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·02 de julho de 2025
Monaco aposta em Ansu Fati: empréstimo com chance de redenção

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·02 de julho de 2025
O Monaco oficializou, no dia 1º de julho de 2025, a contratação de Ansu Fati por empréstimo junto ao Barcelona até junho de 2026. O acordo prevê uma opção de compra fixada em 11 milhões de euros ao término do período, mas sem obrigação de compra. Antes de partir, Fati estendeu seu contrato com o clube catalão, uma medida já tradicional para preservar o valor de mercado do jogador.
Para o Monaco, o custo inicial foi simbólico: nenhum valor pago pelo empréstimo, e sim a possibilidade de avaliar o atacante durante uma temporada antes de decidir por um investimento definitivo. Fati foi aprovado nos exames médicos e apresentado oficialmente, mas ainda não teve confirmado seu número de camisa. Com as camisas 10 e 11 livres, a tendência é que uma delas seja sua.
A passagem recente de Fati pelo Barcelona foi marcada por pouca participação em campo. Na última temporada da La Liga, foram apenas seis jogos, três deles como titular, somando 232 minutos e sem gols marcados. Na Liga dos Campeões, entrou em campo quatro vezes vindo do banco, com média de 6,6 em avaliações de desempenho. No total, soma 123 jogos, 29 gols e nove assistências pelo clube catalão — números importantes para quem já foi vencedor do prêmio Golden Boy em 2020 e o mais jovem a marcar na Champions League, aos 17 anos e 40 dias.
O momento de mercado de Fati é outro: atualmente avaliado em 5 milhões de euros, segundo o site Transfermarkt, reflexo direto de lesões recorrentes e tempo reduzido em campo. Na despedida, o jogador agradeceu à torcida do Barcelona nas redes sociais e destacou sua necessidade por mais minutos.
No Monaco, Fati chega como uma peça capaz de desempenhar em várias funções do ataque: aberto pela esquerda, pela direita ou centralizado. O técnico Adi Hütter já indicou que enxerga o espanhol como importante para o estilo de jogo baseado em velocidade e transições rápidas. A concorrência será com nomes como Takumi Minamino e Eliesse Ben Seghir, numa equipe que busca reforçar o elenco para compromissos de Champions League. O clube já investiu em outros atletas de peso, como Paul Pogba, para a temporada.
A visão do Monaco é de risco reduzido. O modelo de negócio protege o clube em caso de novos problemas físicos do jogador, mas permite a aquisição por um valor compatível com o momento do mercado, caso Fati corresponda em campo.
No Barcelona, o empréstimo também tem impacto prático. A diretoria corta aproximadamente 4 milhões de euros em salários e libera espaço para jovens promissores, como Lamine Yamal e Fermín López. O contrato renovado antes do empréstimo serve como salvaguarda para evitar uma possível desvalorização definitiva do atacante.
A repercussão nas redes sociais foi imediata. Torcedores do Monaco demonstraram otimismo, ressaltando o histórico do jogador. Do lado catalão, as opiniões são divididas: parte lamenta a saída e outro grupo atribui o cenário ao tratamento do clube nos últimos anos. Em entrevista, o diretor esportivo Deco foi direto: “Ansu precisa jogar sem pressão. O Monaco é perfeito para isso.”
O acordo avançou nas últimas semanas após o Monaco não conseguir fechar com outros alvos para atuar pelas pontas. Barcelona insistiu que a opção de compra não fosse obrigatória, mantendo flexibilidade no futuro do atleta.
Agora, o desafio está lançado. Ansu precisará mostrar que superou as lesões no joelho e adaptar-se ao jogo físico da Ligue 1, além de entregar a intensidade defensiva exigida pelo novo treinador, aspecto até hoje considerado seu ponto fraco.
Photo by Alex Caparros/Getty Images