Na UCL, a Atalanta sofreu virada amarga e a Juve se consolidou com o mais puro ‘allegrismo’ | OneFootball

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Calciopédia

·21 de outubro de 2021

Na UCL, a Atalanta sofreu virada amarga e a Juve se consolidou com o mais puro ‘allegrismo’

Imagem do artigo:Na UCL, a Atalanta sofreu virada amarga e a Juve se consolidou com o mais puro ‘allegrismo’

A quarta-feira, 20 de outubro, foi de situações extremas para os italianos na Champions League. Enquanto a Atalanta se frustrou com uma virada ao estilo Manchester United em Old Trafford, a Juventus voltou a triunfar com o placar mínimo para manter a essência de Massimiliano Allegri ativa. Em termos de classificação, as situações das duas equipes também são bem diferentes. Enquanto a Dea corre risco de ficar fora do mata-mata e precisa colher resultados positivos nos dois jogos que ainda fará em casa, a Velha Senhora nada de braçada na primeira posição de sua chave, com três pontos de vantagem para o Chelsea. Confira como foram as partidas.

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Manchester United 3-2 Atalanta

Em Manchester, a Atalanta chegou a flertar com um resultado histórico, mas assistiu os Diabos Vermelhos darem a volta no placar bem ao seu estilo, com tento derradeiro e inevitável de Cristiano Ronaldo. A Dea se propôs a jogar e teve um primeiro tempo excelente, mas sofreu na segunda metade da partida e sucumbiu ao ambiente de Old Trafford. Dessa forma, perdeu a liderança do Grupo F para o próprio United – que tem dois pontos de vantagem – e está empatada com o Villarreal, com 4 pontinhos cada. O Young Boys, com 3, fecha a chave.


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Com as grandes ausências de Rafael Toloi, Djimsiti, Hateboer, Gosens e Pessina, a equipe de Gian Piero Gasperini entrou em campo com o volante De Roon improvisado na zaga e ciente de que ao menos um empate já estaria de bom tamanho. Entretanto, a Dea começou por empurrar os ingleses para o seu campo de defesa. Mesmo com as tentativas isoladas do time de Solskjaer, os nerazzurri saíram na frente aos 14 minutos, em jogada característica de Zappacosta, que terminou no gol de Pasalic. Pouco tempo depois, apoiado em Ronaldo, o Manchester quase empatou em arremate forte de Fred, que parou na ótima intervenção de Musso.

Os donos da casa seguiam tentando uma reação imediata, porém nada era muito organizado ou coordenado – assim, apenas Cristiano assustava. Logo no minuto 29, em cobrança de escanteio de Koopmeiners, Demiral apareceu absoluto na pequena área para cabecear para o fundo das redes de De Gea e fzer 2 a 0. Naquele momento, os italianos se enchiam de confiança, enquanto os Diabos Vermelhos ouviam as vaias aumentarem dentro de seu terreno. O nervosismo tomava conta do Teatro dos Sonhos, que não presenciara qualquer chance real de gol para os mandantes até então.

Ainda confortáveis, os comandados de Gasperini cozinhavam o jogo e esperavam pelo fim da etapa inicial. Porém, nos último cinco minutos, três oportunidades surgiram para o United. A primeira foi ocasionada em estilingada de Rashford, que saiu cara a cara com Musso, mas foi desarmado de maneira brilhante por Demiral. Na segunda, Fred fez grande jogada, limpou a marcação e arrematou para fora. Ronaldo estava ao seu lado, livre, pedindo o passe. Na terceira e última, o camisa 28 nerazzurro vacilou e deixou Rashford na boa para a finalização, mas o atacante acertou o travessão. Fim de primeiro tempo.

Na volta do intervalo, Gasperini precisou sacar Demiral por lesão e Lovato entrou. Os jogadores de Solskjaer tinham uma energia diferente e essa mudança foi notada com apenas dois minutos, quando Bruno Fernandes achou CR7 livre na área, mas o português finalizou em cima de Musso. Era um prenúncio de um possível descontrole da remendada Atalanta. Isso começou a se concretizar no momento em que Bruno fez lindo lançamento para Rashford bater com categoria na saída do arqueiro argentino e diminuir o placar. Pouco tempo depois, os mandantes quase empataram em jogada de Greenwood, que terminou com o desvio de McTominay na trave.

