Milito explica mudanças e analisa vitória do Atlético sobre o Cuiabá: ‘A equipe dominou do princípio ao fim’ | OneFootball

Por Hugo Fralodeo 28 abr 2024 09:02

Mais uma vitória categórica do Atlético de Gabriel Milito, que parece não sentir o peso do desgaste pela sequência de partidas e a necessidade de mudanças pontuais. Sem o artilheiro Hulk, preservado, um 3 a 0 tranquilo sobre o Cuiabá, na Arena Pantanal, que fez o Alvinegro dormisse na ponta da tabela de classificação do Brasileirão.

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Em sua entrevista coletiva após o jogo, o Mariscal, que segue invicto no comando do time, com seis vitórias e três empates, explicou o que pretendia com as mudanças no time titular, analisou o que viu em campo e, claro, comemorou o resultado e o rendimento.

Além do artilheiro, que ficou na Cidade do Galo, Battaglia, Jemerson e Guilherme Arana foram para o banco de reservas. Assim, Bruno Fuchs, Mauricio Lemos, Alisson e Vargas tiveram a chance de mostrar serviço. Segundo o comandante, não é tarefa fácil jogar sem seu principal atleta, mas ele tem plena confiança que seu grupo de jogadores de extrema qualidade tem condições de suprir qualquer ausência:

“Precisamos de todo o grupo de jogadores e precisamos que joguem o jogo, reconhecendo a virtude de todos os jogadores e o nível de equipe e de jogo não caia. Não é fácil jogar sem Hulk, mas sabíamos que o Vargas poderia fazer bem, que o Cadu, se tivesse jogado, poderia fazer bem. Tínhamos confiança e certeza que o Scarpa pela esquerda, no lugar do Arana, poderia fazer bem. Importante que quem jogue tenha muito claro como jogar. Gosto muito de falar da equipe, não particularmente de nomes individuais. Reconhecendo que o futebol se compõe de peças individuais, mas o mais importante é o coletivo, o jogo da equipe. Quando não temos esses jogadores tão importantes, devemos tentar sustentá-los”.

Com Arana na reserva, Gustavo Scarpa, que vem sendo um dos principais nomes do time atuando pela direita, inverteu seu posicionamento para que o jovem Alisson pudesse jogar pelo lado que está mais habituado. Revelado seu plano de jogo para essa noite, Milito conta que a formação do Dourado permitiu que dois jogadores acostumados a jogar do meio para frente pudessem atuar nas alas:

“Com Gustavo (Scarpa) pela esquerda ou pela direita, sei que temos muitas soluções e respostas. A partida de hoje encaixava perfeitamente poder jogar com ele e Alisson, porque o Cuiabá jogava com cinco defensores, então Scarpa seria mais ponta do que lateral. Scarpa e Alisson estariam por fora, contra os laterais Por dentro, Vargas, Alan Franco, Paulinho e Zaracho, contra seus dois volantes. Na parte do início (das jogadas), três mais um, com Saravia, Fuchs, Lemos e Otávio, que jogava de volante, mas, na hora de defender, jogava como zagueiro para formar uma linha de quatro, sem que Scarpa e Alisson tivessem que realinhar, como muitas vezes fazem Arana e Saravia. São jogadores mais ofensivos e queríamos que ficassem no um contra um, contra seus laterais. Fizeram muito bem”.

Foto: Pedro Souza / Atlético

“Hoje não era uma partida fácil, porque o adversário defende no 5-4-1, fechado, não havia tantos espaços para poder atacar. Precisávamos de paciência e circular a bola para em um momento oportuno tentar ter profundidade. Os jogadores que iniciaram e os que finalizaram o jogo tiveram um comportamento muito bom. (…) A forma que defenderíamos e atacamos hoje não teria muito a ver com a maneira que atacamos e defendemos na partida anterior e a partida anterior não tinha a ver como atacamos e defendemos contra o Cruzeiro, porque a estrutura dos adversários era diferente”.

Uma constante no Galo de Milito vinha sendo o início avassalador nos primeiros tempos, seguido de uma queda no ritmo quando da volta do intervalo. Na Arena Pantanal, porém, foi diferente. Comemorando ter dominado o adversário do início ao fim da partida, o Mariscal diz acreditar que o jogo desse sábado foi o que sua equipe foi melhor no sentido da continuidade:

“Devíamos jogar um segundo tempo como o de hoje, quanto à posse da bola e a organização defensiva e a intensidade. Creio que hoje a equipe dominou o adversário do princípio ao fim, com bastante clareza. Isso é uma conclusão positiva, porque, nos últimos jogos, baixávamos um pouco na segunda etapa. Sustentar o nosso jogo, independentemente de qual for o resultado. Se estivermos ganhando, seguir. Se estivermos empatando, seguir. Se estivermos perdendo, seguir com o plano que tínhamos para este jogo. Por isso, com certeza gosto muito da vitória, mas também gosto muito do comportamento da equipe, do começo ao fim do jogo. Pretendemos ser uma equipe sólida”.

Foto: Pedro Souza / Atlético

“Não temos que perder esse estilo. Ter muito o controle da bola e, quando não tivermos a bola, que o adversário jogue incomodado. Hoje foi a partida de melhor continuidade nesses dois aspectos. Nas partidas anteriores. tivemos primeiros tempos muito bons, mas não fomos capazes de sustentar nos segundos tempos. Hoje conseguimos. Espero que possamos seguir evoluindo no futuro. Sempre há coisas para melhorar, para falar, mas vamos vendo”.

Com duas vitórias e dois empates nas primeiras quatro rodadas, o Galo chegou a oito pontos no nacional e seca os adversários que podem ultrapassa-lo e jogam neste domingo (28) – Flamengo, Botafogo, RB Bragantino, Athletico-PR e Internacional -para continuar pelo menos entre os quatro primeiros colocados.

O próximo desafio é sábado (4/5), diante do Fluminense, em Cariacica-ES, às 16h, na quinta rodada. Antes disso, Milito e seus comandados iniciam a busca pelo tri da Copa do Brasil, contra o Sport, na terça-feira (30), às 21h30, na ida da terceira fase, no primeiro jogo da competição nacional de mata-mata na Arena MRV.

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