Monaco x Leverkusen fizeram outro jogaço, com o troco dos alemães por 3×2 e a classificação nos pênaltis | OneFootball

Bayer Leverkusen e Monaco fizeram um dos duelos mais equilibrados dos mata-matas europeus nos últimos anos. Foram 210 minutos de futebol disputados em altíssimo nível pela Liga Europa, com duas partidas emocionantes e cheias de reviravoltas. A ida na Alemanha havia proporcionado o primeiro jogaço, com duas viradas e o triunfo dos monegascos por 3 a 2 arrancado no apagar das luzes. Já no Estádio Louis II, os Aspirinas deram o troco. O Leverkusen ganhou também por 3 a 2, num duelo fervilhante durante os primeiros 25 minutos e também na reta final – em que o Monaco por pouco não arrancou o empate salvador nos acréscimos. O embate seguiu para a prorrogação e, nos pênaltis, enfim os alemães prevaleceram. Ganharam por 5 a 3 e saem fortalecidos para as oitavas de final.

A partida começou com tudo, desde os primeiros minutos. O Monaco deu o primeiro susto numa tentativa de Wissam Ben Yedder, mas logo o Bayer Leverkusen impôs uma pressão. O goleiro Alexander Nübel não demorou a realizar suas primeiras defesas, contra Exequiel Palacios e Amine Adli. No entanto, falhou quando os Aspirinas abriram o placar aos 13 minutos. O goleiro não conseguiu cortar o cruzamento rasteiro de Jeremie Frimpong e a bola sobrou limpa para Florian Wirtz só cutucar.

A resposta do Monaco foi imediata, com o empate aos 19 minutos. O garoto Eliesse Ben Seghir foi derrubado dentro da área e, na cobrança do pênalti, Ben Yedder converteu. No entanto, aos 21, o Leverkusen estava na dianteira novamente. Na sobra de um escanteio, Palacios dominou e bateu no canto. Só depois disso o ritmo do primeiro tempo baixou. O Monaco até tomou mais a iniciativa, mas o Leverkusen mantinha sua marcação encaixada e era mais perigoso quando atacava. Adam Hlozek deu trabalho a Nübel aos 34, na melhor chegada para o terceiro antes do intervalo.

Na volta para o segundo tempo, o Monaco teve algumas chances de alçar a bola para a área e parecia mais ligado para o empate. Contudo, o Leverkusen anotou o terceiro antes, aos 13. Wirtz deu um passe sensacional por elevação e Adli apareceu sozinho na área para concluir de cabeça. O troco dos monegascos quase foi instantâneo. Ben Yedder carimbou o travessão. E o jogo se incendiava, com o quarto gol do Leverkusen anulado por impedimento de Mitchel Bakker aos 18. A pressão, de qualquer forma, estava sobre os anfitriões. Era o Monaco quem precisava de um gol e da iniciativa.

O Monaco se colocava no campo de ataque, mas não fazia sua partida mais criativa. Hlozek era o principal incômodo nos contragolpes e desperdiçou uma boa chance aos 24, ao mandar para fora. Já Lukasz Hradecky enfim trabalhou aos 26, quando salvou uma tentativa de Ben Seghir. E na buscar por mudar os rumos da partida, os monegascos dependeram de uma substituição. Breel Embolo saiu aos 33 do banco e marcou o segundo do time aos 39. Krépin Diatta cruzou da direita e o centroavante cabeceou sozinho, sem dificuldades. Nos minutos finais, o Monaco ainda insistiu pelo empate, que evitaria a prorrogação. Conseguiu balançar as redes aos 48, com Edan Diop. Todavia, a arbitragem avaliou que a bola saiu pela linha de fundo no cruzamento de Ismail Jakobs e anulou o tento do garoto de 18 anos.

Seriam mais 30 minutos de um confronto que teve 180 em altíssima voltagem. O Leverkusen começou melhor e Nübel salvou o quarto gol dos visitantes, ao defender com a perna uma batida de Bakker. Do outro lado, o Monaco não demorou a responder, mas Axel Disasi e Jakobs desperdiçaram as chances. Os alemães tiveram maior controle da bola no primeiro tempo extra. Já na segunda etapa da prorrogação, o desgaste dos times era maior. Prevaleceu o equilíbrio, com emoções mais escassas. As principais chegadas acabavam travadas na área. O melhor lance seria do Monaco, já aos 13, mas Hradecky espalmou a cabeçada de Kevin Volland. A definição acabaria mesmo nos pênaltis.

O Leverkusen abriu a disputa por pênaltis com Sardar Azmoun, que marcou com muita segurança. Axel Disasi e Nadiem Amiri marcaram na sequência, antes que Eliot Matazo carimbasse o travessão e desperdiçasse o segundo tiro do Monaco. Edmond Tapsoba, Breel Embolo, Patrik Schick e Kevin Volland mantiveram a precisão na sequência. Coube então a Moussa Diaby cobrar o último chute do Leverkusen e determinar a classificação. Nübel chegou a encostar na bola, mas não evitou o tento.

O Monaco agora se volta à Ligue 1. A equipe tem uma sequência invicta de nove rodadas na competição para tentar ampliar e está firme no páreo pela vaga na Champions League, na terceira colocação. Já para o Bayer Leverkusen, a Liga Europa é o principal objetivo. Com o time no décimo lugar da Bundesliga, a 11 pontos da zona de classificação às copas europeias neste momento, o time vai concentrar suas forças na frente continental. E sai mais vivo depois de um confronto tão eletrizante.