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Jogada10

·06 de setembro de 2024

Muito a se debater sobre o fair play financeiro

Imagem do artigo:Muito a se debater sobre o fair play financeiro

O repentino debate sobre o fair play financeiro que domina o futebol nacional tem motivação muito mais oportunista do que bem intencionada. Afinal, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, apertou o gatilho e disparou o assunto numa espécie de queixa pelo fato de o seu time sofrer um 4 a 1 pelo novo rico Botafogo, de John Textor.

Landim justificou a pancada no campo de jogo argumentando que ficava difícil competir com alguém que colocava milhões e milhões num clube que não arrecadava para tal. O curioso é que ele falava em nome do Flamengo, aquele que mais tem recursos e contrata no país. Lembrou o garotinho rico e mimado que faz pirraça por não ter o mesmo carrinho do novo vizinho.


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Queixa do Flamengo sobre o fair play financeiro soa ridícula

Se a queixa viesse, por exemplo, de representantes de Cuiabá, Vitória ou Criciúma até poderia fazer sentido. No entanto, do Flamengo, soa ridícula. É claro que existe importância no fair play financeiro, se vier acompanhado de regras justas, em todos os níveis. Não simplesmente para condenar os menores a serem menores para sempre e perpetuar o poder dos gigantes, que, óbvio, cada vez vão ganhar mais e crescer mais, como já acontece por aqui.

O debate precisar ter como foco impedir a entrada no futebol do dinheiro ilegal. O esporte, assim, não pode ser usado como lavanderia de recursos ilícitos. Com as SAFs, há um dono. Se ele quer investir mais ou menos, é uma questão pessoal. Se vai ganhar ou perder dinheiro, é da natureza do negócio, há um proprietário para ser responsabilizado. E, se errar, se for um aventureiro, que a torcida daquele clube o cobre por isso.

O combate deve ser contra o calote, presente no futebol brasileiro há décadas, sem punição aos “dirigentes amadores”, que sugam o que podem e deixam os rombos nas finanças como herança para administrações posteriores. É isso que inviabiliza o clube, que o joga no lodo e o apequena. O que deve ficar claro é que o novo investidor compra o futuro, não pode ser aprisionado ou, no caso do fair play, condenado eternamente ao passado.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10

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