Matheus Cunha 'bateu o pé' por Hertha e agora colhe os frutos na seleção | OneFootball

Matheus Cunha 'bateu o pé' por Hertha e agora colhe os frutos na seleção | OneFootball

Icon: Stats Perform

Stats Perform

·29 de setembro de 2020

Matheus Cunha 'bateu o pé' por Hertha e agora colhe os frutos na seleção

Imagem do artigo:Matheus Cunha 'bateu o pé' por Hertha e agora colhe os frutos na seleção

Proposta de cerca de 20 milhões de euros (R$ 94 milhões, na ocasião) do Hertha Berlin na mesa do RB Leipzig em janeiro de 2020 por Matheus Cunha. Nos bastidores, em conversas entre dirigentes e empresários do jogador brasileiro, a decisão foi praticamente unânime: recusar.

Na visão do estafe do atacante, que, na época, estava valorizado pela recente passagem de destaque pela seleção sub-23, o melhor seria permanecer no mesmo clube e, possivelmente no mercado de verão europeu, esperar por uma oferta mais vantajosa, talvez da Premier League.


Vídeos OneFootball


Cunha, então com 20 anos, bateu o pé e insistiu pela negociação imediata. Reserva no Leipzig, o jovem formado no Coritiba, onde não chegou a atuar profissionalmente, queria jogar com frequência, preferencialmente na própria Bundesliga, visto o processo avançado de adaptação e também o apreço criado pelo alto nível da competição.

“O Matheus queria muito jogar, foi mesmo uma opção muito particular dele”, revelou uma pessoa próxima ao atleta, à Goal.

“Digo mais: foi um grande erro do Leipzig deixá-lo sair”, completou.

A opção pelo Hertha, que terminou a última temporada na modesta 10º colocação da liga alemã, acabou por ser acertada. Ao todo, já fez 14 jogos oficiais e marcou sete gols, além de ter passado a ser monitorado de perto por PSG e também Inter de Milão. A “cereja do bolo” foi a recente convocação à seleção principal, para suprir a ausência do lesionado Gabriel Jesus.

Natural de João Pessoa, na Paraíba, Matheus Cunha sempre despertou a atenção dos familiares pela personalidade forte, especialmente da mãe Luziana, que foi responsável, por exemplo, por prepará-lo para enfrentar o racismo. Os ensinamentos sobre os obstáculos da vida tiveram impacto em Curitiba, onde chegou aos 13 anos, e também na Suíça, quando foi vendido ao Sion, em 2017.

Desde cedo, questões sociais e políticas sempre geraram interesse por parte de Cunha, que hoje é casado e tem um filho de aproximadamente quatro meses de idade. A família, aliás, tem sido decisiva para o atacante na consolidação do “perfil diferenciado” (palavras ditas por pessoas que trabalham na Bundesliga) para o futebol.