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·17 de julho de 2025

Na hora de ser protagonista o Flamengo preferiu ser coadjuvante da história alheia

Imagem do artigo:Na hora de ser protagonista o Flamengo preferiu ser coadjuvante da história alheia
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Líder do campeonato com um jogo a menos, enfrentando um time que lutava contra o rebaixamento e tinha como principal esperança um jogador em má forma física, que recentemente tem se destacado mais nas colunas de fofoca do que nas análises esportivas. Parece a receita pra uma vitória simples e tranquila, certo? Seria, talvez, se o Flamengo não tivesse feito a parte dele pra, com os mesmos ingredientes, construir a história alheia de redenção.

Porque é preciso admitir que, por mais que, fora das quatro linhas, seja um homem totalmente viciado em errar, Neymar ainda tem imensa qualidade como jogador. Mesmo baleado ainda pega na bola de uma maneira diferente, mesmo lento ainda possui aquela aura que intimida o marcador, mesmo tendo chegado aos 33 anos sem conhecer absolutamente nenhum método contraceptivo, nunca deixou de conhecer os atalhos do campo.


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Então faz sentido que dentro da Vila Belmiro, com o apoio da torcida, ele tenha conseguido crescer e elevar o nível de competitividade de um time do Santos que, no papel, era um tanto quanto mais fraco. Brigou durante toda a partida, disputou com os marcadores e quando teve a sua única chance clara do jogo, sobrou em cima da defesa rubro-negra e decidiu a partida. É um jogador acima da média e se for dado o mole, com certeza ele vai aproveitar.

Mas aí entra a questão de por que o Flamengo, um time que tem ambições bem mais altas que o Santos e jogadores em condições físicas bem superiores ao Neymar, resolveu dar esse tipo de mole. Como que um time que espera brigar pelo título brasileiro que sabe que essa briga não vai ser fácil, segue desperdiçando pontos de uma maneira quase infantil, diante de adversários que não apenas são mais fracos como apresentaram um futebol pior.

É visível, em primeiro lugar, a falta que fazem no time tanto Gérson como titular quanto Pedro como opção para o ataque. Perdemos muito do toque de qualidade e da sobriedade na frente, com atletas de muita velocidade mas pouca reflexão, e não temos absolutamente nenhum centroavante de referência no elenco, enquanto Pedro e Filipe Luís resolvem suas questões internas que já vem desde quando jogavam videogame juntos.

Diante do Santos o Flamengo dominou a partida, teve 75% de posse de bola, quase o triplo de passes, mas deu só um chute a gol a mais que a equipe paulista, deixando claro que sim, houve controle do jogo, mas não só esse controle não se traduziu em oportunidades claras como se perdeu à tempo de deixar escapar sequer um mísero empate.

E os problemas são os mesmos, como a ausência de outro meia criativo além de Arrascaeta, a total inoperância de jogadores como Cebolinha e Juninho como opção, e uma certa sensação de indolência do ataque, que parece com frequência se enrolar nas partidas caso não consiga um gol logo no começo.

O resultado são mais pontos perdidos. Pontos que podem não parecer essenciais, percalços que podem parecer compreensíveis, mas que podem sim fazer muita falta lá na frente. Porque pra ser protagonista lá na frente, na hora de levantar as taças, é preciso agir como protagonista agora, na hora de vencer jogos contra times mais fracos. Que esse time e essa comissão técnica possam lembrar disso logo.

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