Mundial de Clubes 2025: Existe chance legal do Galo herdar a vaga? | OneFootball

Por: Dr Gustavo Lopes

Com a recente exclusão do Club León pela FIFA devido à violação das regras de multipropriedade — uma vez que León e Pachuca pertencem ao mesmo grupo empresarial — abre-se um novo capítulo de incertezas e possibilidades para a ocupação da última vaga da CONCACAF no tão aguardado Mundial de Clubes de 2025.

Mas e se, nesse xadrez jurídico e esportivo, o Clube Atlético Mineiro pudesse surgir como um nome legítimo à mesa?

Em tese, a vaga seria redistribuída dentro da própria CONCACAF, como prevê o regulamento da FIFA. No entanto, o critério de mérito esportivo acumulado também tem sido mencionado. E é aí que entra o Galo.

Em ranking recente divulgado pela própria entidade máxima do futebol, o Atlético aparece como um dos clubes sul-americanos com melhor desempenho nos últimos ciclos continentais. Inclusive, o Alvinegro figura à frente de diversos clubes que disputarão o Mundial, o que reforça sua regularidade internacional.

Agora, vamos ao ponto central: juridicamente, existe espaço?

Sim. A FIFA tem autonomia para, em situações excepcionais, tomar decisões que garantam a legitimidade do torneio. E um clube como o Atlético, que figurou entre os melhores da América no recorte 2021-2023, inclusive campeão brasileiro e semifinalista da Libertadores, possui todos os predicados técnicos e estruturais para representar o continente — se houver a abertura dessa discussão no plano internacional.

Além disso, o Galo conta com um estádio recém-inaugurado, equilíbrio financeiro, elenco competitivo e está em dia com todos os critérios de licenciamento da FIFA. Não é exagero dizer que, se houvesse uma seleção entre clubes “stand-by” para o Mundial, o Atlético estaria entre os primeiros da fila.

Por ora, a vaga deverá mesmo ficar com outro clube da CONCACAF — e o Club América aparece como favorito. Mas no futebol, como na vida, portas se abrem onde menos se espera. E se o critério for mérito desportivo e estrutura de excelência, o Galo pode — e deve — ser lembrado.

O torcedor atleticano tem todo direito de sonhar. Porque quando se trata do Galo, nunca foi fácil. Mas também nunca foi impossível.