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·30 de julho de 2021

Marta e Christine Sinclair se encontram mais uma vez em Tóquio

Imagem do artigo:Marta e Christine Sinclair se encontram mais uma vez em Tóquio

Quando Brasil e Canadá entrarem em campo no Estádio de Saitama, um pedaço importante da história do futebol entrará junto. No centro do gramado, Christine Sinclair se encontrarão para o lançamento da moeda e a troca de flâmulas. A imagem, que representa uma era do futebol feminino, abrirá um confronto que tem tudo para ser histórico.

A cena não é inédita nos Jogos Olímpicos. Na disputa pelo bronze, na Rio 2016, as duas estiveram frente a frente no gramado da Neo Química Arena. Quando a bola rolou, Sinclair marcou e o Canadá levou a melhor, com uma vitória por 2 a 1. Mas essa será a primeira vez que as duas se enfrentam em um torneio mundial (Olimpíada ou Copa) em um confronto eliminatório.


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O duelo

Jogadoras mais icônicas da história do futebol de cada país, Marta e Sinclair ostentam muitos predicados. De um lado, a brasileira já foi seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo, é a maior artilheira da Seleção Brasileira, foi bola de ouro da Copa do Mundo FIFA, é a maior artilheira da história da Copa do Mundo, com 18 gols, entre outras conquistas individuais. Com a Seleção, é duas vezes medalhista de prata nos Jogos Olímpicos, vice-campeã da Copa do Mundo, bicampeã Pan-Americana, tricampeã da Copa América.

Do outro lado, Sinclair é, de longe, a jogadora mais consagrada do futebol canadense. Na seleção desde 2000, ela esteve em cinco Copas do Mundo e em três Jogos Olímpicos (antes de Tóquio 2020). É a maior artilheira do Canadá, com 187 gols, número que faz dela a atleta com mais gols por uma seleção, entre homens e mulheres. Com ela, o Canadá conquistou duas medalhas olímpicas consecutivas, com os bronzes vencidos em Londres 2012 e na Rio 2016. Nesta última, aliás, a equipe norte-americana derrotou o Brasil por 2 a 1 no jogo que valia a medalha. Esta era, até agora, a única partida entre Marta e Sinclair na história das Olimpíadas.

A artilharia

Além das grandes marcas por suas seleções, Marta e Sinclair compartilham também a luta por um feito histórico nos Jogos Olímpicos de Tóquio. As duas perseguem, gol a gol, a marca de Cristiane, que é a maior artilheira da história dos Jogos Olímpicos, com 14 gols. Com três gols na Olimpíada de Tóquio, Marta tem 13 tentos ao todo e está a um de igualar a marca de Cristiane. Portanto, além de manter vivo o sonho da medalha de ouro, a partida vale também essa disputa. As duas também são as únicas jogadoras a marcar gols em cinco edições diferentes da Copa do Mundo FIFA (2003, 2007, 2011, 2015 e 2019). Marta,

"Coletivo será o diferencial"

Para falar um pouco sobre a importância deste confronto entre Marta e Sinclair, o site da CBF convidou Renata Mendonça, colunista do Dibradoras e da Folha de São Paulo e comentarista dos Canais Globo. Renata destacou o significado deste duelo e como ele pontua duas trajetórias espetaculares.

"Um confronto do tamanho das duas. A Sinclair é a maior jogadora da história do Canadá e é uma das maiores de todos os tempos. A Marta é a maior jogadora da história do Brasil e a maior de todos os tempo", destacou, antes de analisar a ambição de cada uma delas na competição:

"O fato de as duas estarem mais experientes faz com que elas tenham um papel ainda mais importante no time: o da liderança. Ambas já conquistaram medalhas olímpicas, mas buscam uma consagração maior - a Sinclair quer mudar a cor da medalha que o Canadá já conseguiu duas vezes, o bronze, e a Marta quer finalmente o ouro que ela busca há tanto tempo com a seleção. Independentemente das conquistas que virão ou não nesta Olimpíada, as duas já têm seus nomes marcados na história".

Renata aproveitou para deixar seu palpite para o grande jogo. Para ela, a diferença estará em quem conseguir fazer valer melhor o coletivo de cada time, independente da qualidade técnica das duas craques:

"É um confronto muito equilibrado, mas o diferencial vai ser para quem conseguir tirar melhor do coletivo. Porque na individualidade, as duas já mostraram tudo o que sabem. Mas o que pode mesmo fazer a diferença é o jogo coletivo que potencializa a individualidade delas. No Brasil, isso funcionou muito bem nos dois primeiros jogos da Olimpíada".

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