Mbappé: “Minha história aqui não acabou”. Al-Khelaifi: “Dinheiro não foi o mais importante” | OneFootball

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·23 de maio de 2022

Mbappé: “Minha história aqui não acabou”. Al-Khelaifi: “Dinheiro não foi o mais importante”

Imagem do artigo:Mbappé: “Minha história aqui não acabou”. Al-Khelaifi: “Dinheiro não foi o mais importante”

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O atacante Kylian Mbappé anunciou a renovação do seu contrato com o PSG no sábado, durante a vitória por goleada na última rodada da Ligue 1. O jogador tinha contrato até junho e deixaria o clube sem custos, mas decidiu permanecer no último momento e assinou um novo contrato até 2025. Como comemoração, o camisa 7 brilhou e ainda marcou três gols. Nesta segunda-feira, o craque francês falou em coletiva de imprensa convocada pelo clube, que teve a participação do presidente Nasser Al-Khelaifi.

“Hoje é um grande dia para a história do PSG. Para nossos torcedores n França e ao redor do mundo. Kylian continuará pelos próximos três anos, é muito importante para nós, para a França. É um final forte, continuamos com o melhor jogador do mundo. Kylian continua porque Paris o colocou na melhor posição possível para ser o melhor do mundo”.


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“Foi uma decisão difícil, mas aqui é onde quero jogar futebol. A pressão eu tive desde pequeno, então estou acostumado com isso”, disse Mbappé em suas primeiras palavras na coletiva de imprensa.

O jogador foi perguntado sobre especulações que surgiram sobre o papel que ele teria no clube na próxima temporada, como possibilidade de interferir em decisões estratégicas. Uma delas seria a saída de Leonardo como diretor esportivo do clube. “Eu continuo jogador de futebol, nunca iria além da minha função como jogador de futebol”.

“É o meu país, não queria sair pela porta dos fundos. O projeto mudou e minha história aqui não acabou. Eu tomei a decisão na semana passado, não avisei para os meus companheiros porque o clube queria manter segredo”, contou Kylian Mbappé.

“Eu agradeço Florentino Pérez e o Real Madrid por ter atendido todas as condições para me levar para lá, mas eu decidi ficar em Paris. Estou focado neste novo projeto, esta nova era, não estou pensando sobre o futuro”, disse ainda Mbappé.

“Clubes como o Real Madrid não precisam de convencimento, são grandes clubes. Em relação a Neymar e Messi, a qualidade desses dois jogadores não precisa ser provada e eles não falaram comigo sobre o contrato, eles sabiam que era uma decisão pessoal”, continuou o atacante francês.

O jogador também negou que tenha pedido a braçadeira de capitão para continuar – e refutou qualquer poder fora de campo. “Eu não quero cortar a cabeça do capitão, não preciso ser capitão para me expressar e ser importante em campo. Ángel Di Maria é um grande jogador, fui muito feliz em jogar com ele aqui”, afirmou ainda o jogador.

Al-Khelaifi ainda falou sobre as declarações de Javier Tebas, presidente da liga espanhola, que criticou o PSG pela sua folha salarial e disse que o dirigente catariano era tão perigoso quanto a Superliga. “O presidente da nossa liga é Vincent Labrune, ninguém mais. O mais importante hoje é manter o melhor jogador do mundo por três anos. O que o presidente da liga espanhola diz não me interessa, não o ouço”, afirmou Al-Khelaifi.

“Queremos vencer, Kylian quer vencer, essa é a coisa mais importante. Nós não tínhamos certeza que ele assinaria o contrato, é verdade, mas ele assinou. Nós construímos algo muito, muito forte com Kylian, desde a primeira reunião com a sua família”, continuou o presidente do PSG.

“Eu nunca vesti a camisa do Real Madrid e agradeço aos torcedores do Real por me considerarem um deles. Espero que eles entendam a minha decisão de continuar na França. Sou francês e eu quero continuar um pouco mais no meu país”, afirmou Kylian Mbappé. “Dinheiro não foi a coisa mais importante para Kylian, foi o projeto esportivo”, afirmou Al-Khelaifi.

Mbappé foi perguntado sobre a questão dos direitos de imagem na seleção francesa, com o jogador se recusando a fazer algumas participações com patrocinadores e parceiros da Federação Francesa de Futebol. “Durante os amistosos com a seleção francesa em março, ninguém escreveu qualquer linha sobre direitos de imagem. O futebol mudou e quero representar os valores que eu defendo. Iremos resolver esse problema rapidamente, com inteligência e respeito”, respondeu o jogador.

É importante lembrar que Mbappé é nascido em Paris, filho de imigrantes: o pai é camaronês e a mãe é de origem argelina. O PSG é o clube pelo qual torcia quando criança e o clube tem uma importância muito grande na cidade e na região metropolitana. É o time de muitos dos imigrantes (e descendentes deles) que vivem na região.

O significado do PSG para Mbappé é enorme e, claro, mudou muito nos últimos 10 anos com os investimentos enormes que o Catar tem feito. Se antes era um clube nacional, hoje é internacional e briga por todos os títulos, inclusive na Champions. Assim, a sua permanência tem que levar em conta o histórico de vida, ainda que ele tenha deixado claro a admiração pelo Real Madrid, que teve Cristiano Ronaldo e Zinedine Zidane, seus dois ídolos.

O momento é diferente e Mbappé parece entender que o seu papel no clube é outro. Ele será a referência e o jogador em torno do qual o clube irá se moldar, o que faz muito mais sentido do que fazer isso em relação a Neymar (30 anos e muitas lesões) e Lionel Messi (34 anos e com poucos anos de carreira pela frente).

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