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·17 de agosto de 2022

Movimento lança carta aberta por uma chapa de oposição à atual direção gremista

Imagem do artigo:Movimento lança carta aberta por uma chapa de oposição à atual direção gremista

O Movimento Grêmio de Todos, fundado em julho de 2021 por “gremistas comuns”, isto é, sem conselheiros e sem dirigentes, acaba de lançar uma carta para todos os movimentos que se dizem de oposição e/ou, no mínimo, críticos à atual direção tricolor.

O objetivo da iniciativa é conclamar esses movimentos para composição de uma verdadeira frente ampla, com intuito de lançar uma candidatura coletiva para o Conselho Deliberativo e para o Conselho de Administração frente à grande crise institucional que o Clube vive.


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O Movimento está com sua pré-chapa ao Conselho Deliberativo praticamente pronta, mas estaria disposto a uma coligação em prol da construção de uma alternativa oposicionista nas eleições do Grêmio.

As eleições

As eleições terão início no dia 24 de setembro, onde serão eleitos ou renovados os conselheiros inscritos nas chapas. Vale lembrar que para concorrer ao Conselho Deliberativo do Grêmio, é necessário ter cinco anos de associação e pagamentos ininterruptos das mensalidades por dois anos. Já para a presidência, o candidato deve ser sócio há 10 anos no Grêmio.

Logo após a definição das chapas que ultrapassarem a cláusula de barreira e o anúncio dos conselhos eleitos, vem a etapa da eleição do presidente e do vice-presidente do Conselho Deliberativo que ocorrerá no dia 17 de outubro. Tendo as chapas todos nomes aprovados, no dia 26 do mesmo mês, as eleições vão para a decisão dos sócios. A definição de quem será o novo presidente do Grêmio acontecerá no dia 5 de novembro.

Carta na íntegra

O Movimento Grêmio de Todos, fundado em meados de julho de 2021, formado por “gremistas comuns” (sem conselheiros e sem dirigentes) e reconhecidamente de oposição à atual direção gremista desde a sua fundação, vem, humildemente, por meio desta carta aberta dirigida aos sócios do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e aos movimentos que se afirmam “oposicionistas” e/ou, no mínimo, “críticos” à atual gestão do clube, alertar o seguinte:

1) A profunda crise que estamos vivendo desde o ano passado não foi um mero acidente. Ao contrário, foi resultado acumulado de anos de má administração e de abandono total de quem havia sido eleito para dirigir o Grêmio. O resultado em campo é apenas um reflexo da bagunça generalizada que está o clube. E o malabarismo contábil para propagar um relativo superávit financeiro, visando causar um simulacro enganoso de boa gestão, é hoje o único argumento tragicômico de quem ainda defende essa direção temerária.

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2) Por outro lado, é verdade também que infelizmente a própria ideia de oposição foi constantemente sufocada ao longo dos últimos anos. Os retratos das conquistas, as faixas no peito e as taças no armário foram mecanismos de silenciamento das vozes críticas à gestão. Tanto que Romildo Bolzan Jr. foi aclamado no Conselho Deliberativo, ou seja, à época, não teve uma candidatura de oposição nem depois teve uma articulação abertamente oposicionista para servir ao Grêmio de modo vigilante, propositivo e combativo. Ao contrário, movimentos que tendencialmente poderiam cumprir esse papel acabaram sendo convidados para colaborar com a gestão, causando uma evidente contradição que ficou perceptível na inércia quase generalizada da política gremista diante do rebaixamento. Respeitosamente, mas não fosse a tentativa de impeachment de todos os membros do Conselho de Administração, então pedida por nosso Movimento, absolutamente nada estaria registrado na História como forma de protesto da torcida gremista. Todavia, o impeachment não contou com apoio de nenhum movimento da política interna gremista, tendo sido equivocadamente arquivado sem análise do mérito. E hoje, comprovadamente, o calvário de 2022 está sendo superado apesar da atual direção do Grêmio.

3) Feito esse preâmbulo, o Movimento Grêmio de Todos, ao longo dos últimos meses, tem tentado nos bastidores unificar movimentos que se afirmam oposicionistas e/ou, no mínimo, críticos à atual direção gremista, independentemente de estarem ou não com cargos na atual direção (inclusive porque pouquíssimos movimentos não estão oficialmente com cargos na direção). A nossa busca por unidade da “oposição” dá-se pela necessária construção de um programa de profunda mudança dos rumos do Grêmio, algo que poderia ocorrer desde já nas eleições para o Conselho Deliberativo com o apontamento de uma pré-chapa ao Conselho de Administração/Presidência do Grêmio, como estão fazendo os principais pré-candidatos, Odorico Roman e Alberto Guerra, ambos notórios gremistas com serviços prestados ao clube e boas ideias, ora merecedores de nosso respeito. No entanto, ambos estão vinculados, de uma forma ou de outra, com a situação do Grêmio, pois não apenas estiveram ao lado dos atuais dirigentes no comando gremista como também estão sendo apoiados por movimentos reconhecidamente situacionistas.

4) Assim sendo, o fato novo nas eleições do Grêmio é resolver a incógnita da candidatura presidencial verdadeiramente de oposição. Mais que isso, resolver a incógnita da candidatura coletiva ao Conselho de Administração, a ser construída por movimentos oposicionistas e/ou, no mínimo, críticos à atual direção gremista. Sabemos que o correto é pautar primeiro a eleição do Conselho Deliberativo, porém, além do processo já estar atropelado com pré-candidaturas presidenciais lançadas, nada impede a construção da unidade oposicionista desde já. Aliás, a única coisa que pode impedir isso é a triste colocação de interesses menores de cada movimento acima dos interesses maiores dos rumos do Grêmio.

5) Por isso, mesmo já estando com sua pré-chapa própria ao Conselho Deliberativo pronta e com os recursos levantados, mesmo já tendo lançado o seu Projeto de Grêmio, o MGdeT ainda está disposto para dialogar urgentemente e de modo objetivo, baseado em ideias e propostas sobre o Grêmio que queremos, com todos os movimentos oposicionistas e/ou, no mínimo, críticos à atual direção gremista. Porque antes de pensar em nomes, deve vir o debate acerca do projeto, e muito antes da preocupação com o número de conselheiros que cada movimento pode eleger, deve vir a preocupação com o futuro do Grêmio. Nós ainda acreditamos na possibilidade e, principalmente, na necessidade da unificação dos movimentos oposicionistas e/ou, no mínimo, críticos à atual direção gremista, pois, do contrário, cada movimento tomará seu caminho, fazendo acordos pragmáticos, e o status quo, com menor ou maior grau de intensidade, será mantido. A verdade é que a divisão das forças oposicionistas e/ou, no mínimo, críticas à atual direção, só serve, enfim, para a manutenção do estado atual das coisas com a preservação de quem hoje comanda o Grêmio.

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