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·04 de junho de 2020

Matthäus, a história de um dos maiores de todos os tempos

Imagem do artigo:Matthäus, a história de um dos maiores de todos os tempos

O polêmico e extraordinário Lothar Matthäus é um dos grandes nomes da riquíssima história do futebol alemão. O ídolo que disputou cinco copas do mundo levantou o caneco na Copa de 90. Contudo, além de se mostrar um primor técnico, também se destacou pela sua liderança dentro das quatro linhas, fazendo história por onde passou.

O INÍCIO

Quando ainda era garoto, Matthäus começou sua carreira nos juvenis em um pequeno clube alemão, o Herzogenaurach. Sua estreia nos profissionais, veio a acontecer no ano de 1979, isso já no Borussia Mönchengladbach, onde em sua primeira temporada, já se destacava, sendo inclusive, vice campeão da Copa UEFA daquele ano. Desse modo, abusando de sua categoria desde os primórdios, não demorou para que o jovem meio campista fosse convocado para a seleção alemã.


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Contudo, sua estréia pela Alemanha Ocidental, naquela época ainda separada pelo gigante muro de Berlim, não foi das melhores. Estando vencendo por 3 x 0 a Holanda, na Eurocopa de 1980, o jovem atleta que entrou no segundo tempo, cometeu pênalti e viu a Laranja Mecânica diminuir a vantagem para um gol apenas, após suas falhas. Contudo, o placar terminou em 3 x 2, evitando o que poderia ser uma reviravolta naquela Euro, fazendo com que a equipe não se classificasse para a final. Dessa maneira, após uma péssima estréia, o jogador acabou vendo sua seleção ser campeã européia do banco de reservas.

Mesmo sem ganhar títulos pelo Gladbach, manteve a regularidade e foi convocado para a Copa de 82, realizada na Espanha. Todavia, pouco jogou e acabou sendo vice-campeão daquela edição vendo as partidas do banco de reservas. Desse modo, em 1984 após ser vice-campeão, desta vez da Copa da Alemanha, transferiu-se para o arquirrival de seu agora ex-clube, o Bayern de Munique.

BAYERN DE MUNIQUE

Chegando no Gigante da Baviera, foi tricampeão da Bundesliga com sobras, sem dar chances a seus concorrentes. Vivendo grande fase na carreira, Matthäus ainda sagrou-se campeão da Copa da Alemanha e vice da Copa dos Campeões da UEFA, a Champions League dos dias atuais. Dessa maneira, chegando com moral para a Copa do Mundo de 1986. O principal nome alemão daquela Copa, o naquela altura camisa 8 não decepcionou, foi decisivo e liderou a campanha finalista de sua seleção.

Marcou o gol da classificação contra o Marrocos nas oitavas de final, converteu sua penalidade contra o México nas quartas e teve boa contribuição nas semis contra a França, desse modo, enfrentado a Argentina de Maradona na grande final. Perdendo por 2 x 0, conseguiram buscar o empate restando apenas dez minutos no cronômetro. Contudo, dois minutos após empatar a partida, levou o terceiro gol, amargando o segundo vice campeonato consecutivo.

Na temporada 87/88, o desempenho dos Bávaros não foi satisfatório, não ganhando nenhum título naquele ano. Dessa maneira, criou-se um desgaste muito grande entre o meia e a torcida juntamente com os dirigentes do clube alemão. E ainda após uma Eurocopa decepcionante em 1988, onde não foram eliminados nas semi-finais pela Holanda, Matthäus aceitou o desafio de jogar na liga italiana, a melhor na época, e transferiu-se para a Internazionale.

ÍDOLO NERAZZURRI

Em sua primeira temporada no lado azul de Milão, já virou ídolo da torcida Nerazzurri, No italiano de 88/89, a Inter não era nem de perto a favorita ao título, já que equipes como Milan e Napoli eram consideradas mais fortes. Liderando de ponta a ponta, o duelo que sacramentou o Scudetto, foi contra o Napoli. Após sair perdendo em casa, a virada veio e com gol de Matthäus, os donos da casa venceram por 2 x 1. Dando fim a um jejum de nove anos. Naquela temporada, a equipe ainda sagrou-se campeã da Supercopa Italiana.

