Trivela
·10 de maio de 2023
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·10 de maio de 2023
Uma das razões do excelente jogo da Inter foi o trio de meio-campistas. Hakan Çalhanoglu recusou para fazer a função de Marcelo Brozovic quando o croata se machucou; Nicolò Barella é há anos o motorzinho do time, armando e marcando muito. Mas o novo elemento no time é Henrikh Mkhitaryan, que teve um papel importante na vitória por 2 a 0 da Inter sobre o Milan, no jogo de ida da semifinal da Champions.
O armênio chegou da Roma nesta temporada como um ponta ou um meia ofensivo. Era difícil imaginar que teria um papel tão preponderante quanto ele teve nesta temporada. A ausência de Brozovic por lesão fez com que a Inter tivesse um problema. Isso porque o substituto direto, Kristjan Asllani, não deu a resposta esperada e não parecia pronto para substituir Brozovic.
Assim, a solução do técnico Simone Inzaghi foi recuar Hakan Çalhanoglu para uma função mais defensiva, e colocar em campo Henrikh Mkhitaryan para atuar ao lado de Nicolò Barella como meia central. E o armênio brilhou na função. Com os três, o meio-campo da Inter se tornou uma arma importante. Diante do Milan, os três fizeram um grande trabalho de criação, controle de jogo e também de marcação, pressionando sempre quem estivesse no setor.
O gol de Mkhitaryan mostra um pouco da sua atuação no jogo. Em uma boa jogada que passa por Federico Dimarco e com um corta-luz de Lautaro Martínez, Mkhitaryan apareceu livre pelo meio para tocar para o gol e marcar os 2 a 0, ainda com 10 minutos.
Depois disso, o principal fator para a Inter conseguir um bom desempenho do jogo foi a forma como o meio-campo atropelou os rivais. Barella, Mkhitaryan e Çalhanoglu estavam sempre próximos uns dos outros, triangulando, e ainda tendo ajuda dos alas, de um dos atacantes e até dos zagueiros, sempre com esses três centralizados para ditar o controle do jogo.
Mkhitaryan é o mais ofensivo dos meio-campistas nessa formação da Inter e o seu índice de acerto foi impressionante. Dos 20 passes tentados, ele acertou 19 (95%). Mostrando o quanto ele jogou também sem bola e ajudou o meio-campo a dominar o adversário, ele foi o terceiro jogador com mais duelos de bolas pelo chão, 13 (venceu seis). Ficou atrás apenas de Denzel Dumfries, seu companheiro, que teve 16 duelos (venceu oito) e Alexis Saelemaekers, do Milan, com 14 duelos (venceu nove). Mkhitaryan também fez quatro desarmes, mesmo número de Fykaio Tomori e um a menos que Lautaro Martínez.
O sucesso da entrada de Mkhitaryan no meio-campo da Inter foi tão grande que Marcelo Brozovic, que é uma figura tão importante no clube, tem sido reserva para que o trio que entrou em campo siga como titular. Diante do rival Milan, Mkhitaryan mostrou que a opção de Simone Inzaghi não é sem razão e que é um jogador importante, seja na função que tem exercido, seja vindo do banco, se for preciso.
Aos 34 anos, Mkhitaryan consegue uma ótima participação na Inter, atuando de uma forma como pouco se viu na sua carreira, tanto marcando quando aparecendo no ataque. São 45 jogos até aqui na temporada, sendo 37 deles como titular, com quatro gols – o primeiro deles na Champions aconteceu justamente contra o Milan. Com a sua atuação, ele não só se destacou como ajudou os companheiros a se destacarem também. O entrosamento de Çalhanoglu, Barella e Mkhitaryan é algo que pode ajudar a Inter a ter mais boas atuações, o que será necessário também na Serie A.