Território MLS
·03 de junho de 2025
Messi volta à Argentina com novo fôlego nas Eliminatórias

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·03 de junho de 2025
Sete meses depois de vestir pela última vez a camisa da Argentina, Lionel Messi está de volta. Mas o que chama atenção não é só o retorno do capitão — é o momento em que ele acontece. Com a vaga para a Copa de 2026 já assegurada e um elenco em transformação, a presença de Messi muda o tom da convocação e reacende discussões: qual será seu papel nesta nova fase da Albiceleste?
O craque de 37 anos chegou ao centro de treinamento que leva seu nome, nos arredores de Buenos Aires, em meio a uma sequência destruidora no Inter Miami. Foram cinco participações diretas nos gols da goleada sobre o Columbus Crew, que renderam a ele o prêmio de Jogador da Semana da MLS pela segunda vez seguida. Aos olhos do torcedor argentino, Messi parece mais solto, mais leve — talvez como nunca esteve desde o título no Catar.
A Argentina lidera com folga a tabela da Conmebol, somando 31 pontos, mas os testes que vêm por aí não serão fáceis. O time enfrenta o Chile fora de casa nesta quinta-feira e depois recebe a Colômbia no Monumental — ambos sem peças importantes da espinha dorsal.
Otamendi está suspenso, Alexis Mac Allister se recupera de lesão, e Enzo Fernández e Leandro Paredes cumprem suspensão. Na zaga, Scaloni ainda não definiu quem será o parceiro de Cristian Romero — com Leonardo Balerdi (Olympique de Marseille) e Facundo Medina (Lens) disputando a vaga.
Mas é no meio que o dilema tático ganha corpo. Sem Enzo, Mac Allister e Paredes, a base criativa desmorona. Scaloni terá que testar novos nomes ou adaptar perfis já conhecidos — e isso pode abrir espaço para um Messi mais armador, como nos tempos de falso 10 no PSG.
Três nomes chamam atenção na lista: os estreantes Kevin Lomónaco, zagueiro do Independiente, Mariano Troilo, do Belgrano, e o jovem Franco Mastantuono, do River Plate, tratado como joia rara e já cobiçado por clubes da elite europeia. Com apenas 17 anos, Mastantuono simboliza uma transição geracional que Scaloni começa a acelerar — e que Messi, inevitavelmente, passa a tutorar.
A presença do camisa 10 nesse ambiente juvenil tem peso simbólico. Mais do que ser protagonista, ele agora exerce um papel quase institucional: o de preparar o terreno para os que virão. É possível que a partida contra o Chile revele essa nova dinâmica em campo.
Lautaro Martínez celebra o gol da Argentina (John Perd / Territorio MLS)
Recém-saído de uma derrota por 5 a 0 para o PSG na final da Champions, Lautaro Martínez se junta ao grupo apenas na quarta-feira e não deve atuar em Santiago. O ataque, portanto, pode ter ajustes com Julián Álvarez centralizado e Messi mais livre para circular.
Capa: John Perdicaro / Territorio MLS