Jogada10
·05 de novembro de 2024
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O Ministério do Esporte manifestou-se, na manhã desta terça-feira (5), sobre as investigações de manipulação envolvendo o atacante Bruno Henrique. A nota reafirma o compromisso do órgão com a ética esportiva e avalia tais ações como ”crimes inaceitáveis”, além de defender a aplicação da Lei Geral do Esporte para casos de irregularidades.
Deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDF), a Operação Spot-fixing ocorre em apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ). A ação investiga o suposto envolvimento do atacante do Flamengo em manipulação num jogo do Campeonato Brasileiro de 2023.
“O Ministério do Esporte acompanha e apoia as recentes investigações envolvendo o atleta Bruno Henrique e reforça seu compromisso com a integridade e transparência no esporte brasileiro. Ações que comprometem a ética esportiva são crimes inaceitáveis e devem ser apuradas com o máximo rigor. Especialmente em respeito ao público, aos atletas e à credibilidade do esporte.
Defendemos a aplicação da Lei Geral do Esporte em todos os casos de manipulação e irregularidades, assegurando que o resultado das competições reflita apenas o mérito e o esforço dos atletas. Um ambiente esportivo justo e íntegro é essencial para a construção de uma sociedade que valorize o esporte como instrumento de desenvolvimento e cidadania.
O Ministério do Esporte segue à disposição para apoiar medidas que fortaleçam a segurança e a transparência no esporte nacional”.
Atacante do Flamengo se torna alvo de operação na manhã desta terça-feira (5) por suspeitas de manipulação – Foto: Raul Baretta/ Santos FC
A PF recebeu um relatório da Unidade de Integridade da CBF no fim de 2023 com supostas irregularidades – sustentadas por empresas estrangeiras que prestam serviços à entidade para detecção de fraudes. Segundo a PF, “haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões em partida do Campeonato Brasileiro”.
Bruno Henrique, segundo investigações, teria agido deliberadamente para receber cartão nos acréscimos da derrota para o Santos, no Mané Garrincha, em novembro do ano passado. O atacante acabou expulso ao fim da derrota por 2 a 1, pela 31ª rodada do Brasileirão, por xingamentos contra o árbitro da partida.
Houve um aumento de mais de 60% no volume de apostas para cartão envolvendo o jogador naquela partida. De acordo com o Ministério Público, a movimentação acima do normal ”teria sido efetuada por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração”. A PF inclusive investiga familiares de Bruno Henrique: Wander Nunes Pinto Júnior (irmão), Ludymilla Araújo Lima (cunhada) e Poliana Ester Nunes (prima).
Além dos mencionados, há, ainda, pelo menos outros cinco alvos da operação envolvidos com o jogador. São eles: Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim. Todos residem em Belo Horizonte, cidade natal do atacante do Flamengo.
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