Na temporada 89/90, não vieram títulos com sua equipe, porém, iniciava-se ali, o ponto maior da carreira de um dos maiores jogadores alemães da história. Na Copa daquele ano, realizada na Itália, Matthäus marcou três gols na fase de grupos. Com total frieza e eficacia, naquela altura capitão da equipe, o jogador foi fundamental para o terceiro título mundial da Alemanha.

Nas quartas de final, foi seu o único gol na partida, de pênalti. Nas semis, contra a Inglaterra foi importantíssimo, e ajudou a colocar a Alemanha naquela final. O adversário era o mesmo de quatro anos atrás, a Argentina, era hora da vingança. E com 1 x 0 no placar, Matthäus ergueu a taça de campeão do mundo. O organizador daquela equipe, foi eleito o melhor jogador da competição, marcando seu nome na história das Copas do Mundo.

Na temporada 90/91, com status de super estrela, o craque máximo da Inter foi apelidado como “Rei de Roma”, já que levaria a equipe a ser campeã da Copa UEFA daquela temporada. Marcando gol na final, contra a Roma. Campeão do mundo e sendo decisivo, Matthäus recebeu o prêmio de melhor jogador do mundo de 1991 pela FIFA.

RETORNO A BAVIERA

Após uma séria lesão no joelho, o craque foi impedido de disputar a Eurocopa de 1992, onde sua seleção perdeu a final para a surpreendente Dinamarca. Decidiu encerrar ali, sua brilhante passagem por Milão e retornar ao Bayern. Após se recuperar, passou a jogar de líbero, sendo campeão da Bundesliga 93/94, garantindo sua vaga para o Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Naquela Copa, a equipe vinha fazendo uma boa campanha, contudo, nas quartas, mesmo com Matthäus abrindo o placar, os búlgaros conseguiram uma impressionante virada, despachando os alemães daquele mundial.

A partir de 1995, as lesões voltaram a lhe assombrar. Continuou com problemas no joelho e teve de operar seus dois tendões de aquiles. Contudo, conseguiu voltar a sua forma ideal e ainda participou da campanha vitoriosa do Bayern na Copa da UEFA 95/96, contudo ficou de fora da Euro daquele ano, por conta de pressão feita pelo seu companheiro de time, Jürgen Klinsmann. Mesmo com tamanha pressão interna e atritos entre as duas maiores estrelas de Munique, os Bávaros se sagraram campeões da Bundes 96/97. Fazendo uma boa temporada em 97/98. o veterano conseguiu uma vaga para sua quinta Copa do Mundo, disputada em 1998, na França, tornando-se um dos maiores participantes da histórias das Copas.

Com uma base envelhecida, a seleção alemã não apresentou um bom futebol. Contudo, conseguiu chegar as quartas de final, onde foi eliminada pela surpreendente Croácia, pelo vexatório placar de 3 x 0.

ADEUS AOS GRAMADOS

Foi campeão mais uma vez da Bundesliga em 98/99, e chegou muito perto do único título que lhe faltava na carreira, a Champions League. O Bayern vencia por 1 x 0  Manchester United, contudo, aos 40 minutos da segunda etapa,  Matthäus foi substituído. E aconteceu uma virada inimaginável nos acréscimos, tirando de suas mãos, o título que lhe faltou na carreira.

Naquele ano, ainda disputou a Copa das Confederações. Contudo, sua seleção não passou da primeira fase. Matthäus jogou sua última temporada em 99/00, sendo campeão pela sétima vez do Campeonato Alemão. Na Euro de 2000, a Alemanha não passou da primeira fase, e o craque se despediu da seleção. O Bayern de Munique lhe ofereceu um amistoso comemorativo com vários astros do futebol da década de 1990. Contudo, Matthäus acionou judicialmente o clube, cobrando 500 mil euros. Após longa batalha judicial, recebeu 10¢ do dinheiro, e uma briga desnecessária onde foi ídolo.  O carque alemão jogou por seis meses no MetroStars, dos EUA, onde aposentou-se ao final daquele ano.

Um dos grandes nomes da história do futebol alemão é Lothar Matthäus. Suas conquistas, liderança e eficacia ficarão para sempre na história do futebol, um jogador versátil, que atravessará gerações e ainda sim, será um dos maiores que o futebol já teve o privilégio de ter.

Imagem Destacada: Divulgação/FIFA

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