lucidez antes de virar a imprensa do 7 a 1).

Botafogo precisa trocar altitude por atitude

O placar magro no Colosso do Subúrbio, o gol muito cedo e o desempenho fraco do time alvinegro induzem a um tipo de gatilho não muito saudável no “botafoguismo”. Parece que não há como a equipe de Davide Ancelotti subir os 2.850 metros acima do nível do mar e sustentar o score do Engenho de Dentro. Mas este mesmo time já demonstrou muito caráter nesta temporada: ganhou da Universidad de Chile com dez e bateu o Paris Saint-Germain, hoje a melhor equipe do planeta. Quito não é La Paz. A altitude, velha aliada da LDU, pesará, mas não da forma cruel como seria na capital boliviana. Além disso, o Mais Tradicional vem exorcizando fantasmas nos últimos tempos.

Todas as análises da partida de quinta convergem para as mesmas conclusões: a LDU superou um previsível Botafogo na questão física e levou sempre vantagem no meio de campo. Os três baixinhos (Savarino, Montoro e Artur) não renderam juntos diante de um adversário pesado. John é um goleiraço que tem dado alguns sustos. Danilo abusou do direito de errar passes. Freitas não acertou o pé. O Glorioso jogou os 14 segundos iniciais da partida e só voltou a esboçar futebol no fim, com algumas alterações. É tudo tragédia? Vitinho esteve acima da média. Exuberante. Barboza foi monstruoso. A defesa de Ancelotti não sofre gols há três embates. E que aula magna de mosaico do “Movimento Ninguém Ama Como A Gente”.

Libertadores é puro estresse

É possível afirmar que 98% dos confrontos de mata-mata da Libertadores são estressantes. Aquele 5 a 0 sobre o Peñarol, nas semifinais de 2024, fez parte dos 2%, com a lembrança de um primeiro tempo truncado e mais à feição dos uruguaios. Mesmo irritado, prefiro pensar no velho chavão. Copa não se joga. Se ganha. É um triunfo com muitos asteriscos e conjunções adversativas, em um contexto de um planejamento confuso. Tudo preocupa e não há respiro. Mas vamos ao Equador! O Jogada10 estará ao lado novamente do clube que transformou o Brasil no país do futebol.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10.

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