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·21 de junho de 2024

Mauro Silva revela plano da FPF nas categorias de base em prol da arbitragem

Imagem do artigo:Mauro Silva revela plano da FPF nas categorias de base em prol da arbitragem

Nesta quinta-feira, durante o evento de lançamento do Programa Jovens Árbitros pela Federação Paulista de Futebol, Mauro Silva, ex-jogador e vice-presidente da FPF, falou com a Gazeta Esportiva sobre questões relacionadas à arbitragem, entre elas uma ideia da entidade nas categorias de base dos clubes.

Mauro Silva foi questionado o quanto a parte tática é importante para os árbitros terem o entendimento do jogo e ressaltou a importância desse aspecto. Além disso, revelou um plano da FPF de ir aos clubes nas categorias de base para incentivar os atletas, que não derem certo como jogadores, a pensar em seguir carreira na arbitragem.


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“É fundamental. Tanto que se você pegar os grandes árbitros, muitos deles foram jogadores de futebol. Acaba tendo entendimento tático, entendimento do jogo, o Seneme, o próprio Klaus. Inclusive, a gente tem uma ideia aqui na Federação de começar a ir nos clubes, fazer palestra nas categorias de base para que os jogadores que estão ali no sub-20, que não deem certo como jogadores, que considerem entrar na escola de árbitros e se tornarem árbitros”, disse.

O ex-jogador também contou que esta poderia ser uma alternativa quando estava iniciando sua carreira no Guarani, porém nem sabia da possibilidade.

“Eu, quando estava no Guarani na base, estava estudando, pensando em ir para o mercado de trabalho. Nunca passou pela minha cabeça, que eu estava bem fisicamente. Estive na base do Guarani muitos anos, poderia entrar na escola de arbitragem e poderia me tornar um árbitro FIFA, apitar a Copa do Mundo. Eu não tinha nem ideia dessa possibilidade. Acho que muitos atletas também não têm. Então, é um caminho, um trabalho que a gente vai fazer aqui, que acho que pode dar bons frutos”, relatou.

Outro ponto comentado por Mauro Silva foi a questão do mau comportamento dos atletas em campo no futebol brasileiro em relação à arbitragem e de que forma a FPF trabalha para melhorar isso.

“Isso tem que ser um trabalho constante. Acho que é uma mudança de mentalidade, de todo mundo colaborar para ter um melhor espetáculo. A gente, quando reúne aqui na federação e muitos jogadores e nos conselhos técnicos, no conselho preliminar que vem os capitães aqui, a gente fala muito isso. Que um bom espetáculo não depende só do árbitro, depende dos jogadores. Dos treinadores, entrar em casa na televisão, quer ver um bom espetáculo, quer ver um bom jogo, não quer ver rodinha em bota do árbitro e jogo parado, não é isso que o telespectador quer ver, então a gente precisa se esforçar, todo mundo, para que o jogo seja bom.”

Além disso, vice-presidente da FPF criticou os jogadores que afirmam que foram prejudicados pela arbitragem.

“O que não dá, porque joguei futebol a minha vida inteira e só joguei em time pequeno, Guarani, Bragantino e La Coruña, e fui campeão em todos. E nunca sai de campo, mesmo jogando num time pequeno, achando que o árbitro quis me prejudicar, um dia ele erra contra, outro dia ele erra a favor, é um ser humano. Quando ele erra a favor, o jogador fica quietinho, hoje me ajudou, não vou falar nada. Aí o outro time é aquela confusão. Então não dá, temos que entender, um dia é contra, outro dia é a favor, porque é um ser humano. Precisamos de todo mundo para ter um espetáculo melhor”, afirmou.

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