Monaco 2003/04: o time do quase que encantou a Europa com seu futebol ofensivo | OneFootball

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·22 de outubro de 2020

Monaco 2003/04: o time do quase que encantou a Europa com seu futebol ofensivo

Imagem do artigo:Monaco 2003/04: o time do quase que encantou a Europa com seu futebol ofensivo

Um dos principais times da França, o Monaco também se destaca pelo aspecto peculiar de oscilar entre momentos de baixa com outros de intenso brilho. Se formos pensar mais recentemente, poderíamos citar o time que encantou a Europa em 2016-17 com Mbappe e cia ou mesmo o time de 1996-98 (Com Ikpeba, Petit Sonny Anderson, além dos jovens Henry, Trezeguet e o recém-chegado Giuly), ambos semifinalistas da Champions.

No entanto na coluna Além dos Bleus dessa semana, o tema será o time Monegasco que conseguiu pela primeira e única vez chegar a final da Champions: o time de 2003/04, que também ficou conhecido como o “time do quase”.


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Tudo começa com o vice francês e o título da Copa da Liga em 2002-03

Comandado por Deschamps, o Monaco fez grande campanha na Ligue 1, ficando um ponto atrás do campeão Lyon. Por outro lado, a equipe conquistou a Copa da Liga, passando por Auxerre, Beauvais, Gueugnon, Marseille e Sochaux na final. O time se destacava pelo ataque poderoso, que inclusive foi campeã vencendo por 4 x 1 a final.

Classificado para a Champions da temporada seguinte, o Monaco sofreu duas baixas importantes: Gallardo, que voltou ao River Plate e Rafael Marquez, vendido ao Barcelona. Contudo o time conseguiu fazer um bom mercado, trazendo nomes como Ibarra, Edouard Cissé e especialmente Fernando Morientes.

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A chegada deles fortaleceu um time que já contava com uma boa base, que contava com nomes como Evra, Flavio Roma, Jerome Rothen, Prso, Nonda, Gael Givet, além da estrela do time: Ludovic Giuly.

Fase de grupos com goleada histórica, coloca Monaco entre destaques da Champions

Sorteado para o grupo C da Champions, o Monaco tinha um grupo disputado pela frente com o Deportivo La Coruña, PSV e AEK. Depois de começar com uma boa vitória de 2 x 1 sobre os holandeses fora de casa, a primeira mostra do poderoso ataque veio: um 4 x 0 sobre os gregos no Louis II, com gols de Giuly, Morientes (2) e Prso. Contra os espanhóis, principais rivais do grupo, contudo o time saiu derrotado por 1 x 0 fora de casa.

Veio o jogo de volta no principado e foi quando o Monaco chamou atenção do mundo com uma goleada impiedosa de 8 x 3. Rothen, Giuly, Plasil, Cisse e Prso quatro vezes foram responsáveis por um dos jogos com mais gols da história da competição (Tristan 2x e Scaloni descontaram para o La Coruña). Dois empates nas duas últimas rodadas garantiram a equipe na primeira posição do grupo.

Enquanto isso em território nacional, o time disputava o título da Ligue 1 com Lyon e PSG, mas não conseguiu defender o título da Copa da Liga, caindo na primeira fase para o Marseille.

Mata-mata: mostra de força e superação do Monaco levam para final inédita

Já em 2004, o time começou a fase eliminatória da UCL com dificuldades para passar pelo Lokomotiv. Eliminando os russos graças ao gol fora de casa, o Monaco teria pela frente o Galáctico Real Madrid. No Bernabéu, os Rouge Et Blanc até saíram na frente, mas tomaram a virada, que virou goleada, mas acabou amenizada pelo gol de Morientes no final.

Um 4 x 2 contra e tendo de reverter contra o time de Figo, Zidane, Beckham, Raul, Roberto Carlos e Ronaldo parecia missão quase impossível para o Monaco. Para piorar, o Real Madrid saiu na frente no jogo de volta, com gol do camisa 7. Entretanto foi aí que começou a impressionante reação dos Monegascos. Após empatar com Giuly, o time virou com Morientes e fez 3 x 1 novamente com o camisa 8. Graças aos gols fora de casa, a equipe despachava o poderoso time Merengue.

Na semifinal, outra pedreira: o então novo rico Chelsea, que tinha trazido jogadores como Crespo, Verón, Mutu e Makelele. O primeiro jogo em casa fez parecer que o time teria menos dificuldade, pois foi um 3 x 1 tranquilo, com gols de Nonda, Prso e Morientes (com o 9 argentino descontando para os Blues).

Entretanto o jogo de volta mostrou mais uma vez o poder de reação do time, que após tomar 2 x 0 dos Blues (gols de Gronkjaer e Lampard), empatou com Ibarra e Morientes. O 2 x 2 mais que garantia o time para a primeira final de sua história e contra um adversário igualmente surpreendente: o Porto do então ascendente Mourinho. Os Dragões tinham deixado pelo caminho United, Lyon e La Coruña respectivamente.

Derrota na final, põe fim ao sonho europeu dos Rouge Et Blanc

O jogo prometia ser equilibrado, mas a lesão de Giuly com 23 minutos abalou o time, q acabou sendo presa fácil para o Porto. Com gols de Carlos Alberto, Deco e Alenichev, o Dragão conquistava sua segunda Champions, deixando os Monegascos no quase.

Nacionalmente o time não teve melhor sorte, pois acabou apenas como terceiro, atrás de Lyon e PSG. Foi o fim de uma das maiores equipes da história do Monaco, que perdeu ao fim da temporada suas duas principais referências: Giuly, que foi para o Barcelona e Rothen, que foi para a equipe de Paris. Contudo segue sendo lembrado como uma das grandes equipes da história da Champions League e claro dos Rouge Et Blanc.

Foto destaque: divulgação/UEFA

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