Terra de Zizou
·01 de setembro de 2020
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Yuto Nagatomo é o terceiro reforço do Olympique de Marseille para a temporada 2020/21 da Ligue1. O experiente japonês, que completa 34 anos em 12 de setembro, estava na Turquia, onde defendia o Galatasaray, e foi anunciado oficialmente nesta segunda-feira, dia 31. O lateral esquerdo se junta a Hiroki Sakai, também nipônico, mas que atua na lateral oposta.
Nagatomo chega ao Marseille com um currículo bem robusto. Passou sete anos vestindo a camisa da Internazionale de Milão e só saiu de lá para erguer duas vezes o troféu de campeão turco pelo Galatasaray. O defensor têm três Copas do Mundo no currículo e recebeu o prêmio da AFC de jogador asiático de 2013.
Pelo OM, terá pela frente, além das competições domésticas, a Liga dos Campeões da Europa. Junto disso, o desafio de ampliar a história japonesa na Ligue1, que é bastante acidentada, com mais baixos do que altos.
Se a carreira de Nagatomo é bem sólida, o histórico de japoneses na Ligue1, entretanto, é bastante curto. Ele será apenas o nono em toda a história. O Marseille, aliás, é o que mais abriu espaço para os asiáticos. Com o lateral, já são três em mais de 120 anos de história.
Quem abriu as portas foi Koji Nakata, que defendeu o OM entre 2004 e 2006. Philippe Troussier, técnico do Japão na Copa do Mundo de 2002, era o treinador do Marseille na época e foi o responsável pela contratação do lateral esquerdo. Em duas temporadas, Nakata jogou apenas 15 partidas e não agradou ninguém. Muito pelo contrário! A France Football chegou a realizar uma pesquisa com torcedores que colocaram o nipônico na lista das piores contratações da história do clube.
Para piorar, na temporada 2004/05, Nakata ficou marcado por um lance cômico na derrota por 2 a 0 sobre o Saint-Étienne. Debaixo de uma nevasca poucas vezes vista num jogo de futebol, ele recebeu a bola na esquerda e, ao tentar um passe, não percebeu que a pelota escapou de seu domínio. O japonês tentou passá-la para um companheiro sem notar que não havia bola alguma por ali. O lance infeliz acabou virando piada.
Se Nakata foi um fiasco, o mesmo não pode ser dito de Daisuke Matsui. Destaque no Kyoto Sanga, o meia-atacante desembarcou na França em 2004 para defender o Le Mans. Em quatro anos no clube que vivia a melhor época de sua história, o japonês se tornou o primeiro atleta do país a receber o prêmio de jogador do mês – em janeiro de 2006. Foram 17 gols e 18 assistências em 130 partidas para Matsui, que na temporada 2005/06 chegou a ser o líder em passes para gol na Ligue1.
Veloz e extremamente habilidoso, Matsui encantou os corações dos torcedores do Le Mans, que até hoje guardam boas lembranças do japonês, que em seguida teve aventuras não tão bem sucedidas por Saint-Étienne, Grenoble e Dijon.
Quando os atletas japoneses começaram a explodir para o mundo, um dos que mais chamou a atenção foi Jun’ichi Inamoto. No começo dos anos 2000, foi aposta de Arsène Wenger no Arsenal e em 2009, já com duas Copas do Mundo nas costas, foi apresentado com pompa no Rennes, se tornando o primeiro japonês da história do clube.
O meio-campista tinha uma meta clara: ganhar minutos para estar entre os selecionáveis da Copa da África do Sul. Inamoto, porém, perdeu espaço com a progressão do jovem Yann M’Vila e deixou os rubro-negros na janela de inverno, após disputar somente cinco partidas pelo clube.
*Jogadores que continuam em seus clubes na França;
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