Na prorrogação, a Fiorentina reverteu cenário contra o Basel e foi à final da Conference League | OneFootball

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Calciopédia

·19 de maio de 2023

Na prorrogação, a Fiorentina reverteu cenário contra o Basel e foi à final da Conference League

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Se o jogo de ida da semifinal da Conference League já havia sido repleto de drama, o da volta não poderia ser diferente: Basel e Fiorentina fizeram uma partida dramática, com a Viola vencendo por 2 a 1 no tempo normal, com dois gols de Nico González. O resultado igualava o placar agregado e levou o confronto para a prorrogação. Depois de mais drama, com direito a 10 minutos de paralisação para atendimento médico na torcida, a passagem dos violetas para a decisão continental seria carimbada graças ao tento de Barák, nos segundos finais.

A missão não era nada fácil: depois de tomar a virada nos acréscimos, em pleno Artemio Franchi, os gigliati precisavam de, no mínimo, uma vitória por 1 a 0 para forçar a prorrogação – e de uma vantagem de dois gols para chegar na final continental. Vincenzo Italiano não quis repetir o erro e mudou a escalação pelo lado esquerdo. O técnico não foi tão feliz com as trocas, mas Igor e Castrovilli entraram na zaga e no meio-campo, respectivamente, enquanto Brekalo completou o trio de ataque com Arthur Cabral e Nico González. O argentino, aliás, foi o primeiro herói da partida.


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O confronto começou com a Fiorentina buscando mais o ataque. O Basel, com a vantagem a seu favor, preferiu se fechar defensivamente e esperar o rebote. Deu certo no início: na casa dos 20 minutos, Xhaka e Ndoye arriscaram de fora da área, dando trabalho à defesa violeta. Do outro lado, a Viola demorava para furar a forte retaguarda dos RotBlau.

A resposta veio aos 35, no entanto. Numa cobrança de escanteio, Biraghi cruzou para a área adversária e González, sozinho na cara do gol, cabeceou para abrir o placar para a Viola. A Fiorentina ainda poderia ter feito o segundo, mas o goleiro Hitz efetuou uma linda defesa. O Basel não conseguiu reagir a tempo e a primeira etapa terminou com a equipe italiana em vantagem.

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O brasileiro Igor ganhou vaga no time titular da Fiorentina, mas não fez uma boa atuação contra os suíços (AFP/Getty)

O jogo esfriou na volta dos vestiários – onde Brekalo permaneceu, permitindo que Ikoné entrasse em campo. Nome do confronto de ida pelo lado violeta, Arthur Cabral teve uma boa chance de dentro da área, mas perdeu o gol e continuou apagado na partida. O problema para a torcida gigliata veio logo depois: Amdouni dominou ao mesmo tempo em que efetuou drible da vaca sobre Igor e, já com visual para chutar, finalizou cruzado, vencendo Terracciano. Logo após o tento, o brasileiro foi substituído por Ranieri.

Com o empate no St. Jakob-Park, o Basel ressuscitou na partida e passou a pressionar na maior parte do tempo. A Fiorentina aguentou o tranco e respondeu no contra-ataque: aos 72 minutos, a zaga suíça afastou mal o cruzamento de Dodô e a bola sobrou nos pés de González: o argentino não perdeu tempo e bateu rasteiro, marcando seu segundo gol e garantindo a sobrevida da Viola no jogo. O time helvético sentiu o tento e diminuiu a intensidade, enquanto os italianos tinham pressa, mas não conseguiam aumentar a vantagem. Assim, a última vaga para a final seria decidida na prorrogação.

Italiano trocou Arthur Cabral por Jovic e o sérvio botou fogo na partida: logo aos 94 minutos, ele cabeceou forte e obrigou Hitz a fazer uma defesaça. Aliás, o goleiro do Basel foi o nome da prorrogação, salvando os mandantes das – várias – chances desperdiçadas pelo ataque da Fiorentina. Os dois times já mostravam desgaste, apesar da superioridade da equipe toscana.

No segundo tempo da prorrogação, o jogo continuou arrastado, mas precisou ser interrompido devido a um motivo maior: um torcedor da Fiorentina passou mal na arquibancada e precisou de atendimento médico. Depois de quase 10 minutos, a bola voltou a rolar e a Viola, aparentemente mais inteira fisicamente, intensificou a pressão. Jovic chegou a perder uma chance inacreditável, arrematando por cima do gol. Além dele, Ikoné mandaria um chute de trivela para fora.

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Festa no St. Jakob-Park: no fim da prorrogação, a Fiorentina conseguiu eliminar o Basel (Reuters)

O lance decisivo veio, literalmente, no último minuto do tempo normal da prorrogação: após o contra-ataque, a bola sobrou na área do Basel, com Hitz defendendo mais uma. Jovic ajeitou de cabeça e Barák aproveitou para chutar no fundo do gol. O checo, que também entrou em campo na reta final do duelo, terminou como o grande herói da classificação violeta. A Fiorentina poderia até ampliar, se o sérvio não tivesse desperdiçado outra oportunidade: sozinho, acertou a trave. No fim das contas, isso não impediu uma classificação heroica para os gigliati.

Com a vitória, sofrida até demais, a Fiorentina encerrou uma excelente campanha dos suíços na competição europeia e garantiu a sua segunda participação numa final em 2022-23. Mesmo com a irregularidade mostrada por parte da temporada, Italiano pode quebrar dois jejuns: o de 22 anos sem um título da Coppa Italia e o de 62 sem taças continentais. Aliás, quando faturou a Recopa Uefa, em 1961, a Viola também foi campeã da copa nacional. Este feito pode ser repetido na atual temporada.

Vale lembrar que, por chegar à decisão da Conference League, a Fiorentina se tornou a primeira equipe da história a alcançar a final de todos os torneios já realizados pela Uefa. A Viola o fez também na Copa dos Campeões (atual Champions League), em 1957, na Copa Uefa (hoje Liga Europa), em 1990, e na Recopa Europeia, em 1961 e 1962. Foi na edição inaugural desta última competição, aliás, que os violetas conquistaram sua única taça continental.

Numa temporada em que a Itália tem representantes nas finais dos três torneios da Uefa, o que não ocorria desde 1994, a Fiorentina será a segunda a entrar em campo – antes, a Roma encara o Sevilla pela Liga Europa e, por último, a Inter enfrenta o Manchester City pela Champions League. A decisão da Conference League será realizada no dia 7 de junho, quarta-feira, na Fortuna Arena, a casa do Slavia Praga. O adversário da Viola será o West Ham, que venceu o AZ e alcançou sua primeira finalíssima continental em 47 anos. Um longo jejum será encerrado.

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