Os ingleses seguiam pressionando e Ronaldo voltou a colocar Musso para trabalhar, em chute cruzado com a perna esquerda. Já com Cavani e Pogba em campo, o Manchester United oferecia ainda mais perigo, mas foi a Atalanta que deu as caras, obrigando De Gea a operar dois milagres, em finalizações de Zapata e Malinovskyi. Depois disso, o jogo aéreo se tornou uma tendência para os anfitriões e, dessa forma, eles chegaram ao empate no minuto 75. Bruno Fernandes levantou na área, Cavani desviou e a bola, já no chão, encontrou Maguire na altura da segunda trave: sozinho, o beque emendou de primeira e marcou.

O golpe de misericórdia ocorreu seis minutos depois – e já era algo esperado. Depois de rebote de um escanteio, Shaw fez bom cruzamento e Cristiano Ronaldo subiu no meio da defesa, sem pena de Palomino, para virar o jogo. Tragédia anunciada: virada do Manchester United. A Dea mal conseguiu esboçar qualquer reação e saiu derrotada de forma amarga em uma noite que tinha tudo para ser histórica. Fica o gostinho para o returno, em Bérgamo.

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Kean e Kulusevski entraram na Juve no segundo tempo: da cabeça do sueco saiu o gol decisivo do triunfo bianconero (Getty)

Zenit 0-1 Juventus

Em São Petersburgo, a Juventus encarou o Zenit e fez o que se esperava: vitória, mesmo que tardia, pelo placar mínimo, com certa segurança defensiva e sorriso de Allegri. Com o resultado positivo, os bianconeri seguem com 100% de aproveitamento no Grupo H e liderança mantida, com três pontos de vantagem para o atual campeão Chelsea. A classificação será garantida já na próxima rodada, em caso de empate com os russos, em Turim.

A Velha Senhora contou com o retorno de Morata ao time, porém esteve novamente sem Dybala, sua joia. Outro destaque na escalação inicial foi De Sciglio, que começa a ganhar espaço e se destacar novamente sob o comando de Max. Já com bola rolando, a primeira grande chance foi dos russos, logo aos 17 minutos, em chutaço de fora da área de Claudinho, que obrigou Szczesny a fazer defesa sensacional. No restante do primeiro tempo, poucas jogadas efetivas aconteceram, muito por conta da falta de criatividade dos comandados de Allegri, que sentiam a falta de seu camisa 10 e não promoviam uma participação maior de seu meio-campo. Dessa forma, o placar seguiu zerado.

Já na segunda etapa, a Velha Senhora se mostrou mais incisiva e, com apenas 5 minutos, McKennie se projetou na área em enfiada de Morata, mas parou na boa defesa de Kritsyuk. Pelos anfitriões, a dupla formada pelos brasileiros Malcom e Claudinho era a principal fonte de perigo: em nova tentativa, o ex-jogador do Red Bull Bragantino quase marcou, em chute colocado que passou perto da meta italiana.

Para tentar melhorar a criação do seu time, Allegri promoveu as entradas de Arthur, Cuadrado e Kulusevski nas vagas de Locatelli, Alex Sandro e Bernardeschi, respectivamente. Mesmo assim, o jogo seguiu travado e muito disputado, principalmente no setor central. Em busca de maior movimentação no ataque, Kean substituiu Morata. Entretanto, quem decidiu foi outra peça.

Aos 86 minutos, com Kean e Chiesa na área, De Sciglio achou um cruzamento de manual na cabeça de Kulusevski, que só tirou do goleiro e balançou as redes. O sueco, que vinha recebendo poucas oportunidades por conta do desempenho inferior ao esperado e tem sido alvo de especulações quanto a uma saída na janela de inverno, praticamente colocou a Velha Senhora nas oitavas de final – afinal, precisa de apenas um ponto e ainda recebe Zenit e Malmö. O triunfo denota a consolidação da filosofia de Allegri, que fez o clube atingir patamares elevados anos atrás. O “allegrismo” é real: a vitória é o seu único objetivo, custe o que custar.

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