Marozsán anuncia aposentadoria da seleção alemã quatro meses antes da Copa e fará despedida contra o Brasil | OneFootball

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A meio-campista Dzsenifer Marozsán, de apenas 30 anos, anunciou a sua aposentadoria da seleção alemã quatro meses antes da Copa do Mundo 2023, que será realizada na Austrália e Nova Zelândia. A jogadora do Lyon citou uma lesão grave que teve no ligamento cruzado anterior em jogo com a própria seleção alemã como um motivo chave para tomar a decisão.

Marozsán comunicou a sua decisão à treinadora Martina Voss-Tecklenburg da sua decisão em uma ligação telefônica. O amistoso da Alemanha contra o Brasil em Nürnberg em abril será o jogo de despedida da jogadora.

“Por causa da minha lesão séria no joelho em abril de 2022, percebi que parecia certo me aposentar da seleção nacional”, afirmou Marozsán. “Perder a Eurocopa na Inglaterra foi um dos muitos sinais. Lembro bem como eu estava na Copa 2011, quando eu também estava machucada, e não queria assistir nenhum jogo. Agora eu era uma das maiores fãs das meninas na TV, sem ficar me sentindo mal por não estar lá”.

“Além disso há um ônus duplo, o que não seria ideal. Estou no time, estou jogando bem de novo, mas meu joelho não é mais o mesmo. Tenho que trabalhar muito para ser capaz de fazer tudo nos treinamentos e nos jogos”, explicou a jogadora. “Acho que seria demais jogar as partidas internacionais, preparação e o torneio”.

Marozán estreou em outubro de 2010 na seleção alemã, fez 111 jogos e 33 gols. Ela foi parte do elenco da Alemanha que conquistou a Eurocopa em 2013 e a medalha de ouro na Olimpíada de 2016, no Rio. Ela esteve no elenco da Alemanha na Copa 2019, depois de se recuperar de uma embolia pulmonar, mas se machucou durante o torneio, depois de machucar o dedo do pé no jogo de abertura contra a China. E ficou fora, por lesão, da Eurocopa 2022.

“Tenho o maior respeito pela decisão de Dzsenifer Marozsán”, afirmou a técnica Voss-Tecklenburg. “Ela é uma grande personalidade e uma jogadora fora de série que fez muito pelo futebol alemão. Nós todas a apreciamos muito na seleção e podemos apenas agradecê-la por tudo. Ela deve receber uma despedida digna e a melhor possível. Iremos convocá-la de novo em abril e dar a ela o seu último jogo contra o Brasil”.

Marozsán é nascida em Budapeste, na Hungria, em abril de 1992, e mudou com a família para a Alemanha em 1996. Isso porque o seu pai, Janos Marozsán, que chegou a jogar pela seleção húngara, assinou contrato com o Saarbrücken, clube onde a jogadora também começou a sua carreira. A federação alemã (DFB) pressionou para naturalizar a jogadora e, como ela era menor de idade, toda a sua família recebeu a cidadania alemã por tempo morando no país. Ela passou a defender a seleção alemã desde o sub-15 e passou pela sub-17, sub-19 e sub-20.

Em clubes, jogou também pelo FFC Frankfurt, por onde jogou mais partidas. Ficou por lá de 1009, quando chegou do Saarsbrücken, onde tinha sido campeã da segunda divisão alemã e vice-campeã da Copa da Alemanha. Pelo FFC Frankfurt, conquistou o título máximo de clubes, a Champions League Feminina, na temporada 2014/15. E já tinha sido vice-campeã em 2011/12. Conquistou também a Copa da Alemanha em duas temporadas, 2010/11 e 2013/14.

Está no Lyon desde 2016 e pelo clube francês conquistou quatro títulos da Division 1, o Campeonato Francês Feminino, três Copas da França, e quatro títulos da Champions League. Individualmente, ela ficou três vezes entre as três melhores de jogadora do ano da Uefa, em 2015, 2016 e 2017.